terça-feira, 30 de outubro de 2012

Por que o Fluminense incomoda tanto?




Primeiro falaram das arbitragens.

Independentemente do veículo em que trabalham os “imparciais” comentaristas utilizaram-se de todos os meios disponíveis para apontar os erros que ajudaram o Tricolor a alcançar a liderança absoluta do campeonato. Alguns realmente aconteceram, do mesmo modo que também ocorreram falhas nos jogos dos demais concorrentes.

A diferença abissal é que no caso do Fluminense os vídeos foram repetidos à exaustão e o assunto rolou durante semanas inteiras.

Utilizou-se de pareceres de ex-árbitros, como se infalíveis fossem. O próprio Leonardo Gaciba, consultado por diversas vezes, é aquele mesmo que anulou o gol de Rodriguinho contra o Corinthians por alegação de impedimento, quando o avante tricolor estava a uma distância de dois metros e quarenta centímetros atrás do último defensor, conforme demonstrou o “tira-teima”. Quem quiser conferir é só verificar a postagem do dia 23 de maio de 2010, ou procurar o lance no youtube.

Os erros contra são logo esquecidos e citados apenas ocasionalmente. Só para exemplificar, nenhuma ênfase foi dada ao gol de Wellington Paulista com a ajuda da mão, ao gol de Samuel contra o Santos, anulado por impedimento mal assinalado e muito menos sobre o gol de Fred contra o endeusado Galo no Engenhão, erros esses que se não tivessem sido cometidos aumentariam a distância para o segundo colocado em sete pontos.

Sempre com o cuidado de deixar claro que não acreditam em esquemas ou teorias de conspiração, os constantes questionamentos dirigidos quase sempre ao mesmo clube serviram apenas para incitar as torcidas.

O exemplo mais impressionante foi o comportamento dos adeptos do Atlético Mineiro, cujas imagens deixavam transparecer um ódio incompreensível e que nunca havia ocorrido antes. Parecia até que alguns deles soltavam fogo pelas ventas.

A proliferação dos erros nos jogos dos outros clubes esvaziou um pouco o assunto e, então, o foco passou a ser direcionado para a contestação do futebol apresentado.

Embora sempre enfatizando a maior qualidade do elenco tricolor, procuram sempre usar de artifícios para diminuir a campanha histórica do Fluminense.

Não basta ter o melhor aproveitamento da época dos pontos corridos, o melhor saldo, o ataque mais positivo, a defesa menos vazada e o artilheiro do campeonato, porque para eles o time nunca joga bem e vence a maioria das vezes por pura sorte.

Fazem chacotas com as sete vitórias por 1 a 0 ignorando o fato de que o Atlético, para eles “o time da moda”, também venceu pelo placar de 1 x 0 as mesmas sete vezes.

O clímax foi alcançado por Guilherme Abrahão e Luiz Gustavo Moreira, talvez rubro-negros ou corintianos enrustidos, sei lá, no artigo publicado no Lancenet e logo acolhido pelos doutos “senhores da verdade” da ESPN.

O artigo traça um paralelo com a equipe campeã de 1951, que sob o comando de Zezé Moreira, ganhou várias partidas pelo escore mínimo e passou a ser apelidada de “Timinho”.

Sob o aspecto histórico, o artigo até que tem o seu valor. O problema é a distorção dos dados, como demonstra o trecho reproduzido a seguir, que sinaliza claramente a tendência de contestar a eficiência do líder:

“62% DE VITÓRIAS MAGRAS”
“Neste Campeonato Brasileiro, o Fluminense soma a incrível marca de 21 vitórias em 33 rodadas. Contudo, 62% dessas vitórias foram por apenas um gol diferença. São 13 triunfos conquistados pela diferença mínima. Nos clássicos, por exemplo, o Fluminense soma quatro vitórias, todas desta forma: 1 a 0, duas vezes, sobre o Flamengo; 1 a 0 sobre o Botafogo; e 2 a 1 sobre o Vasco.
Para completar, das últimas seis vezes que o Fluminense deixou o campo com os três pontos na bagagem, cinco vitórias ocorreram pela diferença mínima.”.

Muitos devem estar se perguntando por que considero o artigo tendencioso. Simplesmente pelo fato de que neste campeonato as vitórias por diferenças mínimas  não são exclusividade do Fluminense.

Basta compará-los com os do Atlético Mineiro para verificar facilmente a manipulação estatística.

