quinta-feira, 1 de setembro de 2011

São Paulo 1 x 2 Fluminense. Vitória para recuperação!

Lanzini fez seu primeiro gol com a camisa tricolor. (foto: lancenet / Miguel Schincariol)

Após a derrota para o Botafogo, devida exclusivamente a falhas imperdoáveis da defesa, estava cético quanto ao desempenho do Fluminense no Morumbi.
A mídia em uníssono dava a entender que as únicas alterações que Abel faria seriam as entradas de Ciro, no lugar de Rafael Moura, suspenso pelo terceiro amarelo e Fernando Bob em substituição a Souza.
Ao chegar em casa, liguei logo a TV e o jogo já tinha começado. De imediato surpreendi-me ao ver Marquinho em campo. Imaginei que Abel estivesse repetindo aquela ideia infeliz de jogar somente com Fred à frente.
A imagem de Ciro, logo a seguir, me fez esquecer um pouco do jogo em si e aumentar a concentração nos atletas que estavam em campo.  A presença de Leandro Euzébio foi uma satisfação imensa porque finalmente e equipe estava livre da presença do Marcio Rosário.
Ao constatar que Carlinhos também não estava em campo, exultei de alegria pensando que finalmente o Abel tinha percebido que aquela avenida formada por Marcio e Carlinhos era a maior responsável pela maioria dos gols bobos que o time vinha tomando. Vieram-me logo à mente as imagens do gol do Elkeson e do primeiro gol do América Mineiro.
A esperança ressurgiu e o domínio total dos primeiros trinta minutos deu-me a certeza de que a vitória viria.
A decepção veio ao rever o VT, quando Abel ao ser entrevistado antes do jogo, lamentou a ausência do Carlinhos, fortemente gripado. Uma pena porque a equipe voltará a correr riscos desnecessários com a presença de um lateral que, sem ostentar o melhor de sua forma técnica, quando avança quase sempre perde a bola e deixa o seu flanco desguarnecido para os adversários penetrarem sem serem molestados.
Torço para que Abel estude bem o jogo de ontem e veja que o jogo flui melhor com Marquinho deslocado para a lateral.
Bem, o fato é que o Fluzão conseguiu uma vitória maiúscula, apesar do placar apertado.
Dessa vez a equipe entrou com gana, acuando o São Paulo desde o início e nos primeiros trinta minutos deu um verdadeiro nó no principal genérico.
Abel voltou a escalar o time com três volantes e adiantou a marcação, o que deu ampla liberdade a Lanzini para atuar mais avançado encostando nos dois atacantes, o que manteve o São Paulo preso em sua defesa.
O cartão de visitas tricolor veio logo aos 6 minutos, quando Fred passou para Marquinho livre bater de primeira para difícil defesa de Rogério Ceni.
Pouco depois, Lanzini avançou pela direita e sofreu falta dentro da pequena área, penalti claro ignorado pelo péssimo árbitro goiano.
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A lambança da arbitragem não esmoreceu o ímpeto do Fluzão, que teve sua supremacia em campo coroada aos 17 minutos, quando Lanzini pegou a sobra do chute de Marquinho e venceu Rogério com categoria.
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A rigor, nessa primeira etapa, o São Paulo só assustou em duas oportunidades, numa jogada individual de Dagoberto defendida por Diego Cavalieri e outra boa chance, desperdiçada por Casemiro.
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A defesa tricolor sem as costumeiras avenidas deu poucas chances para os atacantes paulistanos.
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 O segundo tempo mostrou um São Paulo mais disposto e o chute de Lucas que passou perto da trave serviu de alerta para o Fluminense cadenciar o jogo e tentar as jogadas de contra ataques.
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Apenas alguns sustos esporádicos, até que aos 20 minutos Fred foi lançado na área e ajeitou de cabeça para Rafael Sóbis, livre, chutar sem apelação.
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O jogo que deveria ficar mais tranquilo ainda complicou-se com mais uma lambança do caseiro Elmo Alves Resende Cunha, que inventou uma penalidade máxima quando Dagoberto nitidamente jogou-se na área. Para azar da figura travestida de árbitro, o próprio atacante declarou que Leandro Euzébio tocou primeiro na bola antes do choque.
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A noite não era mesmo da arbitragem. Até o badalado Roberto Braatz “não viu” o lance do penalti em Lanzini e o tapa na cara dado por Juan em Fred, ambos à sua frente. Não satisfeito ainda fez pressão para o árbitro dar cartão amarelo para Fred.
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Depois do gol de Rogério Ceni, o Fluminense controlou o jogo e esteve mais perto do terceiro do que o São Paulo do empate.
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Abel aprovou o desempenho do Fluminense, ressaltando a excelente atuação coletiva, com o time bem postado na defesa e sem deixar de atacar um único minuto. Se pensa assim, torço para que ele mantenha a estrutura que deu certo, apenas com Rafael Moura no lugar do Fred e alguém, que não o Marcio Rosário, no lugar do Leandro Euzébio.
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Merecem destaque ainda:
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Fred, o melhor em campo. Livre da obrigação de voltar para buscar jogo, pode atuar fazendo o pivô, o melhor modo até que recupere a plenitude da forma física. Participou efetivamente dos gols e de outros lances perigosos.
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Lanzini, outro que se apresentou bem. Cada vez mais solto, aos poucos vai amadurecendo e mostrando o acerto de sua contratação.
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Rafael Sobis. Confesso que não gostei de sua entrada, preferia tentar o Martinuccio. Sobis, no entanto, queimou a minha língua, fazendo gol e deslocando-se com desenvoltura.
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Leandro Euzébio deu mais segurança ao setor. Mesmo vindo de cirurgia é muito superior aos zagueiros do plantel. Sua presença fez melhorar a atuação do Gum.
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Marquinho, com seu jeito um tanto atabalhoado sempre apronta correria para cima do adversário. Gosto mais dele na lateral do que o Carlinhos atual.
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A defesa com Mariano subindo de produção e Diogo readquirindo a forma antiga, mesmo sem ter a categoria de um Arouca, melhorou em relação aos jogos passados.
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Se Abel mantiver a base de ontem com um mínimo de alterações, pode ser que ainda dê para uma vaga na Libertadores. Para o título, não creio ser possível tirar a vantagem de doze pontos do Corinthians, clube que invariavelmente conta com a ajuda da arbitragem na maioria dos jogos.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!


