domingo, 13 de novembro de 2011

Fluminense 1 x 2 América-MG. Nova pane de Abel frustra mais de 40.000 tricolores.

A homenagem e os gols do Super Ézio no telão, únicas coisas que se salvaram.

Depois de passar “trocentas horas” para chegar ao longínquo Engenhão, assistir a uma apresentação ridícula de um time que tinha tudo para estar folgado na liderança, sofrer mais outro bocado para voltar, não consegui o mínimo ânimo para escrever sobre o jogo.
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Resolvi esperar o complemento da rodada na esperança que os resultados pudessem dar novo alento aos tricolores. Aliás, ultimamente Abel tem sido recorrente em forçar-me a passar horas na frente da TV, “secando” os adversários.
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Que dureza para um torcedor acostumado com o Fluminense de outrora, forte o bastante para não tomar conhecimento dos oponentes, esmagados um a um sem dó nem piedade.
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Nessa passagem nostálgica comparo as antigas administrações com as últimas, incompetentes, narcisistas e algumas bem piores.
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Quanto à equipe, chamo a atenção da Torcida sobre as idiossincrasias de nosso treinador, que afinal, conseguiu esboçar um time titular capaz de realizar grandes partidas.
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O problema é quando falta alguma peça, coisa comum num campeonato longo como o nosso, Abel troca os pés pelas mãos e não acerta uma sequer.
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Dessa vez, escolado pelo erro grosseiro na escalação no jogo contra o Atlético Mineiro, fez o trivial. Substituiu Deco por Lanzini e Carlinhos por outro lateral esquerdo, único disponível no elenco.
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A decisão, que à primeira vista parecia correta, não funcionou e bastaram menos de dez minutos para o técnico adversário perceber que poderia atacar pelo setor esquerdo, uma verdadeira avenida por onde seus atacantes passavam sem serem molestados.
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Não vou condenar o Jeferson por sua desastrada estreia. A meu ver, a culpa total é de quem o escalou, mesmo sabendo que o atleta não atuava há muito tempo e que jamais tinha treinado com o onze titular.
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Antes dos vinte minutos de jogo, três garotos com não mais que doze anos de idade, sentados na fileira à minha frente, já clamavam a plenos pulmões pela entrada de Diguinho no lugar de Jeferson.
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A essa altura todos no estádio já sabiam que o deslocamento de Marquinho para a lateral seria a única solução para conter o ímpeto dos mineiros.
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Pois bem, Abel continuou impassível e o América dominando a partida. Veio o penalti meio maroto e Cavalieri defendeu. Vieram outros ataques perigosos e o gol só não saiu por obra do Sobrenatural de Almeida.
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Jeferson continuava perdido, não ficava na lateral. Tentava avançar e nada produzia e quando recuava embolava na faixa central e a avenida continuava.
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Abel nada fez para tentar melhorar a coisa horrível que se desenhava. E veio o gol, aos trinta e oito minutos.
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A essa altura, todos sem exceção torciam para acabar o primeiro tempo, porque pelo volume apresentado o placar deveria estar a favor do América por larga margem.
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E vieram as trocas, ambas equivocadas. Diguinho por Valencia, mais ou menos trocar seis por meia dúzia e Araújo por Lanzini, ou seja, além de manter o Jeferson em campo, voltou a insistir com três atacantes sem ninguém com habilidade para armação de jogadas.
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Para reforçar a contenção no meio de campo, o que me parece ter sido sua ideia, bastaria entrar com Diguinho e deslocar o Marquinho para a lateral esquerda, fato que os garotinhos já haviam visualizado desde o início.
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Araújo correu, se esforçou bastante, mas está completamente fora de forma e a insistência de Abel com ele é inadmissível quando existem no elenco outros atletas em melhores condições físicas e técnicas.
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Lanzini não esteve bem no primeiro tempo, mas quem esteve? O argentino deveria ter permanecido e mesmo assim se tivesse que ser substituído deveria ter sido pelo Souza, nunca pelo Araújo.
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Cabe ressaltar aqui uma faceta do Abel que ele não possuía em 1995, a perseguição a certos atletas. Souza tem sido preterido em várias ocasiões, até quando armou  meios de campo esdrúxulos, como aqueles que atuaram contra os Atléticos Mineiro e Paranaense.
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As alterações do Abel não surtiram efeito porque sem a criatividade no meio o time usou e abusou dos chutões, que invariavelmente eram interceptados pelos defensores do América.
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E assim foi até os vinte minutos, quando finalmente Abel curvou-se aos gritos de quase todos os presentes e colocou Rafael Moura no lugar de Jeferson.
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A equipe aí passou a ter quatro atacantes de ofício e nenhum armador, erro recorrente de Abel nesse campeonato e é claro que a vitória ficou à feição do América.
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Título agora só por milagre e dos grandes. Sinceramente, eu não acredito mais.
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Libertadores ainda há chance razoável, ainda mais porque Botafogo, Flamengo e Internacional também perderam, mas se Abel continuar com esses equívocos continuados, a coisa poderá ficar preta.
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E ainda que sem muita fé, DÁ-LHE FLUZÃO!
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2 comentários:

Tricolor! disse...

No jogo contra o Inter, havia dito que vencemos apesar do Abel (comentário postado no tópico do jogo contra o Ceará, já que vc ainda não havia postado a matéria sobre o jogo).

O Abel prova, dia após dia, que eu estava errado em minha análise sobre ele. Afirmava se tratar de um técnico mediano que não justificava tanta espera por ele.


Reformulo: trata-se do maior energúmeno que me recordo haver visto no banco do Flu. Nâo é mediano. É de uma estupidez rara, ímpar, destacadíssima, cristalina.

Helio R.L. disse...

Caro Tricolor,

Sou forçado a concordar com vc. O Abel que esperava era aquele de 2005 e melhor ainda o que esteve no Inter.

Depois pela sua passagem pelas "Arábias", nosso técnico atual transformou-se em mediocridade pura, perdido nas escalações e nas substituições e pior ainda sem a noção necessária para compor um elenco forte. Afirmações como: "O Fluminense está bem servido de zagueiros" é uma pérola, digna do Guinness Book.

Perdemos um campeonato muito mais fácil que o do ano passado.