quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A administração Siemsen e os novos rumos para o Vale das Laranjeiras.

Tricolores de todos os cantos esperam que a afirmação volte a se tornar realidade.

A entrevista de Marcelo Teixeira, gerente do futebol tricolor, publicada no site oficial do clube e repercutida pela mídia esportiva, sinaliza a intenção da atual administração em transformar radicalmente o Vale das Laranjeiras, fazendo com que os frutos gerados sejam canalizados exclusivamente para benefício do Fluminense.
Conhecido como “fábrica de craques”, o Centro de Treinamento de Xerém tem sido utilizado, desde a década de 90, como cortina de fumaça para encobrir os desmandos das administrações caóticas que tivemos que aturar.
Fundamental na montagem das equipes campeãs do passado, o Centro de Excelência há muito perdeu essa característica, passando a ser apenas um supridor de atletas para benefício de empresários espertos e especuladores gananciosos, sob o beneplácito de dirigentes, no mínimo, inocentes ou despreparados.
A consequência lógica foi o achincalhamento da mística tricolor e a queda vertiginosa na obtenção de vitórias e em todos os rankings desportivos.
Os dois últimos títulos de expressão conseguidos foram devidos muito mais à participação da Unimed do que a qualquer mérito da administração do clube, que tem ainda contra si a perda infindável de revelações da base, praticamente sem retorno algum para os cofres do clube.
Até hoje nenhum tricolor de sã consciência engoliu as inexplicáveis saídas de Arouca, Maicon, Alan e Dalton. As desastradas justificativas propaladas não têm o mínimo de credibilidade e a certeza de que o Fluminense foi prejudicado em todas elas será sempre inquestionável.
Marcelo, em sua entrevista, enaltece o trabalho de Abel ao trazer os jovens para treinar junto com os profissionais e explica a criação de duas frentes de atuação: contratação de grandes jogadores, em parceria com os patrocinadores e formação de atletas de ponta em Xerém, cujo destino será o grupo do futebol profissional. Acrescenta que aqueles que não forem aproveitados poderão ser colocados no mercado internacional, gerando valorização e recursos para o clube.
O dirigente enfatiza que já existem no elenco principal, cinco crias da base: Matheus Carvalho, Elivelton, Fernando Bob, Digão e Kléver. Pena que desses, Matheus, Bob e Digão já tenham seus direitos federativos abocanhados pela Traffic, de modo que se no futuro eles realmente estourarem, a tendência é que deixem as Laranjeiras nas mesmas condições de Maicon e Alan, ou seja, a parte do leão para os “investidores” e as migalhas, quando existirem, para o Fluminense.
Sinceramente, não consigo enxergar como qualquer projeto por mais elaborado que seja possa ser vitorioso quando se tem por perto uma “parceira” tão madrasta como esta.
Para que tudo dê certo será imprescindível livrar-se dessa erva daninha que se encontra enraizada no clube, um verdadeiro presente de grego de Horcades, dias antes de passar o bastão para a administração atual.
Que Teixeira e principalmente o nosso Presidente estejam atentos às manobras dessa turma, em especial com relação às novas promessas Lucas Patinho e Samuel.
Continuo a crer que Peter Siemsen possa fazer com que o Fluminense volte a ser o gigante de outrora, apesar dessa credibilidade ter sido abalada com a decisão errônea e irracional de "vender" o Conca.
A diferença entre o salário recebido pelo atleta símbolo da equipe e a irrecusável proposta chinesa poderia ser facilmente reduzida com os recursos provenientes das rescisões com Emerson, Belletti, Julio Cesar e até Araújo, que ainda não disse ao que veio e se saísse não faria falta alguma.
Lanzini é uma promessa que, se tiver sua contratação concretizada, será muito mais dispendiosa que a manutenção do Conca. Que tenha sido esse o último erro de avaliação de Siemsen.
O fato é que a torcida para que o plano de Teixeira dê certo é grande e que ele consiga realmente fazer com que os craques de Xerém revertam-se em lucro para o Fluminense, seja pelo aproveitamento nas equipes principais ou por negociações vantajosas para o clube.
Não tenho a menor dúvida que essa seja a intenção de Peter Siemsen, talvez a última esperança dos tricolores em ver o clube na posição invejável de outrora.
Que João de Deus o ilumine nessa difícil empreitada!
Até lá, a verdadeira Torcida Tricolor, única razão de ser do Fluminense, só conseguirá vislumbrar o brilho das revelações do Vale das Laranjeiras através das camisas de clubes rivais, como ilustra o painel a seguir.
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Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Maicon (Lokomotiv), Marcelo (Real Madrid), Diego Souza (Vasco), Thiago Silva (Milan), Rafael e Fábio (Manchester United), Dalton (Internacional), Arouca (Santos), Wellington Nem e Julio Cesar (Figueirense), Rodolfo (Grêmio), Wellington Silva (Arsenal), Roger (Cruzeiro), Alan (Red Bull Salzburg), Junior Cesar (Flamengo), Antônio Carlos (Botafogo), Tartá (Kashima Antlers), Rafael Pezão (em vias de se transferir para o Internacional) e Carlos Alberto (Bahia).


