Pensei que a desastrada administração
do futebol tricolor na temporada passada tivesse servido de lição para que o nosso
presidente percebesse que o bom desempenho em campo depende essencialmente de um
planejamento eficiente.
As primeiras ações anunciadas depois das
pífias atuações da equipe durante todo o ano de 2013, algumas das quais já
realizadas, serviram de alento aos combalidos corações tricolores.
Excelente medida a demissão de Rodrigo
Caetano, que quase nada fez durante todo o ano que justificasse o belo salário
recebido.
A não renovação dos contratos de
Edinho, Anderson, Felipe e Marcelinho e Rhayner e a notícia da dissolução do
departamento médico sinalizavam que pelo menos agora, depois da porta arrombada,
as coisas iriam entrar nos eixos.
As posteriores ações do Peter, no
entanto, sinalizam para a repetição do caos de 2013.
Contratou Felipe Ximenes e depois
nomeou Ricardo Tenório, o que pode ser uma indicação de que ele pretende manter
o mesmo modelo que não deu certo com vários responsáveis pela administração do
futebol.
E como “panela em que muita gente mexe”...
Os primeiros micos começaram a pipocar.
A começar pela contratação do Walter.
Acertaram tudo com o jogador e seu empresário e ignoraram o detentor de seus
direitos, o Futebol Clube do Porto.
As tratativas emperraram e a
justificativa de Tenório de que os portugueses alteraram as condições
inicialmente acordadas soa como desculpa esfarrapada.
Pode ser que ele ainda venha, mas a
precipitação em anunciar negociação ainda não concluída servirá sempre como
sinal de alerta de que novas lambanças poderão surgir. Tomara que não.
A tentativa em trazer o Cícero segue a
mesma linha torta de raciocínio.
Se o atleta ainda está vinculado ao
Santos até o final de 2014, de nada adianta acertar salários com ele.
A necessidade premente é partir para
uma composição com o clube da Vila, tentando uma redução nos valores, incluindo
talvez a liberação de algum atleta tricolor na negociação. Quem sabe o Santos
não aceitaria receber o Diguinho e uma quantia menor?
O que não produzirá nada de efetivo é
a declaração pura e simples do Tenório de que "o Fluminense não pagará a multa
rescisória". (sic). Não consegui entender se é apenas um arroubo de soberba, ou se falta
a ele habilidade para negociar.
E pensar que o Cícero poderia ter
vindo para as Laranjeiras no final de 2012 quando não se acertou com o São
Paulo e acabou indo parar no Santos, praticamente de graça.
Lamento que na ocasião Caetano e
Sandrão tenham preferido dar ouvidos ao Abel preterindo o Cícero em favor de
renovar com o Diguinho por dois anos.
O treinador ficou com o seu amiguinho,
que quase não jogou em 2013, enquanto o Cícero com os seus quinze gols no
Brasileirão poderia ter colocado o Fluminense numa colocação bem melhor, disputando
até uma vaga na Libertadores.
Enquanto isso, Ximenes nada fala e deixa transparecer, tal qual Rodrigo Caetano, que acabará transformando-se em mais uma figura
decorativa.
Pobre Tricolor!
3 comentários:
Quanto pessimismo...
Se esqueceu de que agora temos o Chiquinho??
Preocupado...
A defesa já era ruim.
2 zagueiros foram dispensados.
1 volante titular idem.
Nenhuma reposição nessas posicoes que já eram ruins antes das "perdas".
Nenhuma sombra para o Carlinhos.
Nenhum atacante veloz, pelos lados do campo.
Enquanto isso trazem o Waltão.
Nada contra, mas é um jogador caro que vem para ser banco, ou entao para colocar o também caro Rafael Sobis no banco.
Cadê o equilibrio do elenco?
Só bode cego e pangaré na defesa com um ataque caríssimo??
Tricolor,
Vc tem razão, menos quanto às saídas de Edinho, Anderson e Digão.
Mesmo sem reposição, o Tricolor saiu lucrando. Xô coisas ruins!
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