Se por um lado o Fluminense obteve 61,9% das vitórias por um gol, o Atlético obteve 61,1% de suas vitórias também por diferença mínima, ou seja, desempenho semelhante, estrategicamente esquecido pelos articulistas.

A tabela a seguir compara os desempenhos dos dois clubes.

                                                       Fluminense             Atlético-MG
Vitórias por 1 x 0                                  7                                 7
Vitórias por diferença de 1 gol            6                                 4
% sobre vitórias:                         (13/21) = 61,9%         (11/18) = 61,1%


E é por isso que a pergunta continua: Por que o Fluminense incomoda tanto?


E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Fluminense 2 x 1 Coritiba. Falta pouco!



Autor do primeiro gol e do passe para o segundo,
Wellington Nem destruiu a defesa do Coritiba
  
Jogaço, emoção do princípio ao fim. Nenhuma polêmica infundada sobre arbitragem, embora o Luiz Carlos Junior, durante a transmissão, fizesse questão de conferir um impedimento de Wellington Nem não assinalado simplesmente porque a bola correu mais que ele e morreu nos braços do bom goleiro Vanderlei.

Marcar a infração numa condição dessas só serviria para atrasar o jogo.

Posturas inoportunas como a desse jornalista estão entre as causas que acirram as desavenças com as torcidas e só servem para enfurecer os ânimos.

O Fluminense jogou como autêntico campeão. Apoiado por quase trinta e quatro mil tricolores, buscou o gol desde o início e logo no primeiro lance teve uma bola na trave na falta cobrada por Thiago Neves.

O Coritiba também jogava bem, equilibrava a posse de bola, mas não conseguia arrematar contra a meta de Cavalieri, tanto assim que o goleiro só chegou a ser incomodado nos minutos finais da primeira etapa.

Wellington Nem, em noite de gala, aproveitou-se de um erro de passe para arrancar para cima da defesa paranaense e assinalar o primeiro aos quinze minutos.

A registrar o fato de que Nem procura sempre manter-se de pé sem usar o artifício desonesto de muitos atletas, que se jogam ao chão a qualquer simples contato com o objetivo de confundir os árbitros.

No lance, foi agarrado e empurrado por Escudero e ainda assim consegui livrar-se e completar para o gol.

Poderia ter-se consagrado marcando mais dois gols, perdidos de dentro da grande área por excesso de preciosismo. Corrigindo esse pequeno senão tem tudo para evoluir cada vez mais.



Na jogada do segundo gol mostrou serenidade ao procurar o companheiro melhor posicionado e colocou a bola com açúcar na cabeça de Thiago Neves.




Cavalieri confirmou sua ótima fase e apareceu bem quando foi necessário. Não teve culpa nenhuma no gol sofrido.

Bruno teve outra boa atuação. O gol salvo de bicicleta foi uma jogada antológica.

Jean ditou o ritmo do meio de campo. Fecha o setor como poucos e ainda tem habilidade para armar jogadas de ataque.

Já Digão voltou a deixar a torcida com os cabelos em pé, atabalhoado e autor de uma furada impressionante no último lance do jogo, que por sorte, não se transformou no empate.

E o pior que essas falhas grotescas só ocorrem nos finais das partidas, vide o gol de empate do Grêmio.

Preocupante as condições físicas de Deco e Wagner.

Suas frequentes contusões têm privado o Fluminense da criatividade no setor de meio campo e se a Diretoria Tricolor estiver realmente pensando em disputar a próxima Libertadores para ganhar não poderá abster-se de considerar seriamente o retorno do Conca, jogador que nunca é expulso, não leva cartão amarelo e praticamente não  se contunde e que por isso mesmo foi a mola mestra do título de 2010.

Apesar de todos os percalços, o sufoco curitibano não vinha sendo dos maiores até o momento em que o Abel resolveu “reforçar” a defesa colocando mais um volante.

Foi como sinalizasse para o Coritiba: “Podem atacar, porque eu vou me defender”. E a repetição do filme foi inevitável.

Após o jogo, nosso treinador declarou: "Estou ficando muito velho para aguentar essas emoções".

E aí que eu acrescento: “Então para de botar o Diguinho?”



DETALHES:

Fluminense 2 x 1 Coritiba

Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ); Data: 25/10/2012

Árbitro: André Luís Castro (GO)

Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago (Fifa/MG) e Fabiano Ramires (ES)

Gols: Wellington Nem, aos 15' do primeiro tempo; Thiago Neves, aos 25' e Éverton Ribeiro, aos 36' do segundo.