E APESAR DE TUDO, DÁ-LHE FLUZÃO!

sábado, 24 de setembro de 2011

Atlético-PR 1 x 1 Fluminense. Dois pontos na conta do Abel.

Antes tarde do que nunca, a dupla argentina entrou para ajudar no empate.    (foto: Terra.com.br / Photocamera)


Não quis acreditar quando vi a equipe que Abel resolveu colocar em campo. Para jogar com mais um adversário que se encontra na zona de rebaixamento e com vários desfalques importantes, além do desespero de sua torcida, o Fluminense foi escalado sem ninguém com um mínimo de criatividade em seu meio campo.


Um meio de campo composto por Edinho, Diogo, Diguinho e Marquinho fará qualquer time jogar até trezentos minutos sem construir nenhuma jogada efetiva de gol.


E a comprovação veio pelo fato do goleiro paranaense não ter sido incomodado uma única vez no primeiro tempo. Os poucos arremates para a sua meta, cinco para ser mais exato, foram todos de média distância e para fora.


Abel justificou a sandice dizendo que os laterais teriam ampla liberdade para atacar. Tal fato poderia até ser verdadeiro pelo lado do Mariano, mas esperar alguma coisa de útil por parte do Carlinhos, na atual fase em que ele se encontra, é acreditar por demais na sorte.


A propósito foi dele a falha grotesca originária do contra ataque que resultou no gol de Paulo Bayer, aos 18 minutos do segundo período.

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E só depois da porta arrombada é que Abel teve a coragem de alterar a formação covarde com as entradas de Lanzini e Martinuccio.
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Ainda assim mexeu errado e irritou os torcedores que continuaram sendo obrigados a ver o Deco no banco, enquanto Diguinho e Marquinho corriam como baratas tontas sem nada produzir.


Menos mal que no final Lanzini foi derrubado na área e Fred empatou.


Nas duas próximas rodadas os adversários serão Santos e Flamengo e a menos que queira desperdiçar novamente a chance de disputar a Libertadores, Abel não poderá abrir mão de escalar Deco e Lanzini desde o início.


O Santos vem de uma derrota em casa e com três gols feitos por craques revelados em Xerém __ que dureza __ e terá a volta de Neymar. Já o Fla é o adversário mais próximo na pontuação. Vitórias sobre os dois serão os únicos objetivos a serem alcançados.


Torço para que Abel se arrependa da asneira que fez e escale os atletas com capacidade de tornar o meio de campo criativo.

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E DÁ-LHE FLUZÃO!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Fluminense 3 x 1 Avaí. E a luta continua!

