segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Fluminense 2 x3 Vitória. Flamengo 1 x 0 Fluminense. Desespero em dose dupla!

Serão eles os verdadeiros culpados?

Apesar do inesperado empate com a Ponte Preta considerava os três pontos contra o Vitória como favas contadas.

Sem poder assistir ao jogo por estar na estrada, contentei-me em ouvir a transmissão através do radio.

A análise dos comentaristas sobre a atuação tricolor foi o bastante para visualizar mais um circo dos horrores proporcionado pelo que restou de uma equipe campeã.

Mais preocupantes foram as notícias veiculadas à noite pelos sites esportivos sobre a demissão de Vanderlei Luxemburgo.

Não pela qualidade do nosso treinador, há bastante tempo desaparecida, mas muito mais pelos nomes aventados pelo nosso presidente para substituí-lo.

Embora esteja claro que Vanderlei perdeu a mão e não sabe mais o que fazer, sua substituição a sete rodadas do fim do campeonato provavelmente levaria o clube ao rebaixamento.

Trocas de treinadores em fins de campeonato costumam dar certo em clubes que dispõem de um assistente técnico permanente em suas comissões técnicas, como foi o caso recente do Flamengo, que ao se livrar de uma grife que não funcionava deu ao Jaime a responsabilidade de conduzir a equipe.

O mesmo acontece no São Paulo com Milton Cruz sempre que há substituição de treinador.

No Fluminense essa figura não existe logo qualquer novo treinador não conseguirá em tempo hábil ter a noção exata das peças que dispõe.

O que Peter Siemsen poderia e deveria fazer seria “dar uma dura” na comissão técnica exigindo o afastamento dos jogadores que não estejam rendendo, além de diminuir a troca de funções a cada jogo.

Ainda bem que o presidente esfriou a cabeça e não contratou nenhum novo “professor pardal”.  

Veio então o jogo com o Flamengo.

Confesso que mantive as esperanças numa vitória depois da divulgação da notícia de que o técnico adversário pouparia metade da equipe e que Luxemburgo iria fazer mudanças na equipe.

Mudanças? Que mudanças?

Pensava ver o recuo do Edinho para a zaga, talvez com o Gum no banco, Rafinha em sua posição de origem ou até mesmo a volta do Valencia, finalmente recuperado.

Nada disso. Vi o Anderson deslocado para a lateral esquerda e pensei: se já não é bom em sua posição, imagine deslocado para a lateral.

Mais uma vez veio a indagação: cadê o Fernando? Por que o departamento de futebol teve a infeliz ideia de emprestá-lo se já sabia que Monzón não deveria ficar?

Vi Edinho e Diguinho escalados juntos para “proteger” a defesa. E que proteção deram!

E para completar: o retorno de Samuel, aquele mesmo que deveria ter sido vendido, aproveitando o desconhecimento do Español e que depois dos dois gols claros perdidos contra o Cruzeiro deveria voltar para a base para treinar arremates, principalmente com o goleiro já batido.

Com tudo isso o resultado não poderia ser outro: nova derrota.

Jogamos melhor? Um pouco, mas à exceção de Sobis ninguém sabe chutar. Então como fazer gols?

Ah, ainda tivemos o Marcelinho, que nada fez.

Sei que é arriscado julgar o futebol de um atleta por pouco mais de vinte e cinco minutos que esteve em campo, mas pelo que vi parece mais uma peça pregada pelo Abel.

Tomara que eu esteja enganado.

Agora o tema da moda dentre os tricolores é saber de quem é a culpa, afinal qual o maior culpado: Peter, Caetano, Luxemburgo, Abel, Celso Barros, ou o folclórico departamento médico?

Assunto que vai dar o que falar.

Afinal a conclusão poderá ser outra, de que a maior culpa afinal não seja de nenhum dos citados e sim do sexteto exposto no quadro acima, que com seu futebol exuberante camuflou as ruindades que compõem o decantado, mas falso, “melhor elenco do Brasil em 2012”.

Para não cometer maiores injustiças Rafael Sobis e Carlinhos, nos dias em que não dorme em campo, podem ser retirados dessa plêiade.