Cartões amarelos: Deco

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco (Wagner, 12'/2ºT, depois Diguinho, 26'/2ºT) e Thiago Neves (Rafael Sobis, 39'/2ºT); Wellington Nem e Fred. Técnico: Abel Braga.

Coritiba: Vanderlei, Victor Ferraz (Ruidiaz, 31'/2ºT), Luccas Claro, Escudero e Denis Neves (Pereira, 31'/2ºT); Gil (Anderson Aquino, 42'/2ºT), Willian Farias, Everton Ribeiro, Lincoln e Rafinha; Deivid. Técnico: Marquinhos Santos.


E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!

(fotos: Lancenet.com.br / Paulo Sergio)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Atlético-MG 3 x 2 Fluminense. Festa adiada!

"Os Três Mosqueteiros Tricolores" evitaram a goleada.



É inegável que o Atlético jogou melhor, mas mesmo assim é inconcebível permitir tanta liberdade para Ronaldinho cruzar e Leonardo Silva cabecear livre no minuto final.

Foi mais um erro crasso de posicionamento, que deixou Carlinhos isolado para pular com o zagueiro adversário no lance capital. Pela diferença de estatura, creio que até sem sair do chão o Leonardo levaria vantagem.   

Não consigo entender como o Abel não consegue acertar o posicionamento da defesa em meio a tantos treinamentos.

Não me impressiono com o fato dela ser a menos vazada do campeonato, porque isso só acontece devido à excelente forma de Diego Cavalieri. E graças a Deus que o Mano pensa diferente.

Se em vez de "rachões" às vésperas dos jogos, fossem enfatizados treinamentos táticos de posicionamento, talvez esses erros recorrentes diminuíssem.

De qualquer modo, permanece a certeza de que foi apenas mais uma tarde aziaga e que o título sofrerá apenas um pequeno atraso.

Aliás, desde o momento em que Jean tomou o terceiro amarelo abdiquei de sonhar com a vitória no campo de futebol “soçaite”

Passei a considerar o empate como um resultado palpável, desde que fosse o Valencia o escolhido para jogar.

Com a notícia de sua contusão e a confirmação da presença de Diguinho, coloquei as barbas de molho e quando logo no início do jogo vi que caberia a ele a marcação sobre o Ronaldinho, descartei até o empate.

Empate que poderia ter vindo graças à genialidade de Fred e Wellington Nem, que jogaram praticamente isolados durante quase todo o tempo, pois os volantes além de não saberem sair jogando não davam a cobertura necessária ao Bruno, que acabou sendo seguidamente envolvido pela dupla Bernard e Ronaldinho.

Deco repetiu a mesma atuação apagada demonstrada no jogo com o Grêmio e ainda que seja genial, o cansaço sinaliza para mais dificuldades no próximo ano.

Thiago Neves também continua com atuações apagadas, talvez as passagens pela Seleção estejam atrapalhando.

Quinta-feira próxima, mais um capítulo e dessa vez no Engenhão, lugar onde todo tricolor verdadeiro deve estar.

A vitória manterá a folga na tabela, que ainda deverá aumentar quando os mineiros vierem ao Rio enfrentar Vasco e Botafogo em campos com dimensões maiores.

Calma tricolores foi apenas um adiamento. Breve estaremos gritando: “É CAMPEÃO”!

E o Cuca, com todo o chororô que lhe é característico, será VICE mais uma vez.


E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!


DETALHES:

Atlético-MG 3 x 2 Fluminense

Local: Independência, Belo Horizonte (MG); Data: 21/10/2012

Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)

Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Kléber Lúcio Gil (SC)

Gols:  Wellington Nem, aos 10', Jô,aos 23' e 36', Fred, aos 40' e Leonardo Silva, aos 47’ do segundo tempo.

Cartões amarelos: Deco, Carlinhos, Diguinho e Fred

Atlético-MG:  Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Júnior César; Pierre (Leonardo, 42'/2ºT), Leandro Donizete, Guilherme (Neto Berola, 16'/2ºT), Bernard (Richarlyson, 48'/2ºT) e Ronaldinho; Jô - Técnico: Cuca.

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho (Samuel, 39'/2ºT) e Diguinho; Wellington Nem, Deco (Wagner, 29'/2ºT) e Thiago Neves (Rafael Sóbis, 29'/2ºT); Fred - Técnico: Abel Braga.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fluminense 2 x 2 Grêmio. Decisão em BH.

Comemoração do gol de Rafael Sobis. 