Deco: vinte minutos de show. Pena que não jogou com Lanzini.      (foto: Photocamera)

Um compromisso intempestivo privou-me de comparecer ao Engenhão, de modo que tive apelar para a TV.
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E longe do estádio o sofrimento é maior. Os passes errados e as falhas grotescas dos defensores, repetidos à exaustão, aumentam a sensação de impotência nas ocasiões em que o treinador não enxerga o óbvio.
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Para quem não assistiu ao jogo, o resultado de 3 a 1poderá dar uma falsa impressão de facilidade.  Muito pelo contrário, não fosse uma oportuna intervenção de Cavalieri e o Avaí teria conseguido a virada, o que complicaria sobremodo a vitória.
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Ainda bem que a sorte esteve do lado tricolor e a arbitragem, geralmente propensa a marcar impedimentos inexistentes de nossos atacantes, dessa vez dormiu no ponto e não viu Fred adiantado por ocasião do segundo gol.  
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A partir daí, o Fluminense controlou melhor o jogo e a não ser por uma cabeçada no travessão os catarinenses não chegaram a assustar tanto, embora um friozinho na barriga dos tricolores fosse sentido sempre que a bola pipocava junto aos pés de Digão ou Edinho, ambos numa noite terrível.
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Só consegui respirar melhor quando Abel colocou Deco e Martinuccio em campo, o que tornou o jogo mais tranquilo.
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Pena que ao retirar o Lanzini nos tenha privado de ver como a equipe se comportaria com dois meias criativos.
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Lanzini voltou a apresentar boa atuação com participação efetiva nos dois primeiros gols. Sucumbiu no segundo tempo, face à marcação ferrenha dos adversários e segundo Abel a oscilação é normal para um jogador de apenas dezoito anos.
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Abel destacou ainda a marcação individual que vem sendo exercida sobre “a jóia” e chegou a culpar a badalação da imprensa como causa.
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Calma, Abel, se o problema fosse só a badalação outros craques também não jogariam. Conca, Neymar, Ronaldinho, Montillo e tantos outros são exemplos marcantes.
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A única maneira de diminuir o assédio da marcação é colocar o Deco ao lado dele desde o início dos jogos, pelo menos enquanto o “luso” tiver condições de jogar, porque não vai ser o Marquinho que irá ajudar nesse sentido.
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O problema é que Marquinho corre demais e com isso acaba caindo nas graças dos treinadores, que acham ser possível ganhar campeonatos só com garra e raça.
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Se usar um pouquinho de criatividade, Abel verá que poderá aproveitá-lo em outra posição. Deslocado para a lateral esquerda ou abrindo mão de um cabeça de área, por exemplo, ou em último caso, colocando-o como opção no banco de reservas. O que não deve é abrir mão de contar com Deco e Lanzini jogando juntos.
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Martinuccio novamente entrou bem na partida e aos poucos vai mostrando ser a melhor opção para jogar ao lado de Fred.
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A próxima rodada é crucial. Se vencer o Atlético Paranaense, o Fluminense poderá até pensar em disputar o título. Se perder, terá que se contentar com a Libertadores.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Bahia 3 x 0 Fluminense. Uma tarde para esquecer!