VALEU, PINHEIRO!


FORÇA RICARDO GOMES!

2 comentários:

Pedro L. disse...

Não pude ver o jogo, mas além de ficar satisfeito com a vitória, fiquei muito feliz ao saber que o Marcio Rosário e o Carlinhos sairam do time.

Pena que o Leandro Eusébio tomou o seu terceiro cartão e não joga o próximo jogo.

Como já postado neste blog, o Carlinhos é outro que está devendo (e muito) este ano. Com exceção do segundo tempo do jogo contra o Gremio, não vi nenhuma atuação convincente dele este ano.

O duro é saber que o Junior Cesar estava para ser dispensado pelo tricolor genérico e Flu sequer fez uma poroosta pois já "tinha 2 opções para a posição". Resultado: Junior Cesar acertou com a mulambada.
E menos de um mês depois, o Julio Cesar foi negociado com o Grêmio.

Isto sem contar Thiago Neves e Cícero... mas enfim.. já era.. já passou.

Como ponto positivo desta partida: Li (pois nao pude assistir), o Lanzini e o Fred tiveram boas atuações.
Será que agora engrena?

O Abel tem q fazer este time deslanchar logo, pois como o Renato e o Joel desempregados, confesso que ainda temo pelo pior...

Saudações Tricolores !

Tricolor! disse...

A tal ajuda da arbitragem ao Corinthians foi escandalosa no último jogo. Fazia tempo que eu não via um pênalti tão ridiculamente inventado.

Voltando ao Flu, pensando melhor, acho que é melhor deixar o nosso cachaceiro aí pelo menos até o final do ano, mesmo. Deixa a Unimed gastar o seu $$, já eventual economia decorrente da saída do Fred dificilmente seria voltada para uma nova e boa contratação.

Aliás, espero tenhamos olheiros observando todos os zagueiros e volantes dos 20 times da série B. Deve haver alguém dessas posições que nos seja útil.

Só espero que o Abel não volte a escalar o Fred junto com o RM.

Pra mim, jogar com 2 centroavantes é erro equivalente a jogar com, por exemplo, 2 laterais esquerdos. NÃO DÁ! Burrice sem tamanho escalar 2 jogadores para, no mesmo espaço, executarem as mesmas funções.

Centroavante tem que contar com um atacante que caia pelos lados ou laterais que cheguem ao fundo.