Fred, sempre ele, com três gols ajudou a eliminar a Portuguesa.
Parti para o Maracanã na esperança de ver algo novo, alguma alteração que deixasse de lado a mesmice dos últimos meses e talvez reerguesse o time de guerreiros.
Ledo engano. Mário Marques repetiu os mesmos erros que vinham acontecendo nesse início de 2010. Colocou o time em campo com os intrusos que até agora nada acrescentaram. Pior ainda, ressuscitou o Júlio César, que mais uma vez entrou, nada fez e acabou sendo substituído (DE NOVO!).
O time começou bem, aproveitando o presente dado pelo goleiro Fábio logo aos dois minutos. O gol no início inibiu a tática que a Portuguesa usou em São Paulo de ficar na retranca e esperar que um gol caísse do céu. E como teve que se abrir, mostrou sua fragilidade, tanto que aos vinte minutos o placar já estava 3 x 0 e, como sempre, graças ao Fred.
Primeiro tempo tranquilo, sem sustos, um jogo até que meio xôxo face à fragilidade do adversário.
Mas veio o segundo tempo, no qual o Fluminense jogou apenas nos quinze primeiros minutos. A partir daí recuou, perdeu o interesse e permitiu que a Lusa desse um sufoco homérico.
A zaga tonta e atabalhoada não conseguia desarmar as jogadas. Leandro Euzébio cansou de errar. É inconcebível como se permite que o Dalton seja reserva nessa defesa. Talvez seja por isso que o seu ganancioso empresário tenha conseguido convencê-lo a deixar o clube.
Gum, sem o apoio que tinha antes de Dalton e Digão não rende a mesma coisa e aí é um tal de “bate-cabeça” e falta por todo o lado.
Das arquibancadas tinha-se a noção exata das falhas de marcação e da irritante sequência de erros. Fred de artilheiro passou a zagueiro, tantas foram as vezes que teve que recuar para ajudar a zaga e o goleiro atrapalhados nas bolas altas.
E Mário nada via, ou se via nada fazia. Todos viam que era hora de mudar para dar mais gás e criatividade à equipe. E nada foi feito.
E à medida que o tempo passava a coisa piorava. As bolas eram alçadas na área e os zagueiros se enrolavam todos. Filme visto e revisto nos vários jogos desse ano. Até que depois de tantos desacertos, a bola sobrou limpa para Luís Ricardo, que fuzilou Rafael.
A pressão continuou e logo depois, Paulo Sérgio fez o segundo de falta. Das arquibancadas via-se claramente que do modo como a barreira havia sido armada, bastaria ao atacante encobri-la para fazer o gol. Realmente não está em boa fase o nosso goleiro. Precisa de um descanso urgente, sob pena de sermos eliminados antes da hora.
E Mário nada fazia. Meu amigo e eu perguntávamos por que o González não entrava. Conca estava sobrecarregado e obrigado a marcar. Não deu outra, dois amarelos e expulsão. Jogadores como Conca têm que ser marcados e não marcar, no máximo cercar o adversário. Toda vez que tiverem a missão de marcar serão grandes suas chances de expulsão.
E para não dizer que não fez nada, depois do primeiro gol adversário, Mário entrou com Dieguinho aos 29 minutos. E Gonzáles continuou fora, até que Conca foi expulso. A partir daí não teve jeito, a não ser assumir a pequenez do time e botar Diogo para bloquear as investidas lusas.
Se eu estava preocupado com o fato de ter que encarar o Santos na semifinal, a preocupação passou por completo, porque se jogar desse jeito contra o Grêmio, o Fluminense não terá a mínima chance de prosseguir na competição.
Que venha logo um técnico gabaritado, Muricy quem sabe, e tenha coragem de por para jogar os melhores e não os que foram contratados mais recentemente.
Não consigo entender como Everton é titular em detrimento do Equi. Ele se esforça, corre, mas não constrói nada, nenhum passe preciso, nenhum lançamento, nenhum chute certeiro (até agora só contra o Americano).
Poucos clubes tem condições de escalar dois meias criativos como Equi e Conca e continuamos vendo o primeiro amargar o banco de reservas e o segundo trabalhar sozinho num deserto de criatividade.
Perdemos também o Alan por uma crise de apendicite. Já vinha sentindo dores e foi para o sacrifício. Mais uma para a conta de nosso Departamento Médico.
O treinador amenizou as vaias, afirmando que o que valeu foi a classificação.
Meu caro Mário, a Torcida Tricolor é sábia. As vaias não foram para a vitória nem para a classificação e sim um presságio do que poderá acontecer contra o Grêmio se mudanças drásticas na equipe não forem realizadas.
Sem Conca, só espero que você não tenha a ousadia de escalar três cabeças de área porque aí é que vai ser dureza.
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UM TÉCNICO DE PONTA, URGENTE!
UM TÉCNICO DE PONTA, URGENTE!
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
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(crédito da foto: lancenet.com.br)
2 comentários:
Tanto o meu Vascão como o seu Fluminense passaram de fase se arrastando, mostrando dificuldades, mas esperamos que os erros sejam corrigidos para a próxima etapa, quem sabe uma final carioca na copa do brasil.
Abraço
Jeferson
Blog do Vascão
Alô grande Hélio,
eu não entendi nada. Chequei pela internet que estava 3 x 0 e fiquei tranquilo... hoje de manhã eu vejo que foi um apertado 3x2 e o Conca conseguiu ser expulso aos 89 minutos? Aí fica difícil.
Achei decisão burra demitir o Cuca no meio da Copa do Brasil. Ok, o time andou perdendo os clássicos cariocas mas isso é motivo para jogar Copa do Brasil sem técnico?
Pelo menos temos o Fred. Se continuar mais tempo com o clube e não se contundir demais, ele vai com méritos para o ilustre panteão dos grandes artilheiros tricolores.
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