segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Cruzeiro 2 x 1 Fluminense. Receita para um 2015 feliz!

Se mantidos Cavalieri e Gum o plantel de 2015 em nada será mais fraco que o atual.

Ao contrário do se apregoa não vejo razão para preocupações maiores quanto à fragilidade do time tricolor em comparação ao de 2014.

As declarações desesperadas de alguns, principalmente as de Fred e Wagner, não passam de tentativas de forçar a diretoria a renovar com atletas que terão seus vínculos encerrados no final do ano e que só serviram para comprovar o desejo da manutenção de todos, independentemente dos ridículos resultados obtidos nos últimos dois anos.

Até o próprio treinador aparenta fazer parte de algum tipo de conluio quando declara solenemente que o Fluminense será mais fraco na próxima temporada.

Faz lembrar o mesmo estado da arte do tempo do Abel quando para beneficiar seus protegidos enrolou a diretoria com duas frases bombásticas ao afirmar que já existia no elenco substituto à altura para o Wellington Nem, o que acabou forçando a sua saída, além de atestar que o Fluminense dispunha de zagueiros para os próximos cinco anos.

O passar do tempo provou justamente o contrário como mostram as seguidas derrotas ocorridas nesses últimos dois anos.

O destino do Fluminense, porém, irá depender exclusivamente das ações do presidente Peter Siemsen.
                                                                         
Reprodução LANCETV

Se ele tiver a sensibilidade de enxergar a necessidade de renovar com Cavalieri a próxima caminhada tricolor será mais branda.

Se puder ficar com o Gum melhor ainda, pois o plantel precisa de mais atletas que realmente se doem em campo.

Os demais não farão falta alguma por serem jogadores que já vem numa descendente há anos e só continuaram tendo oportunidades por terem a preferência absoluta do Cristóvão.

Difícil precisar o motivo, talvez seja falta de segurança, mas o fato é que ele trabalha sempre com o mesmo grupo restrito de atletas, independentemente de seus rendimentos em campo.

Desafio os arautos da futura derrocada tricolor a provarem em que ponto o elenco apresentado no painel acima seja inferior ao atual.

É claro que será desejável a reposição de um lateral esquerdo e o preenchimento da vaga ainda em aberto deixada por Wellington Nem e se os dirigentes conseguirem essas contratações o Fluminense passará de mero participante a postulante real aos títulos das competições que disputar.

Não será necessária nenhuma contratação bombástica, bastará trazer atletas com certa experiência e que tenham na regularidade suas maiores virtudes porque os torcedores já estão fartos de sonolentos que jogam bem apenas uma ou duas partidas por ano.  

E lógico com um treinador mais preparado e que não tenha medo de colocar em campo as promessas reveladas na base, fato comum nos demais clubes e raro no Fluminense e que, além disso, tenha personalidade para não se tornar refém de nenhum grupo de jogadores, colocando em campo sempre os que estiverem em melhores condições.

Quanto ao jogo com o Cruzeiro, a derrota poderia ter sido evitada se Cristóvão tivesse adotado postura diferente.  

A começar pela manutenção do Sobis, que mais uma vez nada fez de útil, além de perder gol claro quando chutou fraco em cima do Rafael tendo Fred a seu lado e livre de marcação.

Seria o desempate que poderia mudar a história da partida.

E as invenções não pararam por aí, visto a estranha substituição de Mattis que desarrumou totalmente a defesa e ensejou a Marcelo Moreno a oportunidade de fazer o seu gol completamente livre de marcação.

E como sempre, depois da porta arrombada reparou o erro.

Difícil de aceitar a propensão de Cristóvão para as improvisações como, por exemplo,  as tentativas de adaptações de volantes e meias como laterais em detrimento de seus reservas naturais e que quase sempre não dão certo.

Espero que Peter tenha assistido ao jogo e enfim tenha enxergado não ser Cristóvão o técnico ideal para comandar um plantel repleto de jovens.

A mídia andou divulgando o interesse em Enderson Moreira. Tomara que seja verdade, mas se não for ele qualquer um que saiba vencer equipes mais fracas será bem-vindo.

O empate do Grêmio deu ao Fluminense a chance de começar a participação na Copa do Brasil nas oitavas, o que além de evitar o enfrentamento de três adversários diminui os riscos de novos vexames contra times bem mais fracos.

O ruim da história é que só conseguimos essa proeza graças ao time reserva do Flamengo.
  

DETALHES:

CAMPEONATO BRASILERIO – 38ª RODADA

Cruzeiro 2 x 1 Fluminense

Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte, MG; Data: 07/12/2014
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Mauro André de Freitas (SP) e Renata Xavier de Brito (SP)
Gols: Fred, aos 33' e Nilton, aos 44' do primeiro tempo; Marcelo Moreno, aos 14' do segundo
Cartões Amarelos: Diguinho, Elivélton e Edson

Cruzeiro: Rafael, Mayke, Léo, Manoel e Egídio; Nilton, Lucas Silva, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart; Willian (Judivan, 23'/2ºT) e Marcelo Moreno (Júlio Baptista, 36'/2ºT) - Técnico: Marcelo Oliveira

Fluminense: Cavalieri, Diguinho, Guilherme Mattis (Kenedy, 10'/2ºT), Elivélton e Chiquinho; Valencia, Edson, Wagner e Conca (Walter, 28'/2ºT); Rafael Sóbis (Gum, 17'/2ºT) e Fred. - Técnico: Cristovão Borges.

