quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Cruzeiro 3 x 4 Fluminense. A importância da presença de um craque!





Desde a saída de Thiago Neves não mais tive o prazer de ver um craque de verdade envergando a “10” Tricolor.

Custou, mas a continuar assim tudo indica que Diego irá compensar com sobras a ausência tão sentida nesses últimos anos de tantas tentativas fracassadas.

O jogo foi eletrizante, o time se empregou como há muito não se via e conseguiu uma vitória maiúscula, que volta a credenciá-lo a uma das vagas nas semifinais.

Confesso que não esperava a vitória e dou a mão à palmatória por ter sido tão pessimista quanto ao que poderia acontecer no Mineirão, mas... É como diz o ditado: “gato escaldado tem medo de água fria”. 

E não há nada que me meta mais medo do que ver na boca do túnel mais um aprendiz emergente dirigindo os destinos do Fluminense.

É claro que vibrei com a vitória e comemorei bastante o resgate das vitórias sobre o antigo freguês, um tanto rebelde nesses últimos três anos.

A vitória foi linda, maiúscula, mas não podemos deixar a empolgação aplacar o fato de que ela só aconteceu pela noite de inspiração máxima de Diego Souza, antiga revelação de Xerém desperdiçada por tanto tempo por uma das administrações catastróficas que assolaram o clube num passado não tão remoto.

Melhor que ele voltou e talvez tenha sido essa a única contratação para valer praticada pela dupla que comanda o nosso futebol.

Como torcedor estou exultando a vitória até agora e comemorarei muito mais se vencermos Flamengo e Botafogo na sequência.

Não podemos, porém, deixar que a euforia momentânea nos faça esquecer as mazelas da equipe, que ontem voltou a falhar e muito.

O time continua disperso, não há o mínimo de compactação entre os setores, a recomposição é lenta e a consequência reincidente é a exposição da zaga aos atacantes adversários.

Ontem, a deficiência ficou nítida porque nem a presença de dois volantes eminentemente marcadores evitou o problema.

Os laterais marcam mal há mais de seis meses e treinamento algum foi capaz de evitar as verdadeiras avenidas por onde desfilam qualquer atacante que tenha um mínimo de habilidade e velocidade.

O deslocamento de Scarpa para jogar aberto pela direita ou na lateral esquerda tira dele o seu melhor e aí o meio de campo não cria e o time fica à mercê de uma sobra de bola para o Fred, quando ele está em campo.

Scarpa jogando pelo meio é capaz de fazer belos gols como o de ontem. Espero que Baptista tenha aprendido a lição.

E ainda existe a deficiência crônica nas bolas aéreas cruzadas para a nossa área, perigo constante em todos os jogos.

Não desejo de modo algum passar a imagem de intolerância com o atual treinador, mas como seguidor do Fluminense desde os seus áureos tempos, não consigo aceitar que um clube de seu porte seja dirigido por técnicos emergentes e ainda sem a experiência necessária para a grandeza do Tricolor Verdadeiro, sejam eles Baptista, Enderson, Drubsky, Cristóvão.

Ganhamos bem, outras vitórias épicas certamente teremos sempre que nossos craques estiverem inspirados e arrebentarem como fez o Diego.

Quando isso não acontecer continuaremos sofrendo.

Que Peter Siemsen atente para o fato de que técnicos inexperientes por melhor que possam ser ganham jogos, títulos jamais.


CUCA JÁ!


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Cruzeiro 3 x 4 Fluminense

Local: Estádio Magalhães Pinto, Belo Horizonte, MG; Data: 17/02/2016
Árbitro: Francisco Paula Silva Neto (RS)
Auxiliares: Rafael Alves (RS) e Elio Nepomuceno (RS)
Gols: Rafael Silva, aos 4'; Diego Souza, aos 28' e 34', Scarpa, aos 37' e Rafael Silva, aos 43' do primeiro tempo; Arrascaeta, aos 20' e Diego Souza, aos 25' do segundo
Cartões amarelos: Marcos Junior, Giovanni, Diego Cavalieri e Pierre

Cruzeiro: Fábio, Fabiano, Manoel, Dedé e Fabrício; Henrique, Ariel Cabral (Pisano, 32'/2°T), Arrascaeta e Sánchez Miño (Élber, 10'/2°T); Alisson e Rafael Silva (Vinícius Araújo, 38'/2°T).  Técnico: Deivid.


Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Marlon e Giovanni; Pierre, Douglas (Edson,  43'/2°T), Scarpa (Osvaldo, intervalo) e Marcos Junior (Felipe Amorim, 18'/2°T); Cícero e Diego Souza - Técnico: Eduardo Baptista. 

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