Uma jornada desastrosa, mas previsível ainda no decorrer do jogo com o Corinthians.
A euforia que tomou conta dos tricolores após a vitória incontestável sobre o então líder do campeonato mascarou o perigo que seria o jogo em Salvador.
Com Diogo e Mariano suspensos, a zaga tricolor voltaria a jogar desprotegida e sem essa proteção a chance da defesa voltar a ser um convite à valsa passou a ser uma realidade bastante palpável.
Abel não tinha outras opções que não fossem as entradas de Wallace e Rodrigo.
Wallace até que não teve atuação tão desastrosa, embora tenha cometido o erro de posicionamento no primeiro gol dos baianos, quando deixou Souza livre de marcação para completar o rebote de Cavalieri. Falha desculpável se for levada em consideração a tenra idade do atleta.
Ainda que aturdido com o gol, o Fluminense aos trancos e barrancos conseguia equilibrar as ações sem muito sucesso nas oportunidades de gol.
Ciro, nitidamente extenuado, não conseguia repetir com êxito a marcação exibida contra o Corinthians.
Abel percebeu a deficiência e o substituiu por Martinuccio, que deu mais movimentação ofensiva, mas no afã de conseguir modificar logo o placar, voltou com Fernando Bob.
É certo que Rodrigo estava discreto demais, mas ao trocá-lo por Bob, Abel abriu a porteira para os contra ataques.
Como Fernando Bob não marca ninguém, Gum ficou exposto ao primeiro combate e quando isso acontece a derrota é certa. E o desastre foi total, um gol contra ridículo, um penalti bobo e a consequente expulsão, prejuízo impossível de ser reparado.
Em minha opinião, Abel errou também ao escalar o Fred sem estar na plenitude de suas condições físicas. A atuação apagada e o gol perdido na boa jogada de Martinuccio são provas incontestes. O jogo era para Rafael Moura, que está voando fisicamente, e estaria em melhores condições para aguentar as botinadas do Titi.
Ainda que não tivesse a coragem de não escalar o Fred, que o substituísse quando da entrada de Rafael Moura. Ao preterir o Lanzini, voltou a insistir no erro de armar o time com três atacantes e deixar a cargo do Marquinho a criação no meio de campo. As inúmeras derrotas do primeiro turno comprovam que essa tática jamais funcionou, afinal Marquinho não é o Conca.
Abel é um técnico inteligente e cedo ou tarde irá perceber de que nada adianta insistir em formações como essa. Espero que não muito tarde.
O prejuízo só não foi maior porque Internacional e Flamengo também não andam muito bem das pernas e empataram seus jogos. Assim o Fluzão continua dependendo apenas de suas forças para garantir a vaga na Libertadores, embora a distância para o líder tenha aumentado.
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A apatia da equipe foi preocupante, mas não creio que tenha sido devido à falta de raça e empenho, como concluiram alguns dos mais renomados comentaristas tricolores. A pasmaceira em campo resultou da falta de condições físicas dos atacantes Ciro e Fred.
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Era jogo para Martinuccio e Rafael Moura entrarem desde o início. Abel não percebeu e se percebeu não teve coragem para efetuar as alterações. Num campeonato longo como esse é imprenscindível que o treinador use as peças do elenco de acordo com suas condições momentaneas. Histórias de "onze imexíveis" costumam acabar mal, como ficou claro nas duas últimas Copas do Mundo.
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Mas vida que segue. Na quarta-feira, a vitória sobre o Avaí é imperiosa e para isso será preciso o apoio irrestrito da torcida.
Vamos encher o Engenhão e empurrar “Pra cima o Fluzão”! 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fluminense 1 x 0 Corinthians. Libertadores, o Fluzão voltou!

Fred, decisivo outra vez.    (foto: Terra / Photocamera / Dhavid Normando).

