(foto: Nelson Perez / FFC) |
Depois das pífias apresentações contra Sport e Santos pensei em tirar umas férias e dar um brake n’ “O Tricolor Verdadeiro” até que a inepta diretoria parasse de fazer asneiras infindáveis.
E minha intenção tornava-se cada vez mais consistente toda vez
que comparava as declarações de Levir sobre as muitas falhas individuais com as
avaliações do Rodrigo Mendes, publicadas no Netflu.
Em entrevista após a derrota para o Santos, Levir soltou as seguintes pérolas:
“Foram falhas muito visíveis. Estávamos estabilizados no setor defensivo e tentando ajustar o ataque. Por coincidência, nos dois últimos jogos tomamos muitos gols. Não é comum.... Finalizamos três vezes no mesmo lance e não fizemos o gol. Os gols do Santos saíram mais facilmente”.
Ou seja, ele finalmente reconheceu que os erros defensivos foram
preponderantes para a perda de seis pontos, fato recorrente e que é do
conhecimento de todos os tricolores que acompanham o desempenho do time nos
últimos anos.
Por diversas vezes, esse próprio espaço já externara sua opinião
sobre as dificuldades que o time teria sempre que encontrasse pela frente um
ataque veloz quando Jonathan, Gum, Henrique e Pierre fossem escalados juntos.
No caso do Sport bastou apenas um ex-craque tricolor e sem muita
velocidade para dizimar a defesa tricolor.
Não se trata de crucificar esses atletas, mas é inegável que
nenhum deles possui a mesma força física de quando eram jovens. Hoje não passam
de jogadores lentos, pesadões e que por isso mesmo chegam sempre atrasados na
maioria dos lances.
A notas do Rodrigo escancararam a deficiência do setor
defensivo: Jonathan: 3,5; Gum: 4; Henrique: 3; Pierre: 3,5 e Levir: 3.
E para piorar Wellington Silva, o mais jovem da trupe e
consequentemente o mais veloz é escalado todo torto na lateral esquerda, o que
o faz sucumbir em meio a tantas atuações desastradas.
Além disso, a falta de criatividade de nossa diretoria é
abissal.
Não conseguem contratar alguém que resolva realmente os
problemas crônicos da equipe. Tentam várias investidas, mas ao final acabam
sempre caindo nas lábias dos empresários espertos e contratam jogadores de
qualidade discutível.
Exemplos? Inúmeros, citarei alguns para refrescar a memória dos
mais esquecidos:
Ramón
Abila, atacante do Huracán. Clube argentino rejeitou proposta para
compra de 50% dos direitos do jogador. Logo depois: contratação efetuada pelo
Cruzeiro, que de quebra ainda trouxe o Rafael Sobis.
Alejandro
Guerra, venezuelano de 30 anos, do Atlético Nacional, da Colômbia.
Independentemente de ser bom jogador ou não, talvez nem seja isso tudo que
dizem, a diretoria já acenou com dificuldades para contratá-lo, embora o preço
anunciado para aquisição não seja elevado.
Imprensa veicula interesse do Palmeiras, o que significa que
podemos esquecer.
Lucas
Zelarayán, meia argentino de 23 anos, atualmente reserva do Tigres.
Segundo a mídia, a proposta de 50% pela compra dos direitos foi recusada. O questionamento
que se impõe é em que se baseia esse interesse, quem do clube viu esse atleta
jogar?
Nilmar. Nome
ventilado. Jogador caro, acima dos 30 e que nas últimas jornadas no Brasil não
foi bem. Provavelmente mais uma bola fora, pois, o próprio Peter declarou que
iria investir em Richarlison e Pedro.
Alguém que conheça o mínimo sobre futebol, talvez a Flusocio
possua, deveria informar ao Peter e assessores que a primeira prioridade do
elenco não é um centro avante e sim um atacante que jogue pela meia, tenha
facilidade de deslocamentos, saiba fazer gols e cobrar faltas de fora da área.
Procuram tanto, gastam dinheiro a rodos e esquecem de tentar o Thiago Neves,
talvez contratação mais fácil que as mirabolantes tentadas até aqui.
Camilo: É o avesso
da história. Destaque na goleada sofrida para a Chapecoense em pleno Maracanã.
Tentaram sua contratação e não conseguiram. O Botafogo foi lá e o trouxe facilmente.
Estreou contra o Internacional e foi o “cara do jogo”. Arrumou o meio de campo
do Foguinho, deu passe para gol e fez o seu em grande estilo.
Enquanto isso, os ineptos vão a Chapecó e trazem o Maranhão e não satisfeitos na passagem por
Curitiba contratam o Dudu.
E o festival de asneiras não para por aí, tem coisa pior como o
empréstimo do Marlon ao Barcelona para “quitar” o débito com o clube catalão referente
à devolução do pagamento pago pela prioridade na compra dos direitos do Gerson
que não foi concretizada.
Fato estranho porque a própria diretoria cansou de divulgar que
esse pagamento seria realizado pela Roma diretamente ao Barcelona com
consequente abatimento do total a ser pago ao Fluminense.
As lambanças são tantas que dá para desconfiar que tenha algum caroço
debaixo do angu tricolor.
Por tudo isso, em sinal de protesto e também para proteger
minhas coronárias, estava decidido a migrar de canal para assistir a Eurocopa,
deixando de lado o Fla-Flu das dunas.
Acontece, porém, que na última hora meu sangue tricolor, forjado
desde criança nas Laranjeiras, nas peladas na antiga pista de atletismo, nas
paqueras no Bar do Tênis, impediu-me de ficar longe do meu Tricolor e lá fui eu
de volta ao pay-per-view.
