Compreensível o meu erro de
avaliação e também da maioria dos torcedores tricolores sobre a “soberba” apresentação da equipe contra
o Cruzeiro.
O desempenho de hoje jogou um
balde de água fria sobre nossas cabeças e a conclusão lógica foi que não se
tratou de melhora de nossa equipe e sim de uma péssima fase do adversário, derrotado
com a mesma facilidade nessa rodada pelo Sport em pleno Mineirão.
Natural que tivéssemos ficado
empolgados com a vitória, afinal olhamos para o Fluminense com olhos e corações
apaixonados pelo melhor clube do Brasil.
O mesmo não se pode dizer de
Levir Culpi, que como treinador da equipe, teria a obrigação de fazer uma avaliação
mais acurada sobre o desempenho de seus comandados.
A máxima de que “em time que
está ganhando não se mexe” não se aplica no contexto, porque os mesmos atletas já
vinham sendo mantidos nos vários jogos anteriores quando empatámos ou éramos
derrotados.
Além disso, se era para manter
a equipe vencedora da semana passada não se justifica de modo algum a barração
do Jonathan, que teve naquela tarde sua melhor atuação do ano.
Mas, o equívoco maior do
treinador foi o de não ter encorpado o banco de reservas com opções que provavelmente
teriam sido de maior utilidade.
Deixou todos de fora e na hora
de tentar alguma melhora teve que apelar para os de sempre Dudu, Magno Alves e
Edson sem resultado prático algum.
Não tivemos força ofensiva,
erramos praticamente todos os últimos passes e a rigor não incomodamos o
Atlético sequer uma única vez.
Muito pouco para um clube da
estirpe do Fluminense, situado a apenas quatro pontos da zona de rebaixamento e
prestes a fazer contra o Ypiranga o seu jogo do ano, situação prá lá desconfortável.
Levir acena com a estreia de
Henrique Dourado, que por pior que seja, deverá ser mais efetivo que
Richarlison, promessa ainda verde e que precisará de algum tempo para se
firmar.
Samuel e Maranhão atuando
pelas extremas pouco assustam os adversários e Marcos Junior como homem de
criação deixa a desejar.
A consequência lógica é um
time sem ataque, inofensivo, que não assustou o adversário nenhuma vez durante
todo o jogo.
Levir tem que treinar a moçada
nos fundamentos básicos do passe e de conclusões e orientá-los a evitar se
jogar no gramado na maioria das disputas de bola, principalmente Marcos Junior,
campeão absoluto da arte de jogar deitado.
O desempenho assustou e se
Levir não promover alterações pelo menos no banco correremos sérios riscos de
ter mais uma quarta-feira amarga.
A habilidade de driblar,
passar e concluir demonstrada em seu último treino, credencia Wellington a ser
relacionado para o próximo jogo, porque ainda que fora de suas condições
atuais, poderá ser útil em caso de necessidade de alteração drástica no
desempenho do time no Sul.
Espero que Levir atente para o
fato e também veja com bons olhos o retorno do Scarpa, ainda que prematuro,
porque a Copa do Brasil no momento é a única chance que resta para a vaga na próxima
Libertadores.
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO – 16ª
RODADA
Atlético-PR 1 X 0 Fluminense
Local: Arena da Baixada, Curitiba, PR; Data: 24/07/2016
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento
Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos e Esdras Mariano de Lima
Gol: Hernani, aos 33' do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Gum, William Matheus, Henrique, Samuel e Edson
Atlético-PR:
Weverton; Léo, Thiago Heleno, Wanderson e Sidcley; Otávio, Hernani e Vinícius
(Juninho, 14'/2ºT); Pablo, Yago (Giovanny, 38'/2ºT)) e Walter (Marcão, 45'/2ºT). Técnico: Paulo Autuori
Fluminense:
Cavalieri, Wellington Silva, Gum Henrique e William Matheus; Douglas (Edson, 23'/2ºT),
Cícero e Marcos Júnior; Maranhão (Dudu, intervalo), Samuel e Richarlison (Magno
Alves, 23'/2ºT). Técnico: Levir Culpi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário