sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fluminense 3 x 2 Portuguesa. Acesa a luz vermelha!

.
Fred, sempre ele, com três gols ajudou a eliminar a Portuguesa.


Parti para o Maracanã na esperança de ver algo novo, alguma alteração que deixasse de lado a mesmice dos últimos meses e talvez reerguesse o time de guerreiros.

Ledo engano. Mário Marques repetiu os mesmos erros que vinham acontecendo nesse início de 2010. Colocou o time em campo com os intrusos que até agora nada acrescentaram. Pior ainda, ressuscitou o Júlio César, que mais uma vez entrou, nada fez e acabou sendo substituído (DE NOVO!).

O time começou bem, aproveitando o presente dado pelo goleiro Fábio logo aos dois minutos. O gol no início inibiu a tática que a Portuguesa usou em São Paulo de ficar na retranca e esperar que um gol caísse do céu. E como teve que se abrir, mostrou sua fragilidade, tanto que aos vinte minutos o placar já estava 3 x 0 e, como sempre, graças ao Fred.

Primeiro tempo tranquilo, sem sustos, um jogo até que meio xôxo face à fragilidade do adversário.

Mas veio o segundo tempo, no qual o Fluminense jogou apenas nos quinze primeiros minutos. A partir daí recuou, perdeu o interesse e permitiu que a Lusa desse um sufoco homérico.

A zaga tonta e atabalhoada não conseguia desarmar as jogadas. Leandro Euzébio cansou de errar. É inconcebível como se permite que o Dalton seja reserva nessa defesa. Talvez seja por isso que o seu ganancioso empresário tenha conseguido convencê-lo a deixar o clube.

Gum, sem o apoio que tinha antes de Dalton e Digão não rende a mesma coisa e aí é um tal de “bate-cabeça” e falta por todo o lado.

Das arquibancadas tinha-se a noção exata das falhas de marcação e da irritante sequência de erros. Fred de artilheiro passou a zagueiro, tantas foram as vezes que teve que recuar para ajudar a zaga e o goleiro atrapalhados nas bolas altas.

E Mário nada via, ou se via nada fazia. Todos viam que era hora de mudar para dar mais gás e criatividade à equipe. E nada foi feito.

E à medida que o tempo passava a coisa piorava. As bolas eram alçadas na área e os zagueiros se enrolavam todos. Filme visto e revisto nos vários jogos desse ano. Até que depois de tantos desacertos, a bola sobrou limpa para Luís Ricardo, que fuzilou Rafael.

A pressão continuou e logo depois, Paulo Sérgio fez o segundo de falta. Das arquibancadas via-se claramente que do modo como a barreira havia sido armada, bastaria ao atacante encobri-la para fazer o gol. Realmente não está em boa fase o nosso goleiro. Precisa de um descanso urgente, sob pena de sermos eliminados antes da hora.

E Mário nada fazia. Meu amigo e eu perguntávamos por que o González não entrava. Conca estava sobrecarregado e obrigado a marcar. Não deu outra, dois amarelos e expulsão. Jogadores como Conca têm que ser marcados e não marcar, no máximo cercar o adversário. Toda vez que tiverem a missão de marcar serão grandes suas chances de expulsão.

E para não dizer que não fez nada, depois do primeiro gol adversário, Mário entrou com Dieguinho aos 29 minutos. E Gonzáles continuou fora, até que Conca foi expulso. A partir daí não teve jeito, a não ser assumir a pequenez do time e botar Diogo para bloquear as investidas lusas.

Se eu estava preocupado com o fato de ter que encarar o Santos na semifinal, a preocupação passou por completo, porque se jogar desse jeito contra o Grêmio, o Fluminense não terá a mínima chance de prosseguir na competição.

Que venha logo um técnico gabaritado, Muricy quem sabe, e tenha coragem de por para jogar os melhores e não os que foram contratados mais recentemente.

Não consigo entender como Everton é titular em detrimento do Equi. Ele se esforça, corre, mas não constrói nada, nenhum passe preciso, nenhum lançamento, nenhum chute certeiro (até agora só contra o Americano).
Poucos clubes tem condições de escalar dois meias criativos como Equi e Conca e continuamos vendo o primeiro amargar o banco de reservas e o segundo trabalhar sozinho num deserto de criatividade.

Perdemos também o Alan por uma crise de apendicite. Já vinha sentindo dores e foi para o sacrifício. Mais uma para a conta de nosso Departamento Médico.

O treinador amenizou as vaias, afirmando que o que valeu foi a classificação.

Meu caro Mário, a Torcida Tricolor é sábia. As vaias não foram para a vitória nem para a classificação e sim um presságio do que poderá acontecer contra o Grêmio se mudanças drásticas na equipe não forem realizadas.

Sem Conca, só espero que você não tenha a ousadia de escalar três cabeças de área porque aí é que vai ser dureza.
.
UM TÉCNICO DE PONTA, URGENTE!
.
.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
.
(crédito da foto: lancenet.com.br)

2 comentários:

Blog do Vascão disse...

Tanto o meu Vascão como o seu Fluminense passaram de fase se arrastando, mostrando dificuldades, mas esperamos que os erros sejam corrigidos para a próxima etapa, quem sabe uma final carioca na copa do brasil.

Abraço
Jeferson
Blog do Vascão

Marcio Cardoso disse...

Alô grande Hélio,

eu não entendi nada. Chequei pela internet que estava 3 x 0 e fiquei tranquilo... hoje de manhã eu vejo que foi um apertado 3x2 e o Conca conseguiu ser expulso aos 89 minutos? Aí fica difícil.

Achei decisão burra demitir o Cuca no meio da Copa do Brasil. Ok, o time andou perdendo os clássicos cariocas mas isso é motivo para jogar Copa do Brasil sem técnico?

Pelo menos temos o Fred. Se continuar mais tempo com o clube e não se contundir demais, ele vai com méritos para o ilustre panteão dos grandes artilheiros tricolores.