Jean abriu o caminho para a vitória. (foto: Terra.com.br / Léo Pinheiro) |
E não é que o
Abel insistiu no esquema “cauteloso” com três volantes?
O resultado,
é claro, só podia ser aquele que qualquer tricolor lúcido do céu ou da terra já
sabia: sufoco total.
A exemplo do
que havia feito Luxemburgo na única derrota até agora, Geninho armou marcação
cerrada sobre Thiago Neves e o meio de campo desandou.
Como é
inegável a supremacia de Jean sobre Diguinho, Abel sempre que tem uma chance dá
uma “forçada de barra” para escalar mais um de seus protegidos.
Justiça seja
feita, até que individualmente Diguinho não foi tão mal. Foi dele o passe
preciso para Fred na jogada em que foi agarrado dentro da área paulista, em pênalti
claro mais uma vez ignorado pela arbitragem.
Ainda assim, não
deixou de fazer falta perigosa nas imediações da grande área e tivesse a Lusa
um cobrador com a categoria do João Paulo, do Figueirense, a chance de termos sofrido
o primeiro gol seria bastante grande.
O problema desses
“esquemas cautelosos” do Abel é que eles
forçam Jean a jogar mais adiantado, quase como um meia de ofício, o que não é
sua especialidade e com isso o time perde a saída de bola e não ganha um
armador eficiente.
O fato do Tricolor
só ter tido duas chances de gol durante todo o primeiro tempo confirma a tese.
Ainda bem que
dessa vez Abel percebeu o equívoco mais cedo e tratou de desfazê-lo no
intervalo.
Embora Rafael
Sobis não tenha tido uma atuação brilhante, sua entrada permitiu o recuo de
Jean para a sua verdadeira posição, restabelecendo o equilíbrio do meio de campo.
Cavalieri mais uma vez salvou o Fluminense |
A Portuguesa
continuou melhor, teve mais chances e só não marcou graças à fase irretocável
de Cavalieri.
O Fluminense, no entanto, melhorou um pouco, o suficiente para que a categoria de seus jogadores decidisse a partida em dois lances. o primeiro com Jean num chute certeiro de fora da área e o outro com Wellington Nem, que aproveitou a falha do
zagueiro, roubou a bola, driblou Dida e completou para o gol vazio.
(foto: Terra.com.br / Léo Pinheiro) |
Após os gols,
a Lusa ficou meio desorientada e o Fluminense teve algumas chances de aumentar
o placar, só não o conseguindo por excesso de individualismo ou de preciosismo.
Nos últimos minutos, Fred recebeu cartão amarelo por xingar o árbitro de “cara de pau”.
Foi o seu terceiro e tenho a impressão de que o forçou para ficar zerado.
Ao final,
Abel declarou que a vitória havia sido injusta, porque em sua visão a Lusa
dominou a partida e teve várias chances de abrir o placar.
Só esqueceu-se
de dizer que foi ele o responsável pelo crescimento da Portuguesa ao adotar um
sistema de jogo retrancado, ultrapassado e que não leva a lugar algum.
Por causa
dessa mania, perdemos o jogo para o Grêmio e sofremos um empate ridículo com o
Figueirense.
Espero que
tenha aprendido a lição e não a repita nos próximos jogos.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Portuguesa 0
x 2 Fluminense
Local: Canindé,
São Paulo (SP); Data: 12/09/2012
Árbitro: Jailson Macedo de Freitas (BA)
Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago (Fifa-MG) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Gols: Jean, aos 28' e Wellington Nem, aos 30' do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diguinho, Digão e Fred
Portuguesa: Dida,
Luis Ricardo, Gustavo, Rogério e Marcelo Cordeiro; Ferdinando (Diego Viana,
31'/2ºT), Leo Silva, Moisés e Boquita; Ananias e Bruno Mineiro. Técnico: Geninho.
Fluminense: Diego
Cavalieri; Bruno, Digão, Gum e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Rafael Sobis,
intervalo), Jean e Thiago Neves (Fábio, 35'/2ºT); Fred e Wellington Nem (Higor,
43'/2ºT). Técnico: Abel
Braga.
Um comentário:
Jogo horroroso!...
Mas, se for assim até o final e ficarmos com o título, tá valendo...
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