(foto: Cleber Mendes / LANCE!Press) |
O jogo de ontem serviu para comprovar que muitas derrotas são consequência
da febre defensiva que atualmente assola as mentes da maioria dos treinadores
brasileiros.
A mania quase geral de armar as equipes com três e algumas vezes até com
quatro volantes botinudos transformou o futebol brasileiro num arremedo do outrora
famoso “jogo bonito”.
E o Fluminense tem sido um dos clubes que mais tem sofrido com a adoção
desses esquemas escabrosos.
Saudades do tempo em que nossas divisões de base revelavam volantes que
sabiam dar seguimento às jogadas sem os execráveis chutões, verdadeiros craques
como Carlos Alberto Pintinho, Cléber, Denilson e Deley.
Arouca e Diego Souza foram os últimos revelados e passados quase dez anos
os poucos que despontaram acabaram sendo relegados ao ostracismo pela insistência
imbecil da maioria dos técnicos que passaram pelas Laranjeiras.
Até mesmo o Renato que, como jogador, reverenciou sempre as jogadas de
ataque sucumbiu à mesmice de achar que congestionando o meio de campo com defensores
inexpressivos poderia alcançar o sucesso e nem mesmo a desastrada insistência
com a manutenção de três volantes na Libertadores em 2008 serviu para convencê-lo.
Sobrou o ídolo como jogador, principalmente pelas inúmeras destroçadas no
urubu quando defendia as cores tricolores.
O amigo tricolor deve estar pensando o porquê dessa introdução logo agora
que o time se mostrou mais equilibrado.
E foi justamente a expressiva goleada que motivou mais um libelo contra
retrancas dantescas, assunto sempre enfocado desde os primórdios desse espaço
nos idos de 2008.
Pois bem, bastou uma mentalidade mais arejada no comando da equipe para
que a transformação acontecesse.
Não que os 5 a 0 contra o Horizonte signifique que as coisas agora estão
às mil maravilhas.
Indicam apenas que com o time mais solto goleadas contra equipes de menos
potenciais devem ser a regra e não a exceção.
A presença de mais um meia aliviou o Conca, que dessa vez não chegou a
ser cassado em campo.
Wagner jogou bem, mas ainda continuo cético quanto a ser ele o companheiro
ideal do argentino. Precisa mostrar eficiência contra equipes mais fortes.
Talvez com o tempo o Cristóvão perceba que existem outras opções no
elenco que poderiam ser testadas na função. E não deixar de acompanhar o
desempenho de Lucas Patinho, mais uma vez emprestado por ser presença
indesejável para os treinadores que apreciam os medíocres “cabeças de área”.
Espero que Cristóvão consiga dar jeito na equipe e conscientizar diretoria
e patrocinador de que alguns jogadores não tem habilidade suficiente para continuar
a vestir a camisa tricolor não só no banco de reservas, mas também como
titulares, apesar dos absurdos salários recebidos.
Em suma, torço para que Cristóvão se transforme no “cara” do Fluminense
em 2014.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
COPA DO
BRASIL – 1ª FASE – JOGO DE VOLTA: 10/04/2014
Fluminense
5 x 0 Horizonte-CE:
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
Gols: Conca, aos 12’; Gum, aos 45' e Sobis, aos 47' do primeiro tempo; Wagner, aos 14' e Fred, aos 44' do segundo.
Cartões Amarelos: Gum e Elivélton
Cartão Vermelho: Elivélton
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
Gols: Conca, aos 12’; Gum, aos 45' e Sobis, aos 47' do primeiro tempo; Wagner, aos 14' e Fred, aos 44' do segundo.
Cartões Amarelos: Gum e Elivélton
Cartão Vermelho: Elivélton
Fluminense: Cavalieri,
Bruno (Wellington Silva, 39'/2ºT), Gum, Elivélton e Carlinhos (Chiquinho,
23'/2ºT); Diguinho, Jean, Wagner e Conca;
Sobis (Walter, 15'/2ºT) e Fred. Técnico: Cristovão
Borges.
Horizonte:
Jefferson, Diego Maradona, Douglas (Waldson, 15'/2ºT), Ramon e Rick; Albano,
Rafael Tchuca, Fernando Sobral e Diego Palhinha (Erivelton, Intervalo); Dico e
Marciel (Siloé, Intervalo). Técnico: Roberto Carlos.
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Reforços
Finalmente
Peter Siemsen reconheceu que falta velocidade à equipe. Deveria ter pensado
nisso no momento em que forçou a saída de Wellington Nem sem dispor de alguém para substituí-lo.
Mas, como
falou que está procurando atleta com essas características para a próxima
janela de transferências, aqui vai uma dica: Sherman Cárdenas, o número 7 do
Atlético Nacional da Colômbia, que deitou e rolou contra o Newell’s ontem à
noite.
Foi uma
partida só, é verdade, mas não custa observá-lo nos dois jogos das oitavas da
Libertadores contra o Galo.
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