terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Relembrando o Estádio das Laranjeiras

A semana é de preparo para os tricolores. Sábado, o início da Taça-Rio e quarta-feira, a estréia no Maracanã pela Libertadores. Deixemos de lado os problemas do time, as idiossincrasias de nosso técnico e as bobagens da diretoria, pois esses fatos já foram sobejamente dissecados e debatidos. O momento é de dar apoio e tranquilidade ao nosso Fluzão e nada melhor do que viajar no tempo, para que a galera mais nova possa ver como nosso acanhado estádio já teve seus dias de glória.

Pois é, tricolores, o campo que comportava mais de 25 mil pessoas e que foi palco de partidas da Seleção Brasileira, é hoje um arremedo de estádio, devido à incúria e incompetência de políticos, engenheiros e arquitetos, que grassavam no estado nos idos de 1960.

Com a construção do túnel Santa Bárbara, surgiu a necessidade de se duplicar a rua Pinheiro Machado. O traçado, escolhido pelos doutos, passaria pelo terreno do estádio. Depois de muitas discussões e reclamações, o Fluminense teve, em 1961, parte de seu terreno desapropriada. Todo o lado contíguo à rua Pinheiro Machado foi demolido. As construções mais recuadas permaneceram rentes à rua, separadas por um pequeno muro de tijolinhos aparentes.

Não se pode precisar se houve estudos alternativos para a construção da nova via, mas provavelmente inexistiu vontade suficiente para tentar efetivar a desapropriação do outro lado da rua. Como consequência, o estádio acabou sendo esquartejado. Muito tempo mais tarde, o Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural decretou o tombamento do estádio das Laranjeiras. Não se tem conhecimento por que tal atitude não foi efetivada antes.

A foto nº 1, abaixo, mostra a vista aérea de todo o complexo, em 1919. Só existia um lance de arquibancada.
Na foto nº 2, da mesma época, a imagem de um jogo num domingo à tarde. Observem um detalhe interessante: naquela época, não havia alambrados e ninguém invadia o campo. Era um povo educado.


A foto nº 3 retrata a partida inaugural do Campeonato Sul-Americano de 1922, entre Brasil e Chile. Observem que as arquibancadas foram ampliadas, com a construção do segundo nível. Destaque para o grande número de torcedores que assistiram à partida de cima do morro vizinho ao complexo, devido à falta de ingressos. Pode-se ver, ainda, à direita da foto, as encostas recém desbastadas do Morro Azul.



A foto nº 4, na sequência, mais nítida, dá uma idéia melhor de como ficou o estádio após a ampliação.

Tive a oportunidade de assistir a vários jogos ainda com essa configuração. É claro que não foi em 1922, mas bem depois. Lembro-me de um em especial, quando moleque, pois não tinha nada a ver com o Fluminense. Meu tio, rubro-negro roxo, convenceu-me a ir assistir a um Flamengo x América em troca de sorvetes e pipocas. Por que não? Afinal o jogo era no campo do Fluminense. Na realidade, estava muito mais interessado no jogo do Flu com o Canto do Rio, em Niterói, e que só pude acompanhar pelo placar. O Flu ganhou de 6 x 2 e eu me enchi de sorvete. O resultado de Flamengo e América? Sinceramente esqueci.

Pela foto nº 5 tem-se uma idéia melhor do interior do estádio, que comportava, além do campo de futebol, uma pista de atletismo. O detalhe da falta de alambrados é mais nítido nessa imagem. A parte da arquibancada, em destaque, foi desapropriada e totalmente demolida.


Não era permitido aos sócios jogar no campo para não estragar o gramado. Mas o clube dava uma "colher de chá", liberando a pista de atletismo para a realização de peladas. Os "mais velhos" usavam a força para jogar primeiro. Às vezes, algumas meninas iam assistir às peladas das arquibancadas sociais e era ótimo, pois aí os "mais velhos" preferiam paquerar e deixavam a pista livre para a molecada. Bons tempos aqueles!