Domingo perfeito. Quarta vitória consecutiva e distância dos demais concorrentes diminuída de forma significativa.
Com o apoio da torcida mágica, o Tricolor cresce e pode superar qualquer adversário. E ontem o sinergismo transformou o Fluzão, que não tomou conhecimento do líder, massacrando-o num primeiro tempo exuberante, apesar do placar minguado.
A presença ainda poderia ter sido maior se dois setores nobres do campo fossem disponibilizados.
Confesso que quando vi a escalação do trio de arbitragem, capitaneado pelo gaúcho Leandro Pedro Vuarden, árbitro que já havia demonstrado ter certa aversão ao Fluzão em outras ocasiões, temi pelo pior.
Temor que se dissipou já aos 9 minutos de jogo, quando Fred com um passe magistral colocou Ciro na cara do gol.  Tivesse ele rolado a bola para o Lanzini, livre de marcação, a chance de gol seria infinitamente maior.
 Aos 12 minutos, Chicão safou o Corinthians ao tirar de cima da linha a bola chutada por Ciro, após boa jogada em que driblou até o goleiro e, aos 17, foi a vez de Julio Cesar livrar o primeiro gol ao defender chute forte de Fred.
A pressão continuou intensa até que finalmente o gol saiu aos 21 minutos, com Fred cobrando falta que desviou na barreira e entrou mansamente.
A partir daí, o Fluminense diminuiu o ritmo, mas continuou controlando as ações, tanto que o Corinthians praticamente não ameaçou. A rigor mesmo, só um chute de William para fora. A tranquilidade de Cavalieri foi tanta, que deveria ter sido obrigado a pagar ingresso.
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O segundo tempo foi mais nervoso. O recuo excessivo deu alento ao Corinthians, que tentou partir para o ataque, mas esbarrou num sólido sistema defensivo. Perigo mesmo só em duas oportunidades: aos 21 minutos num chute de Jorge Henrique, que passou perto e no abafa do último lance, quando Paulo André cabeceou por cima do travessão.
A tática deu certo, mas ficou perigosa quando Fred, Lanzini e Ciro cansaram e os contra ataques sumiram. A entrada de Martinuccio deu novo gás e não fosse um impedimento mal marcado, a chance do segundo seria real porque o atacante só tinha pela frente o goleiro Julio Cesar.
Fred voltou a ser fundamental para a vitória. Correu, marcou, deu passes precisos e ainda fez o gol da vitória. Pena que ainda não esteja na plenitude da forma física.
A defesa também esteve bem. Leandro Euzébio não deu chances a Liedson, que não conseguiu um arremate sequer.
Vualden continuou aprontando, dessa vez com cartões em demasia para os tricolores. Na falta que originou o gol, a falta de Alex foi semelhante a que Mariano havia feito e tomado cartão. Para o corintiano, nada. Coisas de gaúcho recalcado.
Ao final, a choradeira dos perdedores, reclamando que o time jogou mal, Tite alegando cansaço, tudo na tentativa de encobrir o que realmente aconteceu: o Fluminense foi muito superior e não deu chances a eles.
Libertadores, cada vez mais palpável. Se continuar crescendo, quem sabe o Fluzão não chega ao título.
E DÁ-LHE FLUZÃO!

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Força Super Ézio!

A Torcida Tricolor ora e torce por você, principalmente aqueles que se deliciaram com os seus mais de cem gols. Dá-lhe Super Ézio!  

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cruzeiro 1 x 2 Fluminense. O Fluzão está chegando, que venha o Corinthians!

Cruzeiro, a terceira vítima.       (foto: Photocamera / Douglas Magno)