A série de contestações espúrias, tanto sobre o pseudo favorecimento da arbitragem quanto à qualidade do futebol apresentado pelo Fluminense, emanadas de “cabeças coroadas”  da mídia cretina, deixaram em muitos tricolores uma sensação de frustração por não entender o porque do grau da orquestração tendenciosa sobre uma equipe que vem apresentando o melhor rendimento de todos os tempos do Brasileirão.

A empáfia tem sido de tal monta, que até a afirmação do filho de um deles, também jornalista, de que marcaria o pênalti contra a Ponte não foi levada em consideração, tamanha a gana em contestar a superioridade imensurável do Fluminense.

Até mesmos locutores que se dizem tricolores comungam do mesmo estado da arte, como pode ser comprovado no VT do jogo de ontem, quando a jogada que originou o gol do Elano foi passado exaustivas vezes para confirmar se a falta havia sido realmente cometida fora da área. E notem que nem o fato do lance ser convertido em gol aplacou a gana desses profissionais.

Como consequência os adeptos do Galo, clube com mais erros de arbitragem a favor, julgam-se prejudicados e demonstram uma intranquilidade perigosa. O fenômeno influenciou também aos atletas mineiros, que entram em campo ensandecidos em busca dos gols a ponto de ignorar até o fato de ter um companheiro desacordado em campo, como ocorreu no jogo contra o Santos.

Espero que esses irresponsáveis da mídia, que se aproveitam da propalada liberdade de expressão, reflitam um pouco sobre o mal que estão fazendo ao futebol brasileiro.

Deixando toda essa cretinisse de lado, vamos ao jogo.

Uma pena o empate de ontem. O time pareceu mais nervoso do que de costume e acabou perdendo a chance de conseguir a sexta vitória consecutiva.

Em termos de título, o prejuízo não foi tão grande, principalmente porque o concorrente mais próximo demonstrou novamente que não mais consegue vencer fora de seus domínios.

A equipe sentiu a falta de Wellington Nem e por isso mesmo não conseguiu armar os costumeiros contra ataques mortais.

Thiago Neves, de volta da Seleção “made in England” apresentou-se cansado e não rendeu o seu máximo.

A grande distância da liderança impunha ao Grêmio a necessidade de buscar a vitória, único resultado que ainda poderia dar uma tênue esperança de título.

E o que se viu foi um domínio dos gaúchos na primeira etapa e nos primeiros minutos da segunda até o momento em que conseguiram o gol.

A desvantagem despertou o melhor time do campeonato, que não precisou de muito tempo para a virada.

E a vitória só não foi sacramentada pela repetição de um erro recorrente dos craques tricolores: o individualismo excessivo.
Dessa vez Fred pensou mais na
 artilharia do que na vitória

Na postagem passada, nosso amigo “Tricolor” contestou a qualidade do Marcos JR e um dos pontos mais criticados foi justamente o excesso de individualismo, ao que respondi que esse mal afligia a todos sem exceção.

Pois bem, ontem foi a vez do Fred, logo ele, que jogou fora a confirmação da vitória aos 29 minutos quando se negou a passar a bola para Rafael Sobis, livre e sem goleiro, preferindo concluir e de dentro da área chutou para fora.

Tem crédito o nosso capitão, mas lá se foram dois pontos que aumentariam a distância e o desespero do Galo.  

A ressaltar ainda a pane geral no gol do Elano. Do local da batida da falta seria impossível atingir a meta porque não havia espaço suficiente para encobrir a barreira.

O único modo seria levantar a bola sem muita força, o que facilitaria a defesa de Cavalieri. Ao pular, a barreira deixou o caminho livre para o meia gremista chutar rasteiro.

A distância para o Atlético-MG continua de nove pontos. Uma vitória domingo confirma o título e mesmo em caso de derrota, duvido que o Fluminense deixe escapar a diferença de seis pontos.

Se jogar com a cabeça no lugar, o Fluminense não perde.

Preocupa-me apenas a suspensão do Jean, porque periga do Abel escalar o Diguinho, mesmo sendo o Valencia a melhor opção.

Espero que o Abel não entregue o ouro para o Cuca.


E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO  !


DETALHES:

Fluminense 2 x 2 Grêmio

Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ); Data: 17/10/2012

Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-PE)

Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP)
Gols: Elano,aos 9, Digão, aos 13', Rafael Sobis, aos 17' e Zé Roberto, aos 40' do segundo tempo.

Cartões amarelos: Jean

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho e Jean; Wagner (Thiago Neves , intervalo), Deco e Rafael Sobis (Marcos Júnior, 34'/2ºT) e Fred.  Técnico: Abel Braga.