E você tricolor, o que acha?

Bem, o que nos resta fazer é apoiar o time, principalmente nos três jogos restantes no Maracanã, onde os nove pontos serão mandatários para a permanência na primeira divisão.

Agora sim, é vencer ou vencer!


E DÁ-LHE FLUZÃO, JUNTOS VAMOS SAIR DESSA!

E FELIZ RETORNO CONCA!


DETALHES:

Fluminense 2 x 3 Vitória

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ); Data: 27/10/2013
Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS)
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto Rios (RS) e Flávio Gomes Barroca (RS)
Gols: Marquinhos,aos 23' e Biro Biro, aos 27' do primeiro tempo e Rafael Sobis, aos12',  Juan, aos 17' e Willian Henrique, aos 19' do segundo.
Cartões amarelos: Gum, Rafinha e Leandro Euzébio

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum (Felipe, Intervalo), Leadro Euzébio e Igor Julião (Ronan, 20'/2ºT); Edinho, Diguinho (Marcos Junior, 24'/2ºT), Jean e Rafinha; Biro Biro e Rafael Sobis. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Vitória: Wilson, Ayrton, Victor Ramos, Kadu e Juan; Michel (Luiz Gustavo, 18'/1ºT), Cáceres, Escudero e Renato Cajá (Willian Henrique, 9'/2ºT); Marquinhos e Dinei (Euller, 32'/2ºT). Técnico: Ney Franco.


Flamengo 1 x 0 Fluminense

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ); Data: 3/11/2013 
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden - RS (FIFA)
Auxiliares: Altemir Hausmann - RS (FIFA) e Rafael da Silva Alves - RS (CBF-1)
Gol: Gum (contra), aos 45' do segundo tempo
Cartões amarelos: Edinho 

Flamengo: Paulo Victor, Digão, Wallace, González, Frauches; Amaral, Val, Luiz Antonio, Carlos Eduardo (Adryan, 27'/2ºT) e Gabriel (Bruninho, 4'/2ºT); Rafinha e Hernane. Técnico: Jayme de Almeida

Fluminense: Diego Cavalieri; Gum, Leandro Euzébio e Anderson; Bruno (Rafinha,  9'/2ºT), Edinho, Diguinho (Igor Julião, 25'/2ºT), Jean e Biro Biro; Rafael Sobis e Samuel (Marcelinho, 19/2ºT) - Técnico: Vanderlei Luxemburgo

2 comentários:

Anônimo disse...

ST**** Hélio

Amargura em dose dupla, o seu post retrata uma realidade antevista por alguns tricolores já no ano passado. Mas não creio que alguém cogitasse que a situação tornar-se-ia tão dramática.

A posição cativa no time titular de alguns esforçados pernas de pau e declarações estapafúrdias do Abel desacreditaram-no ao longo do ano, porém a renovação com o Rodrigo Bittencourt confirmou que no Fluminense as lições não são aprendidas e que o ano de 2013 seria sofrido.

Falta-nos, agora, conservar o Caetano...

Já o Luxemburgo, que num país sério há muito teria sido preso e estaria afastado do Futebol, não o culpo, mas somente ocupa o cargo numa gestão corrente.

Desperdiçou-se uma ocorrência simultânea de fatores que prolongaria um ciclo vitorioso levando-o mesmo à glória histórica. O saneamento humano do Club, o apoio do patrocinador, a qualidade dos jogadores - a "pleiâde" que mencionaste -, e a rejuvenescida torcida por classificações consecutivas para a LA, por dois nacionais em três possíveis; enfim, por condições criadas que apenas se repetem esparsadamente.

A ausência de visão futura que se baseasse na grandeza da instituição foi tão grande quanto a incompetência na leitura do presente.

Como torcedor já não raciocino. Só torço.

Também rezo. Rezo para João Paulo, santo tricolor, que me dê a fé que possuí no Time de Guerreiros quando escrevia: EU ACREDITO.

Mauro Balbino

Anônimo disse...

a verdade está lá fora:

http://osquequaseacabaramcomofluminense.blogspot.com.br/