A foto nº 6 retrata o momento de maior tristeza para os tricolores: a demolição da parte lateral das arquibancadas, que viria a mutilar irremediavelmente o charmoso estádio. Nós, tricolores, principalmente os daquela época, desejamos que os responsáveis por essa atrocidade estejam descansando nos lugares que merecem. Quem sabe nos "quintos dos infernos"?



A última foto mostra o monstrengo ora existente e que não tem sido utilizado nem para os jogos de pouco apelo, porque a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e demais órgãos envolvidos, desconhecendo a tradição pacífica e educada da torcida tricolor, colocam empecilhos para sua utilização. Atualmente tem servido apenas para treinamento da equipe de profissionais.



É isso aí, tricolores. Boas Taça Rio e Libertadores da América.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Copa Rio Juvenil - Fluminense campeão invicto

8 jogos, 8 vitórias. Saldo: 28 gols (33 a favor e 5 contra). Artilheiro da competição: Gean com 17 gols.

Na final, como não podia deixar de ser, mais um chocolate na urubuzada: 4x2.

Valeu mesmo, garotada.

Vamos lá Fluzão. Agora só falta ganhar a Taça Rio de profissionais e dar outro olé nas finais.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Taça Guanabara de juniores é do Fluzão

Após empate de 2x2 com a Cabofriense no tempo normal, a equipe de juniores do Fluminense sagrou-se campeã da Taça Guanabara, na disputa de pênaltis.


Bons augúrios para a nova safra de Xerém, que parece estar retomando o caminho das vitórias. Torçamos para que novos craques sejam revelados e que a diretoria descontinue, de uma vez por todas, a dilapidação do patrimônio do clube.


Pena que o mesmo não tenha acontecido com os profissionais, que ao perderem de forma bisonha para o "cavalo paraguaio" propiciaram ao urubu a oportunidade de ganhar mais um título. Menos mal porque ainda temos a Taça Rio para recuperar o tempo perdido e sapecar outros 4x1 em nossos fregueses da atualidade.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Existem "jabás" nas saídas dos craques de Xerém?

Uma vez mais os dirigentes do Fluminense aventam a possibilidade de se desfazer de um de seus craques por míseros tostões.

Como já aconteceu com Carlos Alberto, Antônio Carlos, Rodolfo, Diego Souza, Toró, Marcelo, Fernado, Lenny e tantos outros, as mãos avarentas da diretoria tricolor começam a esfregar os dedos.

A bola da vez é o Arouca. Bastou apresentar algumas atuações de destaque para os usurários tricolores __tricolores verdadeiros ou rubro-negros infiltrados?__ começarem a propalar sua negociação.

Em reportagem de hoje no Portal Terra, Marcelo Penha, assessor da Presidência do Fluminense, nega que os direitos federativos do volante já tenham sido adquiridos por um grupo de empresários, como foi especulado nesta manhã.

O preocupante, porém, é que o próprio Penha não descarta a possibilidade do Fluminense envolver o jogador em uma futura transação, dizendo categoricamente: "O jogador está na vitrine e nada é impossível".

Quanto à frustrada permuta com Diego Cavalieri, o site do Globo afirma que o Renato não concordou com a saída do Arouca e o próprio atleta estranhou que a negociação estivesse próxima de ser fechada sem ele saber. "_ Não é possível que alguém tenha fechado alguma coisa sem o meu consentimento", declarou.

Posteriormente, o Portal Terra publicou que o diretor de futebol do Palmeiras, Savério Orlandi, logo após a apresentação do atacante Kléber, informou que o clube havia desistido de Arouca.

"_ O Arouca é um assunto que não teve andamento e, nesse momento, o Palmeiras está considerando o assunto encerrado. Nossa parceira chegou a iniciar a negociação, mas ela não evoluiu, pois o treinador do Fluminense (Renato Gaúcho) não quis dispor do jogador agora".

"_ O negócio surgiu e era interessante para todos, jogadores e clubes, pois o Fluminense está disputando uma Libertadores e, querendo ou não, o Diego ficaria mais próximo da Seleção", argumentou.

"_ Além disso, o Arouca viria em definitivo e o Diego ficaria fora por seis meses. Era um risco calculado, até porque olhamos aqui para dentro e vimos que o Bruno (terceiro goleiro) está pronto e há outros goleiros chegando", completou.