Ainda que sem brindar a torcida com o futebol exuberante das antigas apresentações, o Fluminense foi superior durante a maior parte do jogo e venceu o Cruzeiro em seus domínios.
A vitória poderia ter sido mais tranquila não fosse o vacilo na saída de bola que originou o gol cruzeirense, aos 24 minutos da segunda etapa.
A rigor até aquele momento o Cruzeiro, perdendo por dois gols de diferença, demonstrava não ter forças para reagir. Como Abel abordou a falha na coletiva, deverá conscientizar os atletas a evitar tentativas de sair jogando pelo meio quando se está cercado por vários adversários e principalmente quando entre eles encontrarem-se craques da categoria de Montillo.  
O que não entendi é o que o Carlinhos estava fazendo ali.
Valeu, no entanto, o fato de pela primeira vez a equipe ter conseguido a terceira vitória consecutiva, depois de um turno inteiro de sofrimento.
O que satisfez aos tricolores foi que o Fluminense não se intimidou com a força do Cruzeiro e mesmo fora de casa manteve postura ofensiva a maior parte do tempo.
A primeira oportunidade surgiu aos 11 minutos quando Lanzini cruzou da esquerda na cabeça de Leandro Euzébio, que livre de marcação, errou o alvo.
A eficiente marcação sobre Montillo transformou o Cruzeiro num time apático e seus atacantes só conseguiam chutar de fora da área sem perigo. A exceção ficou por conta de um arremate de Charles, que desviou em Gum e passou rente à trave direita de Cavalieri.
Após algumas chances desperdiçadas Fred, que já havia sido agarrado pelos zagueiros adversários em duas oportunidades, sofreu penalti de Leo que ele mesmo converteu, aos 32 minutos.
Na etapa final, as alterações melhoraram o desempenho do Cruzeiro, mas a defesa tricolor continuou firme até que aos 17 minutos Marquinho completou para as redes um cruzamento de Mariano. Foi um belo gol, mas de um lance um tanto inusitado.
O Tricolor continuou com o domínio da partida até o vacilo fatal que permitiu o gol de Montillo.
A partir daí, o Cruzeiro tentou pressionar, mas defesa conseguiu manter a vantagem até o final.
Cavalieri esteve firme, Mariano aos poucos voltando à forma antiga e Leandro Euzébio deu mais segurança à zaga.
A estreia de Rodrigo foi discreta, compreensível para um atleta que não jogava desde o término do campeonato carioca e que pela primeira vez como titular teve que encarar um adversário do porte do Cruzeiro. Pode ser que resolva a posição de segundo volante, deficiente desde a saída do Arouca.
Lanzini dessa vez não foi tão brilhante, oscilação compreensível para um jogador de dezoito anos e ainda sentindo dores durante a semana.
Fred foi bem, embora ainda esteja nitidamente longe do ideal.
Marquinho muito esforço, muita correria como sempre, mas ainda devendo como armador, apesar do gol.  A apresentação discreta de Ciro poderia servir de alerta ao Abel para dar uma oportunidade ao Martinuccio de jogar uma partida desde o início.
Carlinhos deveria voltar para a reserva e o banco e aumentar a carga de treinamentos.
Uma vitória contra o Corinthians na próxima rodada colocará o Fluzão definitivamente na luta para uma vaga na Libertadores.
Tricolor faça a sua parte. Compareça ao Engenhão!
E DÁ-LHE FLUZÃO! 

domingo, 4 de setembro de 2011

Fluminense 3 x 2 Atlético-GO. A magia voltou!


