segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cruzeiro 1 x 0 Fluminense. René ensaia a volta do "circo dos horrores".

Foi um joguinho chocho. O Fluminense teve duas chances de abrir o marcador antes que o Cruzeiro acordasse. Chances perdidas por Everton, atacante que não sabe chutar e Washington, longe de sua forma ideal e mal escalado taticamente.
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Sobre o Everton nada a dizer. Cada vez mais se confirma a mancada do Branco em sua contratação. Poderia no máximo compor o elenco, ficando como terceira ou quarta opções, nunca com a titularidade absoluta.
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Quanto a Washington, apesar de boa parte da torcida e da mídia tricolor estar descendo a lenha nele, menor culpa lhe cabe pelas atuações tão apagadas. Basta recordar os excelentes desempenhos na Copa Libertadores. Washington brilhou contra Arsenal, São Paulo, Boca Juniors e até mesmo contra a LDU. A diferença é que naqueles jogos ele teve o apoio de um meio campo criativo (Conca e Thiago Neves) e a companhia de um atacante diferenciado a seu lado (Dodô), que atraia a atenção dos zagueiros adversários. Hoje o que ele tem?
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Dirão os mais desavisados: mas ele fez três gols contra o Náutico e três contra o Atlético Paranaense já sem contar com esse apoio de peso. É verdade, mas não se deve esquecer que contra o Náutico, dois gols foram de faltas e contra o Atlético, dois de penalti.
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Em resumo, após a saída de Thiago Neves e Dodô, Washington só funcionou como artilheiro de fato contra o São Paulo no primeiro turno desse campeonato. Qual seria a razão? Não posso afiançar, mas credito essa boa atuação ao apoio recebido pelo meio-campo escalado naquela noite. Conca e Tartá, a melhor dupla de meio-campo atualmente disponível em todo o elenco tricolor.
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É certo que o Tartá é jovem, inexperiente, fominha, mas é certo também que possui um futebol refinado que, se burilado por um treinador aplicado, poderá vir a dar frutos no futuro. Execrá-lo, banindo-o até do banco para manter o David, por exemplo, é uma atitude inaceitável para um técnico considerado "expert" pela maioria.
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Até que no início do trabalho René conseguiu melhorar o time, adiantando o Arouca e dando mais criatividade ao meio-campo. O problema aparece quando o Arouca se machuca, passa mal, fica cansado ou outras frescuras do tipo e aí o René opta pelo David. Assim, não dá. Domingo passado, foi só fazer essa substituição para o Cruzeiro abrir a contagem. Reclamar de que houve falha no meio campo, que a jogada não foi marcada, não adianta. É o castigo para quem escala o David.
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Abra o olho René, o único que pode substituir o Arouca na função de ajudar o Conca a municiar os atacantes é o Tartá. Qualquer outro transformará o Fluminense num time retranqueiro e sem objetividade.
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René quase reeditou o meio campo "circo dos horrores", quando ameaçou colocar Ygor, Fabinho e David no mesmo time. Parece que se esqueceu que as derrocadas do Renato e Cuca passaram justamente por essa imbecilidade.
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E por falar em Fabinho, conquanto René tenha conseguido uma melhora razoável, não deve esquecer de orientá-lo a não tentar driblar nenhum adversário. Orientação não deve ser o termo correto. O melhor mesmo é proibi-lo de uma vez por todas de tentar dribles. Contra o Cruzeiro, após uma arrancada, em vez de passar a bola a um companheiro, tentou driblar o Wagner na entrada da área do adversário. Não deu outra, perdeu a bola e como a defesa estava desarrumada, o contra-ataque foi mortal, só não se concretizando em gol porque a bola caprichosamente bateu na trave.
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É como dizia o Abel, só pode pôr tempero quem sabe. Quem não sabe joga o feijão com arroz.
Além disso, não consigo livrar-me daquela queda grotesca, ao ser driblado no primeiro gol do Vitória por um atacante reserva do adversário. De Fabinho, pode-se esperar tudo e mais alguma coisa.
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Ciel no lugar de Everton: outra substituição inócua, nenhum dos dois sabe chutar. Por que então não dar uma oportunidade ao Alan, por exemplo, que já mostrou ser artilheiro?
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O fato é que sábado é o dia D. Se o time não ganhar, desce para a Segundona. A torcida espera um time ofensivo e em momento algum, escalado com três volantes. Estaremos lá, apoiando como sempre. Veja lá René o que você irá aprontar. Xô, retranca!
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