Esse último parágrafo da declaração do dirigente palmeirense mostra claramente a falta de preocupação da diretoria tricolor para com o patrimônio do clube.

Sabe-se perfeitamente que, muitas vêzes, a necessidade de reforçar o caixa impele os clubes a negociarem suas revelações. Mas a pergunta que fica no ar é por que, no caso do Fluminense, essas negociações são realizadas de modo não muito claro e em condições financeiras nada favoráveis à instituição? Como é que se pode pensar em ceder em definitivo um craque da categoria do Arouca em troca de um goleiro, por melhor que seja, por apenas seis meses? Teria que haver uma polpuda compensação financeira, que não parece ser o caso.

A negociação do Marcelo é outro exemplo recente, onde a diretoria só faltou colocar literalmente a faca em seu pescoço para negociá-lo para a Rússia. O bom senso do atleta falou mais alto e ele se negou veementemente a aceitar uma transação que considerou desvantajosa. Um pouco mais tarde, como se sabe, surgiu a negociação com o Real Madrid em bases muito melhores para todos.

Esse conflito de opiniões e ações sinaliza que a coisa não é tão simples como, a princípio, possa parecer. É claro, sempre existe a desculpa da "Lei Pelé". Todos sabem, pelo menos os de boa índole, que essa lei, embora criada com o objetivo altruísta de melhorar as condições de trabalho dos atletas, na realidade transformou-se num câncer para o futebol brasileiro, servindo de base para negociações escusas, verdadeiras mamatas, na maioria das quais os clubes e os próprios jogadores são os que menos ganham.

Merece destaque a declaração, praticamente um desabafo, do Sérgio Guedes, técnico da Ponte Preta, na Sportv, após o jogo contra o Guaratinguetá, sobre as pressões de empresários inescrupulosos sobre seus comandados. Infelizmente, não declinou nomes, provavelmente com receio de retaliações por conta da máfia que atualmente se apossou do futebol brasileiro. Deixou no ar a idéia de que futuramente dará "nomes aos bois".

Não creio ser esse o caso do Fluminense, mas nunca consegui entender as transações com os craques revelados em Xerém. De um modo geral, têm sido boas para muita gente, menos para o clube. O tempo passa e os resultados das transferências não apresentam nenhuma evolução. Poder-se-ia atribuir à falta de experiência ou mesmo à inabilidade para negociar, mas a repetição dos mesmos erros, ano após ano, praticamente elimina essa hipótese.

Esse estado de coisas leva a torcida a imaginar que, eventualmente, alguém possa estar se beneficiando nessas ocasiões. Não é possível que só o Fluminense não consiga somas vultosas pelas suas revelações. Volto a citar a "venda" do Breno por 33 milhões. Será que dirigentes competentes só existem no Genérico Paulista?

E o Fluminense? Bem, caros tricolores, o Fluminense que se dane! Há anos sem títulos de expressão e prestes a perder a hegemonia no âmbito estadual.

Ainda bem que, desta vez, o técnico conseguiu melar o negócio. Bola dentro, Renato. A torcida tricolor agradece.

Abra os olhos, Horcades!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Fluminense 0 x0 LDU. Valeu, Fluzão!

Foi a primeira partida. Altitude, nervosismo e impossibilidade de conhecer o gramado antes do jogo. Tudo isso serviu para atrapalhar. Depois do sufoco do primeiro tempo, o time foi se soltando aos poucos e chegou a dominar boa parte da partida.

Hoje é dia de festa, pois o time passou no batismo de fogo. Não que empate seja um resultado agradável, mas pelas circunstâncias, até que valeu.

Também não é dia para críticas. Em termos de classificação, o resultado foi bom e pelo que mostraram Libertad e Arsenal, com um mínimo de seriedade, não teremos nenhuma dificuldade em derrotá-los no Maracanã e partir para a segunda fase.