Os protagonistas: Sobis, dois gols e uma na trave e Moura, um penalti nas nuvens e o gol da vitória.

Foi no sufoco. A vitória, que lembra o início da reação de 2009, dessa vez foi obtida mais por sorte do que por mérito.
O time jogou mal, ou melhor, a defesa jogou mal, atabalhoada nos noventa minutos, mas o que interessa é o que Fluzão ganhou.
Se em várias rodadas anteriores jogou melhor que os adversários e perdeu, finalmente chegou a hora de saborear a vitória num jogo em que o Atlético-GO foi nitidamente superior. Melhor assim, pode ser a sinalização de que a má fase, falta de sorte ou sei lá o que esteja deixando de vez as Laranjeiras.
Ressalte-se que do meio campo pra frente até que a equipe funcionou e conseguiu boas oportunidades para marcar, só não o conseguindo por pequenos detalhes.
Já a defesa foi de arrepiar. Com zagueiros e volantes sem o mínimo cacoete para sair jogando, limitava-se a despachar a bola por meio de chutões que invariavelmente ficava sob o domínio dos goianos.
E quando arriscavam meio que timidamente partir com a bola dominava erravam os passes e propiciavam contra ataques perigosos.
Essa foi a tônica do jogo e o placar do primeiro tempo não foi maior porque a bomba do Vitor Júnior explodiu no travessão.
A situação não se modificou na etapa complementar, embora o time tenha melhorado com as entradas de Martinuccio e Rafael Sobis.
Até mesmo um penalti fortuito conseguido aos 12 minutos, foi desperdiçado por Rafael Moura de forma bisonha. Chance que o goleiro Marcio não perdeu três minutos após, convertendo o penalti bobo de Diogo em Vítor Júnior.
A Torcida desesperada xingava o time, o técnico . Faltavam oito minutos para o término e nem o mais otimista dos tricolores acreditava ser possível fugir da derrota, quando surgiu o gol espetacular de Rafael Sobis, depois de uma tabela perfeita com He-Man.
Nesse momento, torcida e atletas se emanaram num só sentimento e o resultado foi a volta da magia que contagia até que não é torcedor do Fluminense.
Foram oito minutos mágicos. O Fluminense partiu para cima e imprensou o Atlético em seu campo.
O chute por cima de Lanzini, aos 41 minutos, após a volta da bola de  Sobis na trave direita de Marcio, agitou ainda mais a massa tricolor, que não parou de incentivar.
Um minuto depois, jogada de He-Man, rebote de Marcio e gol de Sobis. Alegria total.
Qualquer outro clube tenderia a se dar por satisfeito com o empate conseguido a poucos minutos do fim, mas não o Fluminense quando a sinergia entre torcida e jogadores se faz presente.
E a mágica voltou aos 45 minutos. Falta na intermediária, Marquinho levanta sobre a área e Rafael Moura cabeceia para as redes.
A mídia cretina preferiu realçar os poucos centímetros que ele estava à frente da zaga, distância impossível de ser observada a olho nu. Esqueceu-se de tantos lances em que o Fluminense foi prejudicado, como no Fla-Flu, por exemplo.
O que interessa aos tricolores, no entanto, foi a raça demonstrada durante um jogo em que o adversário foi superior a maior parte do tempo, raça que lembrou o time de guerreiros, ainda que sem os principais deles.
A Libertadores cada vez mais se torna possível e se o Abel conseguir ajeitar a defesa de modo a não bater tanto a cabeça, o objetivo ficará mais fácil ainda de ser alcançado.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

