quinta-feira, 10 de abril de 2008

Atuação vergonhosa na Argentina!

Foi uma noite para a torcida tricolor esquecer. Incompetência, negligência, soberba, tudo junto de uma só vez.

Parecia que o Renato tinha errado tudo que era possível no último jogo com o Botafogo, quando escalou aquele meio campo horroroso, formado por quatro volantes de contenção. Ledo engano, essa semana ele se superou.

Primeiro, demonstrando ainda estar muito longe de poder ser considerado como um técnico de ponta, com a responsabilidade que dele seria lícito esperar. A concordância com a dispensa do Washington para o jogo na Argentina foi uma atitude típica de boleiro, que procura levar a equipe na camaradagem. Não está sendo considerado o fato da contusão do atleta, pois antes mesmo do jogo com o Madureira, o nosso brilhante técnico já havia decidido poupá-lo diante do Arsenal, para dar uma forcinha na artilharia.

Foi uma decisão errônea, desprovida de profissionalismo. Uma verdadeira falta de consideração para com a torcida, que não tem medido esforços para apoiar a equipe.

Como ilustração, cabe destacar a resposta contundente do atacante Borges, do São Paulo, ao ser indagado no programa "Bem Amigos", sobre qual deveria ser a reação do Murici se ele pedisse para ser dispensado de um jogo da Libertadores para disputar a artilharia do campeonato estadual, estando o clube já classificado para as finais: "Certamente, ele me diria que eu não precisaria viajar com o grupo e nem jogar pelo campeonato".

O que causou ainda maior surpresa e indignação à torcida tricolor, foi o fato de nenhum dirigente, nem o patrocinador se insurgir contra essa falta de profissionalismo, considerando que os interesses do Fluminense terão sempre que estar acima das vaidades e interesses individuais. Pelo menos, é essa a visão da torcida e deveria ser comungada por essa diretoria que não se cansa de pisar na bola.

Depois de toda essa lambança, os erros crassos continuaram com a escalação da equipe. Cícero, de centro avante, isolado na frente e Ygor, de líbero ..... essa é "dose para mamute".

Resultado: Cícero não viu a cor da bola. Fora as reclamações excessivas, nada fez de útil quando esteve avançado. Sobre o Ygor, todos viram, é melhor nem falar nada. A atitude do Renato, ao sacar "o seu afilhado preferido", fala por si só.

O futebol não é coisa tão complicada assim, mas é um esporte que não perdoa erros básicos. Quando isso ocorre, toda a equipe se desestabiliza. Não tendo ataque, o resto não funcionou. Thiago Neves nada jogou. Ajudaria, se descesse um pouco dos saltos altos. Provou uma coisa: ser um excelente jogador quando a equipe funciona por música, mas incapaz de receber a atribuição de resolver as coisas sozinho, porque não consegue.

E aí, gente, a desarrumação foi total. Até Thiago Silva não esteve nos seus melhores dias. Junior César, no primeiro gol do Arsenal, lembrou muito o Gustavo Nery, no gol do Duque de Caxias pelo estadual. Os dois lances são bastante semelhantes.

Definitivamente, não estava no programa perder a invencibilidade e levar um olé do time misto do Arsenal. Vergonha para a camisa tricolor. Que o Renato aprenda mais essa lição. Que pare de ser "coleguinha" dos jogadores e passe a agir como um profissional, para fazer jus ao régio salário que recebe.

E que aprenda, de uma vez por todas, que colocar o Ygor na posição de líbero, por um minuto que seja, é um insulto à inteligência dos torcedores tricolores, principalmente quando se dispõe de um Roger no banco.

Só nos resta agora ir com tudo para cima da LDU e batalhar pela primeira colocação do grupo. Se tivermos Washington e Dodô, ou pelo menos um deles, a tarefa não deve ser difícil. Mas sem eles, vai ser um sufoco.

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Não podemos esquecer que teremos que vencer o bacalhau no próximo sábado. Mesmo com os desfalques, temos mais time. É só o Renato parar de fazer asneiras e a equipe se doar mais em campo. Chega de acomodação. Dá-lhe verdadeiro FLU.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amigo Helio, esse papelao eu assisti pessoalmente, de Sarandi! Escrevo de Buenos Aires.

Time totalmente desarticulado, a bola queimando no pe do Thiago Neves...

De destaque positivo, so a atuacao do Luiz Alberto, que ganhava todas, no alto ou por baixo.

Isso no primeiro tempo, pq no segundo estava atras do gol defendido pelo Arsenal e nao pude ver bem a atuacao dos zagueiros, so o momento indescritivel do Ygor.

Como torci por um gol no segundo tempo! As redes adversarias estavam a nao mais que dois metros do meu nariz... Se a bola entrasse, seria indescritivel. Seria.

Para se ter uma ideia, a proximidade do campo eh bem maior do que nas Laranjeiras.

Se eu quisesse cuspir no goleiro adversario, acertaria. (nao que fosse fazer isso, so para que tenha ideia...rs...)

Thiago Neves, expulso, passou a menos de um metro da torcida, que se dividiu entre xingamentos variados e apoio.

Mais um detalhe curioso: a torcida do Flu era visivelmente mais numerosa do que a do Arsenal. Esperava que so fosse ter meia duzia... Que nada!

O Flu eh forte em qualquer lugar.

Helio R.L. disse...

Caro Tricolor,
Pena que você escolheu um jogo em que nada deu certo. Você já reparou num detalhe? Vi, pela televisão, quase todos os jogos da Libertadores, menos os do Maraca, é claro, que estive lá. De todos os times que vi, mesmo os que não jogam nada, sem padrão de jogo, sem craques, sem torcida, nenhum deles apresentou pontos nulos como o Fluminense. Os caras não sabem jogar, mas não existe nenhum Ygor ou Fabinho para cometerem erros inadmissíveis em um profissional. Veja os times brasileiros. Até o Santos, que parece ser a maior baba de todos, outrora já dispensou o Fabinho. Renato disse que escolheu o Ygor porque precisava de um volante de boa estatura. Eu pergunto: para que, se ele se enrola com a bola no chão? Acho que ele, Fabinho, Gustavo Nery, foram mesmo escolhidos a dedo pelo Renato, dedo mindinho, talvez.
Agora temos que detonar o bacalhau de qualqur maneira.
Boa estada em Buenos Aires. A cidade é muito legal e o povo dá um banho de civilidade na mulambada.
Saudações tricolores.