Entretanto, para não perder o hábito, três recadinhos para o Renato. O primeiro é para que ele observe como o Thiago Neves melhora de produção quando tem alguém criativo a seu lado. O segundo é que o Arouca não pode ser reserva nesse time, pois com uma perna só ele é melhor que todos os outros "volantes" do elenco. E o terceiro, é uma máxima do futebol, que os técnicos teimam em ignorar. "Toda vez que um zagueiro substitui um atacante, é certo que o adversário será impelido a atacar e causar pânico na sua defesa". Pense nisso, caro Renato.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Perdemos, sim. E daí? Vamos à Libertadores!

Tricolores de todas as idades, perdemos uma batalha. Nada demais, recuperaremos depois.

A partir de agora, iremos nos concentrar numa guerra muito maior, onde enfrentaremos o Genérico Paulista, o Cruzeiro, o Urubu, o Boca, o River e muitos outros. Só precisamos da ajuda de alguém que tenha acesso ao Renato para lhe mostrar que, num plantel que dispõe de Arouca, Roger, Maurício, Conca, Cícero e até mesmo Romeu, não se pode escalar Ygor e Fabinho impunemente. Se ele não se convenceu no jogo contra o Boavista, com o famoso drible da vaca, que se conscientize com a derrota para o Botafogo.

Quem sabe se assim consigamos enfim reeditar uma edição da máquina, mais modesta, lógico, porque boa como aquela nem o Real Madrid consegue mais.

E por falar em máquina, aí vai para os mais novos uma exibição de gala contra o Bayern, base da seleção alemã campeã do mundo de 1974.

Nosso tricolor não tomou conhecimento de craques como Franz Beckenbauer, Gerd Muller e Paul Breitner e deu um verdadeiro passeio no Maracanã. O domínio foi tal que o artilheiro Muller só conseguiu fazer gol contra. Pena que Paulo César e Cafuringa não estavam tão inspirados e perderam uma penca de gols. Se não fosse isso, teríamos dado uma goleada histórica. Os não tão novos certamente se lembrarão.

Observem que, em meio à gravação da fita, houve a introdução do famoso gol de barriga contra o urubu. Sensação gostosa botar água no chope da urubuzada no ano de seu centenário.

Que esse jogo sirva de estímulo para o Fluminense fazer uma campanha digna de suas tradições. Saudações Tricolores.



sábado, 16 de fevereiro de 2008

É tricolores, a cachorrada se deu bem!

Mas nada de desespero. O jogo foi parelha e ambas as equipes tiveram oportunidades de sair na frente no marcador. No final, ganhou quem errou menos, ou melhor quem não cometeu falhas infantis como as nossas.


Aliás, sob esse aspecto, a torcida tricolor já vinha sendo alertada sobre a temeridade de se escalar o Ygor em nosso meio campo. Desengonçado, atrapalhado, sem habilidade. Só mesmo a proteção descabida do Renato ou a pressão de alguém da diretoria para a sua manutenção no time. Falhou no primeiro gol, quando deixou o Zé Carlos livre para desviar a bola e foi ridículo no pênalti. Parecia um cisne zulu, se é que isso existe. Embora o site do Globo credite ao Luiz Alberto a falta que originou o pênalti, o autor da lambança foi mesmo o Ygor. Graças a Deus que levou o 3º cartão amarelo. Assim, estaremos livre dessa figura, pelo menos na primeira rodada da Taça Rio.


Na coletiva, o Renato frisou por várias vezes que "eles bobearam e tomamos o gol". Meu caro Renato, realmente eles bobearam: O Ygor, já citado e o Fernando Henrique, que não saiu com o intuito de encaixar a bola, mas sim de rebatê-la com sua mão de maionese. A propósito, será que o preparador de goleiros não enxerga essa falha constante em todos os nossos goleiros?


Mas, voltando ao foco principal de sua declaração: de quem é a culpa pela insistência na escalação desses dois? Do Fernando Henrique, até dá para entender porque há anos o clube está mal na posição. Mas insistir com o Ygor, depois daquele drible da vaca contra o Macaé, é no mínimo uma "turronice" sem precedentes. Por que ao lançar o Conca, não o retiraste, recuando o Arouca? Todo tricolor que acompanha o time sabe disso. A torcida espera ansiosamente que tenhas aprendido a lição. Um time de futebol tem que ser equilibrado. Basta um cabeça de bagre para todo um trabalho ir para o brejo em noventa minutos.


