Desde a saída de Thiago Neves
não mais tive o prazer de ver um craque de verdade envergando a “10” Tricolor.
Custou, mas a continuar assim
tudo indica que Diego irá compensar com sobras a ausência tão sentida nesses
últimos anos de tantas tentativas fracassadas.
O jogo foi eletrizante, o time
se empregou como há muito não se via e conseguiu uma vitória maiúscula, que
volta a credenciá-lo a uma das vagas nas semifinais.
Confesso que não esperava a
vitória e dou a mão à palmatória por ter sido tão pessimista quanto ao que
poderia acontecer no Mineirão, mas... É como diz o ditado: “gato escaldado tem medo de água fria”.
E não há nada que me meta mais
medo do que ver na boca do túnel mais um aprendiz emergente dirigindo os
destinos do Fluminense.
É claro que vibrei com a
vitória e comemorei bastante o resgate das vitórias sobre o antigo freguês, um
tanto rebelde nesses últimos três anos.
A vitória foi linda,
maiúscula, mas não podemos deixar a empolgação aplacar o fato de que ela só
aconteceu pela noite de inspiração máxima de Diego Souza, antiga revelação de
Xerém desperdiçada por tanto tempo por uma das administrações catastróficas que
assolaram o clube num passado não tão remoto.
Melhor que ele voltou e talvez
tenha sido essa a única contratação para valer praticada pela dupla que comanda
o nosso futebol.
Como torcedor estou exultando
a vitória até agora e comemorarei muito mais se vencermos Flamengo e Botafogo
na sequência.
Não podemos, porém, deixar que
a euforia momentânea nos faça esquecer as mazelas da equipe, que ontem voltou a
falhar e muito.
O time continua disperso, não
há o mínimo de compactação entre os setores, a recomposição é lenta e a consequência
reincidente é a exposição da zaga aos atacantes adversários.
Ontem, a deficiência ficou nítida
porque nem a presença de dois volantes eminentemente marcadores evitou o
problema.
Os laterais marcam mal há mais
de seis meses e treinamento algum foi capaz de evitar as verdadeiras avenidas
por onde desfilam qualquer atacante que tenha um mínimo de habilidade e
velocidade.
O deslocamento de Scarpa para
jogar aberto pela direita ou na lateral esquerda tira dele o seu melhor e aí o
meio de campo não cria e o time fica à mercê de uma sobra de bola para o Fred, quando
ele está em campo.
Scarpa jogando pelo meio é
capaz de fazer belos gols como o de ontem. Espero que Baptista tenha aprendido
a lição.
E ainda existe a deficiência
crônica nas bolas aéreas cruzadas para a nossa área, perigo constante em todos
os jogos.
Não desejo de modo algum
passar a imagem de intolerância com o atual treinador, mas como seguidor do Fluminense
desde os seus áureos tempos, não consigo aceitar que um clube de seu porte seja dirigido por técnicos emergentes e ainda sem a experiência
necessária para a grandeza do Tricolor Verdadeiro, sejam eles Baptista,
Enderson, Drubsky, Cristóvão.
Ganhamos bem, outras vitórias
épicas certamente teremos sempre que nossos craques estiverem inspirados e
arrebentarem como fez o Diego.
Quando isso não acontecer
continuaremos sofrendo.
Que Peter Siemsen atente para
o fato de que técnicos inexperientes por melhor que possam ser ganham jogos,
títulos jamais.
CUCA
JÁ!
E
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Cruzeiro 3 x 4 Fluminense
Local: Estádio Magalhães Pinto, Belo Horizonte, MG; Data: 17/02/2016
Árbitro: Francisco Paula Silva Neto (RS)
Auxiliares: Rafael Alves (RS) e Elio Nepomuceno (RS)
Gols: Rafael Silva, aos 4'; Diego Souza, aos 28' e 34', Scarpa, aos 37' e Rafael Silva, aos 43' do primeiro tempo; Arrascaeta, aos 20' e Diego Souza, aos 25' do segundo
Cartões amarelos: Marcos Junior, Giovanni, Diego Cavalieri e Pierre
Local: Estádio Magalhães Pinto, Belo Horizonte, MG; Data: 17/02/2016
Árbitro: Francisco Paula Silva Neto (RS)
Auxiliares: Rafael Alves (RS) e Elio Nepomuceno (RS)
Gols: Rafael Silva, aos 4'; Diego Souza, aos 28' e 34', Scarpa, aos 37' e Rafael Silva, aos 43' do primeiro tempo; Arrascaeta, aos 20' e Diego Souza, aos 25' do segundo
Cartões amarelos: Marcos Junior, Giovanni, Diego Cavalieri e Pierre
Cruzeiro: Fábio, Fabiano, Manoel, Dedé e Fabrício; Henrique, Ariel Cabral (Pisano,
32'/2°T), Arrascaeta e Sánchez Miño (Élber, 10'/2°T); Alisson e Rafael Silva
(Vinícius Araújo, 38'/2°T). Técnico: Deivid.
Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Marlon e Giovanni; Pierre,
Douglas (Edson, 43'/2°T), Scarpa
(Osvaldo, intervalo) e Marcos Junior (Felipe Amorim, 18'/2°T); Cícero e Diego
Souza - Técnico: Eduardo Baptista.
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