Mais uma noite de pura magia no Maracanã. Quase setenta mil tricolores verdadeiros empurrando o time para cima do São Paulo, que acabou sufocado e sucumbiu diante do poderoso Fluzão, o grande tricolor, o tricolor original, enfim o tricolor verdadeiro.
O time decantado pela crônica como o melhor do Brasil, o mais experiente em Libertadores, o "Boca do Brasil", que não se intimida em jogar em campos adversários, tremeu. Tremeu ante a avassaladora torcida fluminense, que não se calou um segundo sequer e sucumbiu, incapaz de ameaçar a classificação que já estava assegurada há mais de mil anos.
A melhor zaga? Bastou um pouco de inspiração ao nosso Coração Valente para que ela desmoronasse como ídolos de pés de barro. Pobre Alex Silva. Reviveu seus dias de Ponte Preta, onde ainda bem jovem já observava o surgimento do grande matador.
O Imperador? Impera sim, em terrenos onde não haja um Thiago Silva, o melhor zagueiro brasileiro em atividade.
E o Dodô? Talvez tenha feito o gol mais feio da carreira, mas certamente um dos mais importantes.
E o que falar do resto da equipe? Desnecessária qualquer palavra. Valeu o empenho total.
Conforme o próprio Muricy havia declarado, no Morumbi o São Paulo fez sua melhor apresentação do ano. Sem tirar o mérito daquela exibição, o que eles encontraram pela frente não foi o Fluminense de verdade. Mal escalado, moroso, dispersivo, com alguns jogadores como que pregados ao chão, lentos para decidir e perdendo a maioria das divididas.
Os verdadeiros tricolores sabiam que, se nossos atletas igualassem a força física, a garra, a determinação, a vitória no segundo jogo por dois gols de diferença seria perfeitamente factível.
E por isso mesmo, a torcida respondeu à convocação. Convocação essa capitaneada por tricolores ilustres, desde o vídeo do arthurrf9 até os posts do João Garcez, no blog do torcedor tricolor.
E nossos jogadores corresponderam. Pareciam extasiados com o apoio irrestrito. Todos, sem exceção, merecem ser parabenizados. Um erro aqui, outro ali até que aconteceram, mas a vitória maiúscula sobre um adversário dos mais poderosos desculpa essas eventuais falhas. Tomara que sirva de alento a todos os tricolores, entre os quais me incluo, para que tenham mais confiança, porque com nosso apoio, o Fluminense poderá ser campeão. Por que não?
Dá-lhe Fluzão. O poderoso São Paulo foi destronado e agora quem impera é o Tricolor Verdadeiro. Atletas, Diretoria, Comissão Técnica e especialmente a Torcida Tricolor estão de parabéns por mais essa noite mágica, que calou os céticos e também a Flapress, Paulistapress e outras assombrações que assolam a nossa mídia esportiva.
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A integração da torcida com a equipe foi tal que após o jogo ninguém queria deixar o estádio. Nas arquibancadas, os torcedores pulando, se abraçando, agitando suas bandeiras. No gramado, os jogadores e comissão técnica igualmente se abraçando, alguns correndo em direção à torcida e permanecendo em campo mais tempo que o usual.
A empatia entre torcedores e atletas foi tão perfeita que boa parte da torcida do São Paulo permaneceu estática, observando calada aquela cumplicidade contagiante. Ficaram embevecidos com mais uma noite mágica. A verdadeira magia tricolor.
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Enfrentaremos agora o Boca Juniors. Time de primeira linha, matreiro, acostumado a grandes decisões, enfim temido por todos.
É justamente no temor demonstrado pelos adversários que o Boca se agiganta. Seu inigualável maestro Riquelme, com sua frieza irritante e seus principais parceiros Palacios e Palermo parecem não se abalar em campos estrangeiros, certos de que do outro lado se encontram adversários morrendo de medo.
E é por isso mesmo que o Fluminense não poderá se acovardar quando jogar na Argentina. Há que se incutir na mente dos jogadores a necessidade de se partir para o ataque de maneira organizada, porque se o time se entrincheirar na defesa, como fez no jogo do Morumbi, vai perder e, certamente, terá muita dificuldade para inverter o resultado.
É imprescindível que joguemos com a raça e gana demonstrada contra o São Paulo, no Maracanã. Se partirmos para o ataque poderemos obter um bom resultado, pelo menos um empate com gols, de modo a termos a vantagem no segundo jogo.
O adversário é difícil, mas se todos se doarem como fazem Thiago Silva, Luiz Alberto, Roger, Conca e Washington verão que a missão é difícil, mas não impossível.
Alô Renato, nada de retranca na Argentina. Não vai funcionar, como não funcionou para o Cruzeiro, que se acovardou e foi desclassificado. O trecho da entrevista do Pato Abbondazieri ao Globoesporte.com, reproduzido abaixo, confirma a assertiva.
GLOBOESPORTE.COM: O que explica os resultados do Boca, como este último contra o Atlas (3 a 0), fora de casa?
ABBONDANZIERI: Fácil. O Boca atingiu um grau de experiência na América do Sul que nenhuma outra equipe tem. A pressão era do Atlas, e não do Boca, por mais contraditório que possa parecer. Os jogadores do Boca sabiam que fariam os gols. Já os jogadores do Atlas não sabiam como lidar com a vantagem de dois empates (0 a 0, 1 a 1). É uma questão de mentalidade.
GLOBOESPORTE.COM: Quem é o favorito para ganhar a Libertadores?
ABBONDANZIERI: Boca. O único que poderia ganhar do Boca era o São Paulo. O Fluminense não tem tradição. Acho que já chegou longe, e a partir de agora vai faltar o que Boca e São Paulo têm, que é a tal experiência.
