O jogo de ontem poderia
ser intitulado como “verdadeiro teste para cardíacos”, “equívocos transformam potencial goleada em
vitória sofrida”, “Magno Alves salva”, ou ainda “quem é o maior culpado por tanta oscilação?”
O melhor e mais
simpático é o que se refere à presença de espírito do Magnata, que mais uma vez
fez o que Henrique Dourado não consegue.
Os demais, porém,
não devem ser descartados; os dois primeiros por sua obviedade e o último por
servir de reflexão sobre a administração do futebol tricolor, que carece de
dirigentes capazes para lidar com o mercado futebolístico.
Peter, por diversas
vezes, deu a entender que sua preocupação maior seria a dedicação quase que
integral à administração geral do clube.
Nesse aspecto palmas
para ele.
Hoje as finanças estão
muito mais equilibradas e falta pouco para que o tão decantado Centro de
Treinamento se transforme numa realidade.
Mas, e o futebol vencedor?
Peter delegou-o a vice-presidentes
e gerentes de futebol com as mais variadas formações, infelizmente todos eles,
sem exceção alguma, sem o mínimo preparo para administrar o que se propunham a
fazer, principalmente no que se refere a montagem de elencos.
É verdade que no
início o grande aporte financeiro por parte da Unimed garantia a presença de
estrelas de primeira grandeza, o que acabava camuflando as inúmeras negociações
equivocadas, das quais Martinuccio e Marcelinho das Arábias são exemplos
incontestáveis.
O fim do patrocínio
expos a fragilidade do departamento de futebol. Mario Bittencourt, Fernando
Simone, Jorge Macedo e até mesmo Rodrigo Caetano, vencedor na época Unimed, contrataram
uma série de jogadores sem a mínima condição de vestir a tradicional camisa tricolor.
O que passou, passou,
então sem perder tempo remoendo as negociações pretéritas, destaque-se apenas
as sandices cometidas na era Macedo.
Camilo, que acertou
o meio de campo do Botafogo, já havia sido tentado por diversas vezes e acabou
não vindo por resistência da Chapecoense.
Até aí tudo bem, o
que não se justifica é ir a Chapecó e trazer o Maranhão e ainda de passagem por
Curitiba trazer o Dudu, provavelmente dois pesos mortos até o fim de seus
contratos.
O Fluminense foi o
primeiro clube a se interessar por Ábila e como não conseguiu trazê-lo contratou
Henrique Dourado.
Atualmente no
Cruzeiro, Ábila fez nove gols em dez jogos e Dourado perdeu outros tantos em
menos partidas.
Para o meio de campo
os possantes Danilinho e Aquino. Contratações baseadas em que e para
que se Marquinho já havia sido contratado?
E Alexis, contratado
como promessa e que nunca chegou a ser relacionado.
É provável que com o
dinheiro gasto nessas contratações, atletas mais habilidosos poderiam ser
contratados, talvez os próprios Camilo e Ábila e até o Thiago Neves, que chegou
a ficar sem vínculo com o Al-Jazira.
Mas não esquentem a
cabeça, isso é só o desabafo de um tricolor que não aguenta mais assistir seguidamente
a tantos desmandos.
O que interessa é
que ganhamos do Figueirense.
Com sufoco, é
verdade, mas os três pontos vieram e colocaram o Fluzão na cola do G-4.
Será que vai dar
mesmo para beliscar uma vaguinha na Libertadores?
As próximas rodadas,
todas no Rio de Janeiro, serão o termômetro: nove ou sete pontos aumentam a
esperança, com menos será difícil.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
CAMPEONATO
BRASILEIRO – 22ª RODADA
Fluminense 3 x 2
Figueirense
Local: Estádio Giulite Coutinho, Mesquita,
RJ; Data: 03/09/2016
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Auxiliares: Daniel Henrique Andrade (DF) e José Reinaldo N. Junior (DF)
Gols: Scarpa, aos 13' e Renato Chaves, aos 19' do primeiro tempo; Carlos Alberto, aos 3', Nirley, aos 15' e Magno Alves, aos 33' do segundo
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Auxiliares: Daniel Henrique Andrade (DF) e José Reinaldo N. Junior (DF)
Gols: Scarpa, aos 13' e Renato Chaves, aos 19' do primeiro tempo; Carlos Alberto, aos 3', Nirley, aos 15' e Magno Alves, aos 33' do segundo
Cartões amarelos: Renato Chaves e Pierre
Fluminense:
Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Renato Chaves e William Matheus; Pierre
(Marquinho, intervalo), Douglas (Marcos Junior, 30'/2ºT), Cícero e Scarpa;
Wellington e Henrique Dourado (Magno Alves; 16'/2ºT). Técnico: Levir Culpi.
Figueirense: Gatito Fernández, Ayrton, Nirley, Bruno Alves e Morassi; Renato (Jefferson, 28'/1ºT), Caucaia, Elvis (Rafael Silva, intervalo) e Carlos Alberto (Michael Ortega, 35'/2ºT); Lins e Rafael Moura. Técnico: Tuca Guimarães.
Figueirense: Gatito Fernández, Ayrton, Nirley, Bruno Alves e Morassi; Renato (Jefferson, 28'/1ºT), Caucaia, Elvis (Rafael Silva, intervalo) e Carlos Alberto (Michael Ortega, 35'/2ºT); Lins e Rafael Moura. Técnico: Tuca Guimarães.
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