Michael deixou o seu e quase fez outro de bicicleta. |
A sorte que nos sorriu na quarta-feira faltou em
dobro na noite desse sábado.
Deu tudo errado, ninguém jogou nada e sobre todos recai
a culpa na derrota inexplicável para o pior time do campeonato.
A rigor, apenas Higor e Michael se salvaram.
Higor entrou após o intervalo e deu mais
consistência ao meio de campo, perdido e sem inspiração durante toda a primeira
etapa.
Michael foi o mais lúcido dos atacantes. Mostrou
oportunismo por ocasião de seu gol e quase empata com uma bela bicicleta,
defendida com dificuldade pelo bom goleiro Márcio.
Abel não utilizou o esquema macabro com três volantes,
mas pecou em insistir na armação da equipe com três atacantes e só um homem de
criação e, pior ainda, sendo ele o Thiago Neves, que tem características muito
mais de um meia avançado do que um criador de jogadas.
Se tivesse começado com o Higor no lugar do Sobis,
talvez o resultado não fosse tão ruim.
Mas não adianta chorar o leite derramado. O fato é
que a atuação foi uma tragédia só.
Carlinhos errou tudo. Não acertou nenhum cruzamento
e ainda permitiu uma avenida pelo seu setor por onde os goianienses se criaram
durante todo o tempo.
Edinho, perdido em campo, deixou um espaço abissal no
meio de campo, onde todos os rebotes eram ganhos pelos adversários, que só foram
parados com faltas, como a que propiciou o gol de Diego Giaretta.
Na jogada que originou o escanteio e o consequente
segundo gol foi driblado com facilidade extrema pelo lateral do Atlético.
Parecia um caminhão desgovernado, justificando o apelido maldoso aplicado por
parte dos torcedores: Edinho jamanta.
Ainda bem que levou o terceiro amarelo e, se o Abel
não inventar, deveremos ter o retorno de Valencia contra o Náutico.
E pelo que jogou o colombiano nos dois jogos de sua
seleção contra Paraguai e Uruguai tem tudo para voltar a ser titular.
A coisa esteve tão preta que até Cavalieri deu uma
bobeada no segundo gol, permanecendo adiantado quando o único modo que Reniê teria
de acertar a meta era aquele balão rente ao travessão. Nosso goleiro preferiu
ficar adiantado e não conseguiu alcançar uma bola relativamente fácil, se
estivesse bem colocado.
Jean não conseguiu manter o nível das atuações
anteriores, face à mediocridade do meio de campo e até Wellington Nem esteve
irreconhecível, sendo completamente anulado pela forte marcação sofrida.
A derrota inesperada transformou o jogo contra o
Náutico em desespero puro, porque agora não existe a mínima possibilidade de
perder pontos.
Os prováveis retornos de Deco e de Fred, que cumpriu
a suspensão e quem sabe a reintegração de Valencia, tornarão o time mais forte,
o que nos dá esperanças de retomada de rumo.
Estamos chegando ao mês de outubro e creio que está na
hora da diretoria tricolor começar a se movimentar para trazer o Conca de volta,
jogador essencial para a tão sonhada conquista da Libertadores.
Nossos maiores craques, Deco e Fred, não conseguem
manter uma sequencia minimamente aceitável e Fred ainda perde diversos jogos
por cartões bobos, como o ocorrido contra a Portuguesa.
A consequência lógica é que eles não têm participado
das jornadas decisivas.
Em 2010, com Conca no time, o título veio com
Marquinho, Rodriguinho e Washington presentes na maioria dos jogos, já na
Libertadores desse ano... eliminação para um Boca à “meia-boca”.
Apesar de todos esses percalços, ainda acredito no
tetra.
E DÁ-LHE
FLUZÃO!
DETALHES:
Fluminense 1 x 2 Atlético-GO
Local: Raulino de
Oliveira, Volta Redonda (RJ); Data:
15/09/2012
Árbitro: Márcio Chagas da Silva
(RS)
Auxiliares: Altemir
Hausmann (Fifa/RS) e Rafael da Silva Alves (RS)
Gols: Diego Giaretta, aos 17’ e Reniê,
aos 41’ do primeiro tempo e Michael, aos 19’ do
segundo.
Cartão amarelo:
Edinho
Fluminense:
Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos (Wallace, intervalo);
Edinho, Jean e Thiago Neves; Rafael Sobis (Michael, 3'/2ºT), Samuel (Higor,
intervalo) e Wellington Nem - Técnico: Abel Braga.
Atlético-GO:
Márcio; Marcos, Gustavo, Reniê e Diego Giaretta; Dodó, Pituca, Ernandes e
Danilinho (Marino, 43'/2ºT e Gilson, 44'/2ºT); Patric e Diogo Campos (Carlos,
23'/2ºT) - Técnico: Artur Neto.
Um comentário:
Bom dia,
Foi a típica Zebra!
O Fluminense produziu bem mais!
Mas pelo menos 4 defesas milagrosas do Márcio definiram o Placar.
Sabe o que me lembrou? A injusta vitória sobre o Náutico no 1° turno, onde produzimos bem menos que o adversário e levamos os 3 pontos!
Rodrigo Stopa
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