São Paulo 1 x 2 Fluminense. Vitória para recuperação!

Lanzini fez seu primeiro gol com a camisa tricolor. (foto: lancenet / Miguel Schincariol)

Após a derrota para o Botafogo, devida exclusivamente a falhas imperdoáveis da defesa, estava cético quanto ao desempenho do Fluminense no Morumbi.
A mídia em uníssono dava a entender que as únicas alterações que Abel faria seriam as entradas de Ciro, no lugar de Rafael Moura, suspenso pelo terceiro amarelo e Fernando Bob em substituição a Souza.
Ao chegar em casa, liguei logo a TV e o jogo já tinha começado. De imediato surpreendi-me ao ver Marquinho em campo. Imaginei que Abel estivesse repetindo aquela ideia infeliz de jogar somente com Fred à frente.
A imagem de Ciro, logo a seguir, me fez esquecer um pouco do jogo em si e aumentar a concentração nos atletas que estavam em campo.  A presença de Leandro Euzébio foi uma satisfação imensa porque finalmente e equipe estava livre da presença do Marcio Rosário.
Ao constatar que Carlinhos também não estava em campo, exultei de alegria pensando que finalmente o Abel tinha percebido que aquela avenida formada por Marcio e Carlinhos era a maior responsável pela maioria dos gols bobos que o time vinha tomando. Vieram-me logo à mente as imagens do gol do Elkeson e do primeiro gol do América Mineiro.
A esperança ressurgiu e o domínio total dos primeiros trinta minutos deu-me a certeza de que a vitória viria.
A decepção veio ao rever o VT, quando Abel ao ser entrevistado antes do jogo, lamentou a ausência do Carlinhos, fortemente gripado. Uma pena porque a equipe voltará a correr riscos desnecessários com a presença de um lateral que, sem ostentar o melhor de sua forma técnica, quando avança quase sempre perde a bola e deixa o seu flanco desguarnecido para os adversários penetrarem sem serem molestados.
Torço para que Abel estude bem o jogo de ontem e veja que o jogo flui melhor com Marquinho deslocado para a lateral.
Bem, o fato é que o Fluzão conseguiu uma vitória maiúscula, apesar do placar apertado.
Dessa vez a equipe entrou com gana, acuando o São Paulo desde o início e nos primeiros trinta minutos deu um verdadeiro nó no principal genérico.
Abel voltou a escalar o time com três volantes e adiantou a marcação, o que deu ampla liberdade a Lanzini para atuar mais avançado encostando nos dois atacantes, o que manteve o São Paulo preso em sua defesa.
O cartão de visitas tricolor veio logo aos 6 minutos, quando Fred passou para Marquinho livre bater de primeira para difícil defesa de Rogério Ceni.
Pouco depois, Lanzini avançou pela direita e sofreu falta dentro da pequena área, penalti claro ignorado pelo péssimo árbitro goiano.
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A lambança da arbitragem não esmoreceu o ímpeto do Fluzão, que teve sua supremacia em campo coroada aos 17 minutos, quando Lanzini pegou a sobra do chute de Marquinho e venceu Rogério com categoria.
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A rigor, nessa primeira etapa, o São Paulo só assustou em duas oportunidades, numa jogada individual de Dagoberto defendida por Diego Cavalieri e outra boa chance, desperdiçada por Casemiro.
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A defesa tricolor sem as costumeiras avenidas deu poucas chances para os atacantes paulistanos.
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 O segundo tempo mostrou um São Paulo mais disposto e o chute de Lucas que passou perto da trave serviu de alerta para o Fluminense cadenciar o jogo e tentar as jogadas de contra ataques.
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Apenas alguns sustos esporádicos, até que aos 20 minutos Fred foi lançado na área e ajeitou de cabeça para Rafael Sóbis, livre, chutar sem apelação.
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O jogo que deveria ficar mais tranquilo ainda complicou-se com mais uma lambança do caseiro Elmo Alves Resende Cunha, que inventou uma penalidade máxima quando Dagoberto nitidamente jogou-se na área. Para azar da figura travestida de árbitro, o próprio atacante declarou que Leandro Euzébio tocou primeiro na bola antes do choque.
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A noite não era mesmo da arbitragem. Até o badalado Roberto Braatz “não viu” o lance do penalti em Lanzini e o tapa na cara dado por Juan em Fred, ambos à sua frente. Não satisfeito ainda fez pressão para o árbitro dar cartão amarelo para Fred.
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Depois do gol de Rogério Ceni, o Fluminense controlou o jogo e esteve mais perto do terceiro do que o São Paulo do empate.
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Abel aprovou o desempenho do Fluminense, ressaltando a excelente atuação coletiva, com o time bem postado na defesa e sem deixar de atacar um único minuto. Se pensa assim, torço para que ele mantenha a estrutura que deu certo, apenas com Rafael Moura no lugar do Fred e alguém, que não o Marcio Rosário, no lugar do Leandro Euzébio.
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Merecem destaque ainda:
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Fred, o melhor em campo. Livre da obrigação de voltar para buscar jogo, pode atuar fazendo o pivô, o melhor modo até que recupere a plenitude da forma física. Participou efetivamente dos gols e de outros lances perigosos.
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Lanzini, outro que se apresentou bem. Cada vez mais solto, aos poucos vai amadurecendo e mostrando o acerto de sua contratação.
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Rafael Sobis. Confesso que não gostei de sua entrada, preferia tentar o Martinuccio. Sobis, no entanto, queimou a minha língua, fazendo gol e deslocando-se com desenvoltura.
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Leandro Euzébio deu mais segurança ao setor. Mesmo vindo de cirurgia é muito superior aos zagueiros do plantel. Sua presença fez melhorar a atuação do Gum.
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Marquinho, com seu jeito um tanto atabalhoado sempre apronta correria para cima do adversário. Gosto mais dele na lateral do que o Carlinhos atual.
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A defesa com Mariano subindo de produção e Diogo readquirindo a forma antiga, mesmo sem ter a categoria de um Arouca, melhorou em relação aos jogos passados.
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Se Abel mantiver a base de ontem com um mínimo de alterações, pode ser que ainda dê para uma vaga na Libertadores. Para o título, não creio ser possível tirar a vantagem de doze pontos do Corinthians, clube que invariavelmente conta com a ajuda da arbitragem na maioria dos jogos.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!


VALEU, PINHEIRO!


FORÇA RICARDO GOMES!