Atenção tricolores, nada está perdido ainda. Vamos catar os cacos e sacudir a poeira, pois quarta-feira teremos outra pedreira. Se o time for escalado como deve, temos muita chance de ganhar. Caso contrário, haja unha para roer.


Vamos lá Fluzão, subir o morro e dar um créu nos peruanos. Saudações Tricolores.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Obina, você ainda não viu nada!

Talvez por desconhecer os passeios anteriores, o Obina reclamou do olé do último domingo. Não chore, Obina. Até que esse foi um olezinho de nada. Existem outros muito piores. Para seu governo, vai aí uma lembrancinha do chocolate de 2003.
Tricolor gozar a urubuzada é a regra normal na maioria dos Fla-Flu's.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

E o urubu dançou!

Foi um banho de bola. Bom para os rubro-negros baixarem um pouco a crista e pararem de achar que são os donos do pedaço. Ainda bem, para eles, que o jogo só tem 90 minutos, pois pelo andar da carruagem, se houvesse mais tempo, maior seria o vexame.

Aliás, cair de 4 perante o Flu está se tornando freqüente para o Flamengo. No campeonato de 2002, a eliminação foi por 4 x 1. Em 2003, foi de 4 x 0. Na partida anterior, nesse mesmo ano, jogamos mal e só vencemos de 3 x 0, o famoso Fla x Flu de “bala com chocolate”, referido nesse blog em 08/12/2007. Em 2005, na decisão da Taça Rio, outros 4 x 1. O baile foi tão vergonhoso que, após o jogo, o Zinho jogou a toalha e abandonou o clube, só voltando a aparecer mais tarde jogando pelo Nova Iguaçu.

No primeiro Fla-Flu desse ano, com sua tradicional soberba, os rubro-negros acharam que poderiam poupar todos os titulares e mesmo assim jogar de igual para igual com o Tricolor. Ledo engano. Bastou apenas um titular para massacrar o urubu. A superioridade foi tão incontestável que o próprio Washington Rodrigues, flamenguista de carteirinha, admitiu que o placar ficou barato para o Flamengo. Com a vitória, o Fluminense igualou seu recorde de 1971: 18 jogos invictos no Maracanã.

Para os tricolores, a grande surpresa foi o Fernando Henrique, que atuou bem. Até que enfim, começou a encaixar algumas bolas. Thiago Neves provou que tem que jogar de meia avançado. Esse negócio de colocá-lo na marcação é uma aberração. Os adversários é que têm que se preocupar em marcá-lo. A torcida tricolor espera que o Renato reflita bem durante a semana e conclua de que será melhor enfrentar o Botafogo com um meio campo mais criativo, deixando um dos atacantes no banco. Ainda mais agora que o plantel só dispõe dos atuais três titulares, sem nenhum reserva. Colocá-los para jogar ao mesmo tempo é um risco considerável, principalmente para enfrentar esses defensores botinudos que teremos pela frente.

Em tempo, um recadinho para o Obina. Meu amigo, vá se acostumando. Enfrentar o Fluminense é assim mesmo. Ainda vão acontecer outras chineladas. Chiar de falta de respeito é piada, o que houve foi mesmo um olé da melhor qualidade, um verdadeiro “sapeca Iaiá”, como diz o PC Vasconcellos.

Tricolores de todos os cantos, vamos curtir o passeio que demos na urubuzada. Que venha o Botafogo!

Aliás, qual sua opinião sobre a equipe ideal para a semifinal? Registre aqui seus comentários.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Banho de bola! Flu 6 x1 América

Foi uma vitória tranqüila. O adversário não ofereceu resistência, então todos puderam jogar e bem. Em partidas com placar elástico, substituições são válidas, para dar ritmo de jogo aos demais e principalmente poupar os titulares. A partida foi tão fácil que não há muita coisa a comentar, a não ser a confirmação do medo da volta do Fabinho. Vira e mexe, o Renato escala novamente seu protegido. Não se sabe exatamente qual é a dele, mas essa insistência é muito estranha.

