domingo, 19 de junho de 2016

Sport 2 x 1 Fluminense. Derrota fora do script!

Jornada sem inspiração de Levir.


Não deu dessa vez, embora a lógica tenha prevalecido.

Nosso bom treinador deve ter acordado com o pé esquerdo tamanha a falta de inspiração nas substituições que fez.

Ao trocar o Edson pelo inoperante Dudu, desmontou a barreira que vinha protegendo a zaga nesses últimos cinco jogos e acabou acontecendo o óbvio: falha dupla, primeiro de Henrique e depois do Gum, que conseguiram a proeza de perder a bola para Diego Souza, que mesmo em precárias condições físicas deu uma canseira na dupla de moleirões no lance do gol da vitória pernambucana.

Isso sem contar a desarrumação da defesa no primeiro gol, pouco tempo depois da substituição nefasta.

Quando vi o Dudu no aquecimento, pensei ter entendido o que se passava na cabeça de Levir, trocaria o Scarpa, que até aquele momento tinha errado tudo, passes, cruzamentos, chutes a gol e saídas de bola.

Surpresa e apreensão quando vi que o substituído seria o Edson.

Não que ele estivesse em seus melhores dias, errou também algumas saídas de bola, mas ao menos conseguia dar certa proteção à zaga, conhecida por sua irritante lentidão.

E Scarpa ficou até o fim, irritando a torcida e errando todas as suas tentativas. Nada, absolutamente nada fez de positivo.

E aí que pergunto: por que ele nunca sai? Pressão da diretoria para vende-lo e fazer caixa?

E onde está o treinador macho que barrou o Fred por muito menos?

A insistência em manter o Scarpa jogando todas as partidas pode acabar sendo um tiro no pé, porque se os eventuais interessados prestarem atenção em suas últimas atuações, provavelmente desistirão do negócio, principalmente se forem italianos, escolados que devem estar com a fria que foi a contratação do Gerson.

Apesar de ser muito cedo para uma apreciação definitiva, pelo que  Dudu demonstrou em campo é grande a possibilidade tratar-se de mais um equívoco da direção, agora representada por Jorge Macedo, que igualmente a seus pares anteriores mostrou claramente que não entende nada do esporte.

Nessa transação inclusive suplantou todas as bobagens de Mario Bittencourt ao trocar o Felipe Amorim por alguém pior que ele.

O objetivo da vez de Macedo é a contratação de Ramón Abila, atacante do Huracan, clube que já recusou proposta para a venda de 50% dos direitos do atleta.

Ou seja, negociação difícil, provavelmente muito cara e sem a garantia do retorno esperado e é por isso mesmo que insisto na sugestão de tentar o retorno do Thiago Neves, que já demonstrou nas vezes em que esteve por aqui, que tem tudo para fazer os gols que os atuais atacantes não conseguem.

No intervalo, Levir perdeu-se de vez: primeiro ao optar pelo Giovanni para substituir o Jonathan que sentiu antiga lesão e segundo por sacar o Richarlison em vez do Marcos Junior.

Richarlison é mais forte, cai bem pelas pontas e poderia ser mais útil para servir ao velho e bom Magnata, único ser pensante durante todo o segundo tempo, visto que Cícero passou a jogar recuado depois da saída do Edson.

E pensem bem, como penetrar numa defesa retrancada com Dudu, Scarpa e Marcos Junior municiando o ataque?

Difícil, quase impossível.

Quanto a Giovanni, qualquer outra opção teria sido mais acertada, até o absurdo deslocamento do Scarpa para a lateral.

Que a criatividade e o bom senso voltem à mente de Levir, caso contrário mais uma sapecada do Santos.

E DÁ-LHE FLUZÃO! 

DETALHES:

Sport 2 x 1 Fluminense

Local: Ilha do Retiro, Recife, PE; Data: 19/06/2016
Árbitro: Raphael Claus (Fifa-SP)
Auxiliares: Danilo Manis e Rogerio Zanardo (SP)
Gols: Gabriel Xavier, aos 40' do primeiro tempo; Magno Alves, aos 39' e Diego Souza, aos 45' do segundo

Sport: Magrão, Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Serginho (Clayton, 40'/2ºT), Everton Felipe (Lenis, 16'/2ºT), Gabriel Xavier e Diego Souza; Edmilson (Rodrigo Mancha, 26'/2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira

Fluminense: Cavalieri, Jonathan (Giovanni, intervalo), Gum, Henrique e Wellington Silva; Douglas, Edson (Dudu, 37'/2ºT), Cícero e Scarpa; Marcos Júnior e Richarlison (Magno Alves, intervalo). Técnico: Levir Culpi

3 comentários:

Tricolor! disse...

Vamos falar claro?

Nosso time tá cadinho esse ano.
É elenco para meio de tabela.

Libertadores é um sonho quase impossível.
Falar em título soa lunático.

Mas também ACHO (nunca se sabe) que não temos time pra cair. Há muitos botafogos na disputa.

Creio que ficaremos nesse modorrento empata-empata-ganha-perde até o final da arrastada competição.

Sem querer ser nostálgico, se fosse o bom e velho sistema de pontos corridos, teríamos chances de numa arrancada final beliscar um 8º lugar e partir pro sejaoquedeusquiser no mata-mata.

Poderíamos tranquilamente almejar o título.
Contudo, com esse formato "justo", mas chatíssimo, nesse ano aspiramos a porra nenhuma.

Boa semana e
Saudações Tricolores!

Tricolor! disse...

ERRATA: caidinho

Helio R.L. disse...

Concordo com você, esse time é uma draga. Nenhum deles entraria no Fluminense de meus sonhos.

A começar pelo gol, onde o reserva é melhor que o titular e também na zaga, ambos piores que o Marlon.

Já pensou depender de Marcos Junior, Osvaldo e Maranhão para fazer gol? Deve ser por isso que o Richarlison, que não é nenhuma Brastemp, não engrena.

Vc. está muito otimista, caro Tricolor, pois se não contratarem um bom atacante, um lateral esquerdo médio que seja e um substituto para o enganador Scarpa, iremos sim brigar para não cair.

Gosto do trabalho do Levir, mas quando olho para o Palmeiras jogar, dá uma saudade tremenda do Cuca.

E a besta do Siemsen não conseguiu contratá-lo.

Abraços Tricolores.