segunda-feira, 22 de março de 2010

Fluminense 2 x 1 Resende. Sem muito alarde, o Fluzão vai chegando.

Cabeçada certeira de André Lima, que ontem foi o "cara".

Valeu pela vitória, valeu pelos quatro pontos de diferença para os terceiros colocados, valeu pela resposta do André.

O problema é que o adversário era o Resende, último colocado do grupo e que já havia sofrido quinze gols em apenas quatro jogos e o mínimo que se poderia esperar era uma goleada que recolocasse o Fluminense na liderança.

A equipe tricolor continua com a síndrome da perda de gols fáceis, parece até que não treina arremates. Bastaria que uma das oportunidades fosse aproveitada para evitar aquele sufoco final.

O Fluminense até que administrou bem a partida, principalmente depois que construiu a vantagem, mas como não concretizou o terceiro gol, veio aquela bola vadia, que quase põe tudo a perder. Mesmo assim, o futebol apresentado deu para o gasto.

A análise fria da partida evidencia que o Fluminense carece de um meio campo mais eficaz. É impressionante como jogo após jogo, nossos volantes continuam perdendo a maioria dos rebotes, não importando a qualidade do adversário. Quando pressionados, quase sempre a bola vai e volta. Cuca deveria olhar com mais atenção para esse setor, afim de e melhorar seu posicionamento.

Como o jogo foi morno, insosso mesmo, resolvi prender-me a atuação individual dos atletas.

Rafael fez boas defesas. Salvou o empate quase no fim do jogo numa falta bem cobrada. Falhou feio no gol do Resende, reeditando a velha mão de maionese. Tem crédito? É claro que tem, mas precisa ter humildade para reconhecer as falhas. Teria sido muito mais simples admiti-la do que ficar tentando tapar o sol com a peneira.

Mariano mais uma vez esteve bem, melhora a cada jogo. O passe para o primeiro gol foi milimétrico.

A zaga não chegou a comprometer o que não quer dizer muita coisa face à fragilidade do ataque adversário. Gum faz faltas demais e muitas delas nas imediações da grande área. Precisa perder esse vício, o que a essa altura não deve ser tarefa fácil. Cássio, um pouco lento, errou uma bola que se fosse em clássico provavelmente ocasionaria um gol adversário. Dalton esteve firme, o melhor dos três. Se Digão recuperar a forma do ano passado voltará à titularidade sem dificuldade.

Júlio César apresentou apenas alguns lampejos do craque que foi no Goiás. Ainda não disse ao que veio. Se não melhorar, poderia ir descansar um pouco no banco de reservas.

Diogo quando “come a grama” consegue aparecer melhor, querendo dar uma de craque, cadenciando jogadas e com chutes de longa distância, torna-se inócuo. Diguinho briga, corre e se mata em campo, mas não consegue acertar um passe. Quem se acostumou com a dupla Arouca e Cícero não consegue parar de comparar.

Conca, mais uma vez sozinho na criação, foi caçado o tempo todo com inúmeras faltas, mesmo assim conseguiu sobressair-se, como sempre. Tivesse ao lado alguém minimamente hábil, as oportunidades de gol certamente se multiplicariam. Quem sabe um dia quando o Équi recuperar a forma.

Alan me lembra uma montanha russa, ora está em cima, ora em baixo. Dois belos gols contra o Uberaba e ontem várias oportunidades perdidas. Aquela, na pequena área, após passar pelo goleiro é inadmissível.

André Lima. Salvou a pátria, lutou muito e fez os dois gols salvadores. Embora não me agrade uma dupla formada com Fred, as oscilações constantes do Alan poderão forçar uma tentativa nesse sentido.

Wellington Silva parece que sucumbiu aos elogios. Não fez nada de útil. A única vez em que apareceu foi no lance que precedeu o gol do Resende, quando ao tentar passar por três adversários, perdeu a bola que acabou sobrando para o chute de Tiago Bastos.

Sobre o lance, Cuca declarou: "Ele tinha acabado de entrar, estava frio e tem que saber que é preciso simplificar no primeiro momento, dar um passe curto para ganhar confiança. O guri ainda teve a infelicidade que no mesmo lance saiu o gol".

Não tenho dúvidas de que o Cuca conversará muito com o Wellington e irá lapidar o seu futebol, só discordo quando ele diz ser preciso simplificar no primeiro momento. Acho que terá que simplificar sempre, como faziam Pelé e Zico e Rivelino, sob pena de se tornar mais uma foca de circo, como existem várias por aí.

Wellington é jovem e, se por a cabeça no lugar, poderá dar frutos ainda esse ano.

E antes que percamos Dalton, Alan e Digão: FORA TRAFFIC!
(crédito da foto: lancenet.com.br)

2 comentários:

Águia Futebol Clube disse...

Ta feia a coisa la no Vascão irmão, dependemos de um resultado positivo contra vocês e se Mancini continuar dificilmente isso ocorrerá.

Abraço e que vença o mais preparado.
Jeferson

Helio R.L. disse...

Caro Jeferson,

Lamento o desastre contra o Olaria, principalmente porque o Flu precisa ficar na frente da mulambada e por isso deverá jogar tudo contra o Vasco. Mas como vc mesmo falou que vença o mais preparado.

A meu ver a grande mancada do Mancini foi deixar o Dodô bater o segundo penalti contra os mulambos. Se o jogo ficasse no 1 x 1, o Vasco já teria se recuperado da perda da Taça GB.

Saudações tricolores