Serão eles os verdadeiros culpados? |
Apesar do inesperado empate com a Ponte Preta considerava os três pontos contra o Vitória como favas contadas.
Sem poder assistir ao jogo por estar na estrada, contentei-me
em ouvir a transmissão através do radio.
A análise dos comentaristas sobre a atuação tricolor foi o
bastante para visualizar mais um circo dos horrores proporcionado pelo que
restou de uma equipe campeã.
Mais preocupantes foram as notícias veiculadas à noite pelos
sites esportivos sobre a demissão de Vanderlei Luxemburgo.
Não pela qualidade do nosso treinador, há bastante tempo
desaparecida, mas muito mais pelos nomes aventados pelo nosso presidente para
substituí-lo.
Embora esteja claro que Vanderlei perdeu a mão e não sabe mais
o que fazer, sua substituição a sete rodadas do fim do campeonato provavelmente
levaria o clube ao rebaixamento.
Trocas de treinadores em fins de campeonato costumam dar
certo em clubes que dispõem de um assistente técnico permanente em suas comissões
técnicas, como foi o caso recente do Flamengo, que ao se livrar de uma grife
que não funcionava deu ao Jaime a responsabilidade de conduzir a equipe.
O mesmo acontece no São Paulo com Milton Cruz sempre que há
substituição de treinador.
No Fluminense essa figura não existe logo qualquer novo
treinador não conseguirá em tempo hábil ter a noção exata das peças que dispõe.
O que Peter Siemsen poderia e deveria fazer seria “dar uma dura” na comissão técnica exigindo
o afastamento dos jogadores que não estejam rendendo, além de diminuir a troca
de funções a cada jogo.
Ainda bem que o presidente esfriou a cabeça e não contratou
nenhum novo “professor pardal”.
Veio então o jogo com o Flamengo.
Confesso que mantive as esperanças numa vitória depois da
divulgação da notícia de que o técnico adversário pouparia metade da equipe e que
Luxemburgo iria fazer mudanças na equipe.
Mudanças? Que mudanças?
Pensava ver o recuo do Edinho para a zaga, talvez com o Gum
no banco, Rafinha em sua posição de origem ou até mesmo a volta do Valencia,
finalmente recuperado.
Nada disso. Vi o Anderson deslocado para a lateral esquerda e
pensei: se já não é bom em sua posição, imagine deslocado para a lateral.
Mais uma vez veio a indagação: cadê o Fernando? Por que o
departamento de futebol teve a infeliz ideia de emprestá-lo se já sabia que Monzón
não deveria ficar?
Vi Edinho e Diguinho escalados juntos para “proteger” a defesa. E que proteção
deram!
E para completar: o retorno de Samuel, aquele mesmo que
deveria ter sido vendido, aproveitando o desconhecimento do Español e que
depois dos dois gols claros perdidos contra o Cruzeiro deveria voltar para a
base para treinar arremates, principalmente com o goleiro já batido.
Com tudo isso o resultado não poderia ser outro: nova
derrota.
Jogamos melhor? Um pouco, mas à exceção de Sobis ninguém sabe
chutar. Então como fazer gols?
Ah, ainda tivemos o Marcelinho, que nada fez.
Sei que é arriscado julgar o futebol de um atleta por pouco
mais de vinte e cinco minutos que esteve em campo, mas pelo que vi parece mais
uma peça pregada pelo Abel.
Tomara que eu esteja enganado.
Agora o tema da moda dentre os tricolores é saber de quem é a
culpa, afinal qual o maior culpado: Peter, Caetano, Luxemburgo, Abel, Celso Barros,
ou o folclórico departamento médico?
Assunto que vai dar o que falar.
Afinal a conclusão poderá ser outra, de que a maior culpa afinal
não seja de nenhum dos citados e sim do sexteto exposto no quadro acima, que
com seu futebol exuberante camuflou as ruindades que compõem o decantado, mas
falso, “melhor elenco do Brasil em 2012”.
Para não cometer maiores injustiças Rafael Sobis e Carlinhos,
nos dias em que não dorme em campo, podem ser retirados dessa plêiade.
E você tricolor, o que acha?
Bem, o que nos resta fazer é apoiar o time, principalmente
nos três jogos restantes no Maracanã, onde os nove pontos serão mandatários
para a permanência na primeira divisão.