A integração da torcida com a equipe foi tal que após o jogo ninguém queria deixar o estádio. Nas arquibancadas, os torcedores pulando, se abraçando, agitando suas bandeiras. No gramado, os jogadores e comissão técnica igualmente se abraçando, alguns correndo em direção à torcida e permanecendo em campo mais tempo que o usual.
A empatia entre torcedores e atletas foi tão perfeita que boa parte da torcida do São Paulo permaneceu estática, observando calada aquela cumplicidade contagiante. Ficaram embevecidos com mais uma noite mágica. A verdadeira magia tricolor.
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Enfrentaremos agora o Boca Juniors. Time de primeira linha, matreiro, acostumado a grandes decisões, enfim temido por todos.
É justamente no temor demonstrado pelos adversários que o Boca se agiganta. Seu inigualável maestro Riquelme, com sua frieza irritante e seus principais parceiros Palacios e Palermo parecem não se abalar em campos estrangeiros, certos de que do outro lado se encontram adversários morrendo de medo.
E é por isso mesmo que o Fluminense não poderá se acovardar quando jogar na Argentina. Há que se incutir na mente dos jogadores a necessidade de se partir para o ataque de maneira organizada, porque se o time se entrincheirar na defesa, como fez no jogo do Morumbi, vai perder e, certamente, terá muita dificuldade para inverter o resultado.
É imprescindível que joguemos com a raça e gana demonstrada contra o São Paulo, no Maracanã. Se partirmos para o ataque poderemos obter um bom resultado, pelo menos um empate com gols, de modo a termos a vantagem no segundo jogo.
O adversário é difícil, mas se todos se doarem como fazem Thiago Silva, Luiz Alberto, Roger, Conca e Washington verão que a missão é difícil, mas não impossível.
Alô Renato, nada de retranca na Argentina. Não vai funcionar, como não funcionou para o Cruzeiro, que se acovardou e foi desclassificado. O trecho da entrevista do Pato Abbondazieri ao Globoesporte.com, reproduzido abaixo, confirma a assertiva.
GLOBOESPORTE.COM: O que explica os resultados do Boca, como este último contra o Atlas (3 a 0), fora de casa?
ABBONDANZIERI: Fácil. O Boca atingiu um grau de experiência na América do Sul que nenhuma outra equipe tem. A pressão era do Atlas, e não do Boca, por mais contraditório que possa parecer. Os jogadores do Boca sabiam que fariam os gols. Já os jogadores do Atlas não sabiam como lidar com a vantagem de dois empates (0 a 0, 1 a 1). É uma questão de mentalidade.
GLOBOESPORTE.COM: Quem é o favorito para ganhar a Libertadores?
ABBONDANZIERI: Boca. O único que poderia ganhar do Boca era o São Paulo. O Fluminense não tem tradição. Acho que já chegou longe, e a partir de agora vai faltar o que Boca e São Paulo têm, que é a tal experiência.
6 comentários:
os tricolores todos perderam a voz ontem!
e vc, já sua voz já voltou?
bjus
Que venha o Boca!!!
Hélio, para corroborar com o seu comentário, uma enquete, do jornal Clarín:
¿Por qué Boca es tan fuerte en los torneos internacionales?
Por el miedo que le tienen los rivales(15121)41.0%
Por su historia(5162)14.0%
Por su jerarquía(10278)27.9%
Por cómo plantea los partidos(4141)11.2%
Por sus individualidades(2186)5.9%
Confesso que me surpreendeu o resultado. A hipótese que eu pensei (por causa das tais "individualidades") foi a menos votada, enquanto a mais votada foi a de que os adversários teriam "medo".
Achei um tanto pretensioso isso - diga-se de passagem, argentino é um povo marrento pra kct - mas tem algum fundo de verdade.
O Cruzeiro respeitou demais, mesmo.
O Colo Colo (não sei se vc viu o jogo) idem.
O Boca tem um bom time? Tem.
Tem o melhor jogador atuante no continente? Tem.
É imbatível? Muito longe disso.
A combinação de um jogo agressivo com marcação séria (como fizemos contra o São Paulo) pode perfeitamente desbancar essa marra dos hermanos.
Aliás, não agüento mais ouvir a tão decantada frase de que "o Fluminense não tem tradição na Libertadores".
Caramba, o que ganha jogo são as partidas feitas por elencos anteriores?? Ou o elenco atual??
Se eu comprar o Madureira FC e contratar Kaka, Pirlo, Cristiano Ronaldo, Thiago Silva, Seedorf, Eto´o e outros desse nível esse time não vai ter como ser campeão brasileiro e da Libertadores por falta de "tradição"??
Temos elenco pra - jogando com garra - ganhar, sim!
Tricolor,
É isso mesmo. Sempre observei que os adversários do Boca, exceção aos times argentinos, sempre tremem. De tanto ouvirem falar de suas qualidades, eles ficam com medo de atacar. Aconteceu com o Cruzeiro, com o Gremio, no ano passado e com o São Paulo em várias ocasiões. Assisti aos dois jogos com o Colo-Colo. Em santiago, eles poderiam ter feito mais gols. Conformaram-se com os 2 x 0. Na Bombonera,abriram o placard, estavam jogando melhor, mas resolveram recuar. E aí, se ferraram.
Meu receio é que o Renato tente jogar na retranca, como fez no Morumbi. Se fizer isso, seremos goleados na Argentina e a classificação ficará quase que impossível.
Solicitei ao João Garcez para dar esse toque nele. Não sei se vai funcionar.
Carolina,
A voz volto somente hoje. O jogo foi de matar. No final, me senti como se tivesse entrado em campo também. Após o jogo, fiquei uns vinte minutos sentado, olhando a festa da torcida e recuperando o fôlego. Mas valeu.O genérico paulista dançou.
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