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Por onde andará Lucas Patinho?

Difícil entender como um atleta promissor de tanto brilho nas categorias de base com inúmeros gols e passes precisos não tenha tido oportunidade alguma com todos os treinadores que passaram ultimamente pelas Laranjeiras.



A rotina de empréstimos para clubes sem expressão tem sido uma constante incompreensível, porque afinal de contas ninguém desaprende de uma hora para outra.



3 comentários:

Tricolor! disse...

Findo o campeonato mais sonolento de todos os tempos, eis-me aqui de volta para palpitar.

Concordo em partes com a postagem. Sem contratar um LE, com o Chiquinho improvisado e sem reservas para a posição - e sem o atacante velocista - não dá pra almejar nada que não seja a permanência na série A. Também acho que, com a possível não renovação do Diguinho e do Valência, deveríamos trazer mais um volante ao menos razoável.

De nada adianta ter algumas boas peças se o time apresenta um desequilíbrio tão flagrante. Um atacante de 900 mil reais tão titular quanto um pangaré-meia-lateral de time de interior.

Aliás, essa tem sido a tônica da parceria com a UNIMED. Medalhões caríssimos em certas posições, verdadeiros garotos propaganda da marca (Fred, Conca, Edmundo, Romário e tantos outros) jogando ao lado de verdadeiros pangarés (Chiquinhos, Rhayners e Eliveltons da vida).

Com isso não se formam bons times.

É a velha estória de usar a carroceria da Ferrari com o motor de Gol 1000 suspensão de Fiat 147.

Não estou exaltando com isso o possível fim da parceria; acho que estaríamos pior sem ela.
Apenas constato a falta de sabedoria com que foi utilizada a enxurrada de recursos despejados no Fluminense.
Em 16 anos, de 1999 pra cá, 3 títulos importantes: 2 brasileiros e uma Copa do Brasil.

Tendo em vista a quantidade colossal de dinheiro investido na montagem de times, fica a sensação de que poderia ter sido muito melhor.

A era Parmalat no Palmeiras, por exemplo, rendeu frutos mais expressivos.

Feliz 2015 para todos nós,

ST

Helio R.L. disse...

Caro Tricolor,

Bom ter seus comentários de volta.

O baixo aproveitamento dos recursos injetados pela Unimed já foi tema de "trocentos" comentários nesses sete anos de blog.

Faltou tudo. Bom senso e conhecimento de como montar um time campeão, tanto por parte de nossos presidentes como do Dr. Celso Barros, que infelizmente é completamente acéfalo quando se trata da matéria.

Dos presidentes a mesma coisa com relação à completa ausência de noção, além do narcisismo e a arrogância desmedida do atual e as negociações estranhas dos anteriores.

Dois títulos brasileiros é pouco para a grana utilizada.

Sinceramente não tenho dúvida que qualquer torcedor de arquibancada, como nós, teria conseguido muito mais.

Agora mesmo ainda tentam renovar com a mala do Cristóvão, técnico bom de papos teóricos, mas zero à esquerda na prática, além de ter o mesmo defeito do Abel de se escorar em patotas.

Quanto ao propalado desmanche, gostaria que alguém me explicasse em que o elenco perderá ao se livrar de Diguinho, Valencia, Fabrício, Carlinhos, Chiquinho, Sobis, Felipe Garcia, etc.

Vejo muita pressão de empresários, dos próprios atletas e dos pais da patota, como Fred, Wagner e o próprio Cristóvão.

Se esses caras irão fazer tanta falta, por que até agora não apareceu nenhum interessado?

Pior que o eventual fim da parceria será a manutenção do Cristóvão porque aí mesmo é que teremos outro ano sem títulos.

Saudações Tricolores.

Tricolor! disse...

Rapaz, pelo visto a coisa vai ser pior do que imaginávamos...

De acordo com o GE, a UNIMED vai notificar os atletas informando que não pretende honrar nem os compromissos em vigor, parando de pagar os direitos de imagem.

A esperança da UNIMED deve ser a de que os jogadores se arrumem em outros clubes e negociem uma rescisão amigavel.

Pelo visto o cenário de debandada geral parece possível.
Sem Fred, Conca, Wagner, Cavalieri ou até mesmo o obeso e o Soneca e sem nenhum patrocinador por ora a coisa vai complicar.

Pelo menos até o início do Brasileiro de 2015 há algum tempo para tentar arrumar um patrocinador é fazer testes no Carioca.

Detesto alarmismos, mas, sendo realistas, não cair em 2015 já soaria excepcional.

Meu Deus... Tanto tempo sofrendo com goleiros tenebrosos... Vamos perder mesmo o Cavalieri?

ST