Agora sim, é vencer ou vencer!
E DÁ-LHE FLUZÃO, JUNTOS
VAMOS SAIR DESSA!
E FELIZ RETORNO CONCA!
DETALHES:
Fluminense 2 x 3 Vitória
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ); Data: 27/10/2013
Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS)
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto Rios (RS) e Flávio Gomes Barroca (RS)
Gols: Marquinhos,aos 23' e Biro Biro, aos 27' do primeiro tempo e Rafael Sobis, aos12', Juan, aos 17' e Willian Henrique, aos 19' do segundo.
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ); Data: 27/10/2013
Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS)
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto Rios (RS) e Flávio Gomes Barroca (RS)
Gols: Marquinhos,aos 23' e Biro Biro, aos 27' do primeiro tempo e Rafael Sobis, aos12', Juan, aos 17' e Willian Henrique, aos 19' do segundo.
Cartões
amarelos: Gum, Rafinha e Leandro Euzébio
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum (Felipe, Intervalo), Leadro
Euzébio e Igor Julião (Ronan, 20'/2ºT); Edinho, Diguinho (Marcos Junior,
24'/2ºT), Jean e Rafinha; Biro Biro e Rafael Sobis. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Vitória: Wilson, Ayrton, Victor Ramos, Kadu e Juan; Michel (Luiz
Gustavo, 18'/1ºT), Cáceres, Escudero e Renato Cajá (Willian Henrique, 9'/2ºT);
Marquinhos e Dinei (Euller, 32'/2ºT). Técnico: Ney Franco.
Flamengo 1 x 0 Fluminense
Local:
Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ); Data:
3/11/2013
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden -
RS (FIFA)
Auxiliares: Altemir Hausmann -
RS (FIFA) e Rafael da Silva Alves - RS (CBF-1)
Gol: Gum (contra), aos 45' do segundo tempo
Cartões amarelos: Edinho
Gol: Gum (contra), aos 45' do segundo tempo
Cartões amarelos: Edinho
Flamengo: Paulo Victor, Digão, Wallace,
González, Frauches; Amaral, Val, Luiz Antonio, Carlos Eduardo (Adryan, 27'/2ºT)
e Gabriel (Bruninho, 4'/2ºT); Rafinha e Hernane. Técnico: Jayme de Almeida
Fluminense: Diego Cavalieri; Gum, Leandro
Euzébio e Anderson; Bruno (Rafinha, 9'/2ºT), Edinho, Diguinho (Igor Julião, 25'/2ºT),
Jean e Biro Biro; Rafael Sobis e Samuel (Marcelinho, 19/2ºT) - Técnico: Vanderlei Luxemburgo
2 comentários:
ST**** Hélio
Amargura em dose dupla, o seu post retrata uma realidade antevista por alguns tricolores já no ano passado. Mas não creio que alguém cogitasse que a situação tornar-se-ia tão dramática.
A posição cativa no time titular de alguns esforçados pernas de pau e declarações estapafúrdias do Abel desacreditaram-no ao longo do ano, porém a renovação com o Rodrigo Bittencourt confirmou que no Fluminense as lições não são aprendidas e que o ano de 2013 seria sofrido.
Falta-nos, agora, conservar o Caetano...
Já o Luxemburgo, que num país sério há muito teria sido preso e estaria afastado do Futebol, não o culpo, mas somente ocupa o cargo numa gestão corrente.
Desperdiçou-se uma ocorrência simultânea de fatores que prolongaria um ciclo vitorioso levando-o mesmo à glória histórica. O saneamento humano do Club, o apoio do patrocinador, a qualidade dos jogadores - a "pleiâde" que mencionaste -, e a rejuvenescida torcida por classificações consecutivas para a LA, por dois nacionais em três possíveis; enfim, por condições criadas que apenas se repetem esparsadamente.
A ausência de visão futura que se baseasse na grandeza da instituição foi tão grande quanto a incompetência na leitura do presente.
Como torcedor já não raciocino. Só torço.
Também rezo. Rezo para João Paulo, santo tricolor, que me dê a fé que possuí no Time de Guerreiros quando escrevia: EU ACREDITO.
Mauro Balbino
a verdade está lá fora:
http://osquequaseacabaramcomofluminense.blogspot.com.br/
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