As ausências de Jonathan e Pierre e o retorno de Wellington
Silva a sua posição de origem surtiram um alento.
A proteção da zaga com Edson e Douglas deveria dar mais
estabilidade aos zagueiros moleirões, ao que tudo indica absolutos a partir de
agora com a negociação infeliz do Marlon.
Ainda tinha o Giovanni, mas fazer o que? Contrataram um lateral,
desconhecido da maioria, que nunca pode estrear.
Bem, começou o jogo e o primeiro tempo foi um horror com domínio
total do Flamengo, que acuou o Fluminense durante quase todo o tempo.
O lado esquerdo da defesa parecia uma avenida onde principalmente
Marcelo Cirino caminhava quase sempre livre com inúmeras chances perdidas.
Nosso ataque não funcionava e somente o bom e velho Magno Alves
conseguia algo de útil e a rigor só tivemos uma oportunidade clara, não convertida
face à excelente defesa de Muralha.
No segundo tempo a coisa melhorou. O time voltou mais ligado e
conseguiu o gol logo no início, na única cobrança de escanteio correta durante
todo o jogo e cabeceada por William Arão contra sua própria meta.
A partir daí achei que não teria muitos motivos para
preocupação, mas esqueci do Gum e ele, para não perder a chance, em vez de dar
um bicão para afastar um rebote de Cavalieri entregou de bandeja para Guerreiro
empatar.
Cabe registrar que antes da falha do zagueiro o nosso bravo
Maranhão querendo driblar dois adversários perdeu a bola que originou a jogada
do gol.
A essa altura o Fluzão já estava imbuído daquela garra adormecida
há algum tempo e partiu para cima.
Magno Alves perdeu duas chances cristalinas, que não perderia se
não estivesse exaurido, o que talvez sirva para demonstrar ao treinador que é
maldade demais querer que ele atue integralmente em todas as partidas.
Magno precisa ter sua participação dosada jogando no máximo um
tempo e de acordo com o adversário para não acabar como vilão ao perder gols
que faria facilmente se tivesse inteiro em campo.
Perto do fim e conformado com o empate, vibrei com o presente de
Rafael Vaz bem aproveitado pelo Richarlison, aplicando um drible de corpo em
Muralha, que dificilmente teria sucesso se em seu lugar estivesse qualquer
outro atacante do elenco.
E aí bastou entrincheirar-se atrás para garantir a vitória, que
veio em boa hora.
Ainda bem que existe o Flamengo para nos tirar da fossa. S E M P R
E !
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO – 11ª RODADA
Flamengo 1 x 2 Fluminense
Local: Arena das Dunas, Natal, RN: Data:
26/06/2016
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Emerson de Carvalho (Fifa-SP) e Rogerio Zanardo (SP)
Gols: Willian Arão, aos 3'; Guerrero, aos 12' e Richarlison, aos 30' do segundo tempo.
Cartão amarelo: Wellington Silva
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Emerson de Carvalho (Fifa-SP) e Rogerio Zanardo (SP)
Gols: Willian Arão, aos 3'; Guerrero, aos 12' e Richarlison, aos 30' do segundo tempo.
Cartão amarelo: Wellington Silva
Flamengo: Alex Muralha, Pará, Réver, Rafael
Vaz e Jorge; Márcio Araújo (Mancuello, 32'/2°T), Willian Arão, Alan Patrick e
Ederson (Emerson, intervalo); Marcelo Cirino (Fernandinho, 28'/2°T) e Guerrero.
Técnico: Zé Ricardo.
Fluminense: Cavalieri,
Wellington Silva, Henrique, Gum e Giovanni; Edson, Douglas, Cícero e Gustavo
Scarpa; Maranhão (Osvaldo, 26'/2°T) e Magno Alves (Richarlison, 25'/2°T e Pedro,
37'/2°T). Técnico: Levir Culpi.
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CAMPEONATO BRASILEIRO – 10ª RODADA
Fluminense 2 x 4 Santos
Local: Estádio Kléber Andrade, Cariacica,
ES; Data: 22/06/2016
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Fabiano Ramires (ES) e Vanderson Zanotti (ES)
Gols: Marcos Júnior, aos 13'; Rodrigão, aos 38' e Gabriel, aos 47' do primeiro tempo; Gabriel, aos 5'; Marcos Júnior, aos 20' e Luiz Felipe, aos 27' do segundo.
Cartões amarelos: Giovanni
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Fabiano Ramires (ES) e Vanderson Zanotti (ES)
Gols: Marcos Júnior, aos 13'; Rodrigão, aos 38' e Gabriel, aos 47' do primeiro tempo; Gabriel, aos 5'; Marcos Júnior, aos 20' e Luiz Felipe, aos 27' do segundo.
Cartões amarelos: Giovanni
Fluminense: Cavalieri;
Jonathan (Giovanni, 23'/2ºT), Henrique, Gum e Wellington Silva; Pierre
(Maranhão, 9'/2ºT), Douglas, Cícero e Scarpa; Marcos Júnior (Osvaldo 37'/2ºT) e
Magno Alves. Técnico: Levir Culpi
Santos:
Vanderlei, Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia,
Renato, Vitor Bueno (Yuri, 35'/2ºT) e Léo Cittadini (Lucas Lima, 23'/2ºT);
Gabriel e Rodrigão (Joel, 28'/2ºT). Técnico: Dorival Júnior
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