Maurício é bom jogador, mas ainda muito verde. Comete excessivas faltas na entrada da área. Numa delas, bola no travessão e em outra, gol do América. A propósito, Fernando Henrique voltou em grande gala. Apresentou um novo estilo de falha. O futuro reserva grandes emoções aos tricolores. Continuamos sem goleiro. Enquanto isso, o da Cabrofriense brilha. Aliás, talvez fosse uma solução. Sua contratação deverá ser mais fácil que os tentados até então, a um custo bem menor.

Para o Fla-Flu, o Thiago Neves terá condições de jogo. Só esperamos que o Renato não saque o Conca.

De resto, dos que jogaram na contenção, nenhum é melhor que o Arouca. Idiossincrasias do técnico.

Boa noite, tricolores. Curtam a vitória e a exibição dos atacantes. Vamos lotar o Maracanã. Que venha o Urubu!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Mais uma apresentação medíocre!

Esse ano fui ao Maracanã pela primeira vez. Estava interessado na estréia do Conca e ver do alto e em sua plenitude o famoso esquema inventado pelo Renato.

Foi de dar dó. Das arquibancadas é que se tem uma noção exata do que o técnico está fazendo. Seu esquema parece um queijo suíço.Cheio de buracos. Lacunas nas laterais, no meio campo e no ataque. O único setor sólido é a zaga, graças ao Thiago Silva, que além de esbanjar categoria, joga com uma raça inexistente nos demais.

O Conca foi uma grata surpresa. Categoria e raça não faltaram, apesar da falta de ritmo.

Quanto ao esquema, não é preciso ser nenhum “expert” para verificar que dois craques estão sendo seriamente prejudicados pelo esquema do “queijo furado”. O Leandro Amaral, que tem que voltar demasiadamente para tentar tapar os buracos do meio campo e depois correr como um desesperado para concluir as jogadas no ataque. O lance em que ele correu mais de cinqüenta metros até chegar perto da área do Boavista para então, completamente extenuado, cair de maduro serve de comprovação.

O outro é o Arouca, um dos melhores do elenco do ano passado, que se encontra completamente perdido em campo. Não sabe se marca, se vai à frente, ou o quê? É claro que ao lado do Ygor, ele sempre vai ter receio de atacar, pois se perder a bola a probabilidade de outros dribles da vaca poderão ocorrer lá atrás. Mas o que faz o Renato? Não orienta? Só critica? Está mais parecendo aquele técnico folclórico do passado que dizia: eu ganhei, nós empatamos, eles perderam.Está mais do que na hora do nosso técnico boleiro enxergar que o Ygor não pode ser titular quando o Roger está jogando o fino da bola. Precisa deixar a empáfia de lado e reconhecer que a indicação do Ygor, assim como a do Gustavo Nery, foram mancadas.

Não há condição de se jogar com o Dodô sempre esperando a bola no pé. Das arquibancadas, tem-se a noção exata de que o melhor seria fixar mais o Washington na área, sem a obrigação de vir buscar jogo e manter o Leandro se deslocando nas duas pontas, como fazia no Vasco com muito sucesso. Ao lado do Thiago Neves, o Conca ou o Cícero. Particularmente prefiro o primeiro, mas nunca se sabe o que se passa em cabeça de técnico.

O Dodô ficaria no banco e poderia entrar em todos as partidas, ora no lugar do Washington, ora no lugar do Leandro. Assim, os três, que já passam dos trinta, estariam sendo poupados para a dura maratona de 2008, sem perder seus condicionamentos físicos e nem o ritmo de jogo.

Essas elocrubações, entretanto, não passam de um sonho tricolor numa noite de verão, pois dificilmente o Renato as acatará. Muita soberba e a certeza de estar sempre certo. O fato é que ele está perdido. A longa espera do Cícero para entrar em campo, com o técnico sem saber quem tirar foi uma cena patética. E a substituição do Gabriel? Se era para botar mais um volante marcador, para que deixar no banco um lateral de ofício? Tricolores, seria cômico se não fosse trágico.

No gol, sem comentários. O desespero é tanto que eu tentaria o goleiro junior.

Mas não desanimem, tricolores. Pode ser que algum dia, um anjo do céu ainda sopre bons fluidos na cabeça do Renato.