domingo, 12 de outubro de 2014

Internacional 2 x 1 Fluminense. Nova tática revolucionária de Cristóvão Borges: “A Linha Burra”!

Nunca na vida, Abelão teve tanta sopa como a dada por Cristóvão!

Com o mau reinício após a pausa para a Copa do Mundo __ derrota para o Criciúma e vitória apertada sobre o Santos, num jogo insosso e vencido graças a um bom chute do Conca, Cristóvão resolveu  tentar copiar o Guardiola  orientando o time a marcar a saída de bola no campo dos adversários.

O início foi gratificante e as exibições contra Atlético Paranaense e Goiás chegaram a encantar a todos e até a mídia perniciosa passou a cantar loas ao futebol exibido pelo Fluminense.

Esqueceu-se, porém, o nosso treinador que para jogar dessa maneira é fundamental que se disponha de um plantel numeroso e com qualidade acima da média, o que não ocorre no Fluminense, com poucos craques, cinco ou seis no máximo e um conjunto que completa o time titular com deficiências.

A utilização desse artifício num campeonato duro como o nosso com rodadas demais e vários clubes reais pretendentes ao título ,ao contrário dos europeus em cujos campeonatos os postulantes não passam de três ou quatro, ocasionaram desgaste excessivo no reduzido plantel tricolor.

O segundo tempo do jogo com o Coritiba que poderia ter servido de alerta, serviu apenas para as desculpas esfarrapadas que perduram até hoje após cada insucesso:
“_O Coritiba fez grande partida, veio impedir que o Fluminense jogasse, com marcação forte. Jogou bloqueando, estudou nossa equipe”. (sic).
 
E a cada resultado pífio Cristóvão ia se perdendo de vez, erros nas escalações, substituições incompreensíveis para quem entende um mínimo de tática até chegar a inimaginável linha burra, que deu a Abel a única chance que teria para vencer a partida.

E os 2 a 1 acabaram ficando barato, porque já no primeiro tempo o ultrapassado esquema proporcionou quatro oportunidades cristalinas aos colorados de abrir o marcador; a primeira salva por Cavalieri nos pés de Alex, a segunda por Fred com Cavalieri já batido, a terceira por Marlon praticamente debaixo do travessão, além de uma quarta desperdiçada por imperícia do atacante, que furou na hora da conclusão.

No segundo tempo, o Flu voltou da mesma forma e água mole em pedra dura... D’Alessandro achou Alex livre e gol do Inter.

D’Alessandro e Alex foram aclamados como heróis do jogo, participantes decisivos, ora bolas se o Abel tivesse dado sopa igual os incensados seriam Conca e Fred.

Pena que Cristóvão não treina o Inter, porque de minha parte não aguento mais ver o time jogar sem nenhum plano tático eficiente, sem criatividade para suplantar as retrancas adversárias, em suma: um bando perdido em campo, que quando consegue algum sucesso esse é devido apenas às habilidades individuais de alguns de seus atletas.

Ao final da partida Cristóvão declarou que irá mexer no time.

Talvez volte com o Carlinhos, escale o Kenedy de início ou qualquer outro paliativo que não resolve.

Se quiser tirar o time do marasmo terá que ousar. Escalar um garoto habilidoso ao lado de Fred, deixar a criação a cargo de Conca e Cícero e parar de colocar sempre os mesmos jogadores que não conseguem mais vencer ninguém.

E que Siemsen, Mario e Celso se conscientizem definitivamente de que o Fluminense precisa de um técnico de qualidade para 2015, porque para esse ano só o que podemos esperar será a diminuição dos vexames.


DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 28ª RODADA

Internacional 2 x1 Fluminense

Local: Estádio Beira-Rio, Porto Alegre, RS; Data: 12/10/2014
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Alessandro A. Rocha de Matos (Fifa-B)
Gols: Alex, aos 7', Fred, aos 40' e Valdívia, aos 42' do segundo tempo A)
Cartões amarelos: Marlon e Edson

Internacional:  Alisson; Diogo, Paulão, Ernando e Fabrício; Willians, Bertotto, Alex, Alan Patrick (Valdívia, 25'/2ºT) e D'Alessandro; Wellington Paulista (Nilmar, intervalo). Técnico: Abel Braga. Técnico: Abel Braga.

Fluminense: Cavalieri; Bruno (Edson, 22'/2ºT), Marlon, Elivélton e Chiquinho; Diguinho (Rafinha, intervalo), Jean, Cícero (Rafael Sóbis, 12'/2ºT), Wagner e Conca; Fred. Técnico: Cristovão Borges.

2 comentários:

Daniel Gomes disse...

E o pior é que essa história do Cristóvão de mexer no time nem me soa como uma boa notícia.Pois vai que é mais uma de suas invenções de moda,não é mesmo? Bem,para alcançarmos pelo menos um 4 º lugar precisamos passar dos 60 pontos.Pelo que eu pude me informar, com os atuais 42,precisa somar 20 dos 33 em disputa.O que significa vencer seis partidas e empatar duas das 11 restantes.Mas jogando dessa forma e,como você disse,com muitos outros também na briga,acho que só com um milagre.Vamos ver.É difícil,mas não impossível.Desculpe o comentário ter ficado um pouco longo.Um abraço.

Helio R.L. disse...

Caro Daniel,

Não creio que o Cristóvão seja capaz de levar esse time ao G-4. É muito confuso e está perdido com o elenco que tem.

Minha esperança é que Cruzeiro ou Atlético-Mg vençam a Copa do Brasil e o São Paulo a Sul-Americana.

Ai poderemos ter a chance de ficar na sexta colocação.

De qualquer modo, rendimento muito ruim para quem tem na equipe Cavalieri, Conca, Cícero, Fred e outros bons coadjuvantes.

Quanto ao tamanho do comentário, não se preocupe. Temos bastante espaço.

Saudações Tricolores.