Grêmio: Marcelo Grohe, Pará, Werley, Gilberto Silva e Anderson Pico; Fernando (Marquinhos, 18'/2ºT), Marco Antônio, Elano (Léo Gago, 27'/2°T) e Zé Roberto; Leandro (Marcelo Moreno, 18'/2ºT) e Kleber - Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

(fotos: Terra.com.br / Dhavid Normando / Photocamera)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fluminense 2 x 1 Ponte Preta. Falta pouco!

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Gum  comemora com três das revelações da base: Marcos Junior, Higor e Samuel

A esperança de uma vitória tranquila desvaneceu-se logo no primeiro minuto de jogo.

Antes mesmo que qualquer jogador tricolor tocasse na bola, Luan recebeu de Roger, livrou-se da marcação de Digão e observando a má colocação de Cavalieri chutou no ângulo com extrema maestria.

Sem desmerecer a beleza do gol, se Cavalieri não estivesse em cima da risca da pequena área, certamente teria mais condições para efetuar a defesa.

Não chegou a ser uma falha grotesca, mas foi a repetição do mesmo erro ocorrido no segundo gol do Atlético Goianiense.

Difícil saber se o gol seria evitado se ele estivesse sob as traves, mas nunca é demais estar atento a jogadas desse tipo.

De qualquer forma, nosso goleiraço tem muito crédito e bafejado pela sorte de campeão, o Tricolor conseguiu a virada.

O gol relâmpago desestabilizou o Fluminense, que errou muitos passes nas tentativas atabalhoadas de conseguir o empate.

Aos poucos, a calma foi voltando e o domínio foi quase total durante todo o resto da partida, tanto assim que Cavalieri não fez uma defesa sequer.

O nervosismo, entretanto, continuou presente e contribuiu para o sucesso da Ponte no bloqueio das laterais e nas recuperações de bola, de modo que o placar não mais se modificou durante toda a primeira etapa.

No intervalo Abel lançou Marcos Júnior no lugar de Sobis, sumido em campo e passou a atacar pelas duas pontas com Fred centralizado.

A defesa da Ponte Preta passou a apelar para as faltas, até que numa delas Wendel recebeu o segundo amarelo e foi expulso.
Fred continua artilheiro.

Abel, que já tinha substituído Edinho por Higor, aproveitou a vantagem de um homem e colocou Samuel no lugar de Carlinhos. 

A estrela do treinador brilhou e em sua primeira jogada Samuel tocou de calcanhar e a bola bateu na mão de Luan. 

Pênalti polêmico convertido por Fred.

Após o empate o Fluminense aumentou a pressão até conseguir o gol da vitória com Gum, que escorou de cabeça a cobrança de Wagner da lateral da área.

O resultado foi obtido no sufoco, embora o jogo tenha sido praticamente um duelo de gato contra rato.  

A destacar também a sensibilidade do Abel no lançamento gradual das revelações da base. A formação de hoje contou com cinco delas: Digão, Wellington Nem, Marcos Júnior, Samuel e Higor.

Na próxima, contra o Grêmio, a batalha fundamental para a conquista do tetra, logo lugar de tricolor será no Engenhão.

Faça a sua parte e não falte!

E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!

DETALHES:

Fluminense 2 x 1 Ponte Preta

Local: São Januário (RJ); Data: 14/10/2012

Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)

Assistentes: Fábio Pereira (TO) e Fabiano da Silva Ramires (ES)

Gols: Luan, a 1’ do primeiro tempo e Fred, de pênalti, aos 34’ e Gum, aos 42' do segundo.

Cartões amarelos: Marcos Júnior e Wellington Nem (FLU)

Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Digão, Gum e Carlinhos (Samuel, 31'/2ºT); Edinho (Higor, 21'/2ºT), Jean e Wagner; Rafael Sobis (Marcos Júnior, Intervalo), Fred e Wellington Nem - Técnico: Abel Braga

Ponte Preta: Edson Bastos; Cicinho, Ferron, Diego Sacoman e João Paulo; Baraka, Wendel Santana, Renê Júnior e Nikão (Tony, 31'/2ºT); Luan (Uendel, 44'/2ºT) e Roger (Giancarlo, 32'/2ºT) - Técnico: Guto Ferreira.

(fotos: Terra.com.br / Mauro Pimentel)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Bahia 0 x 2 Fluminense. Rala, Secador!

Custou, mas chegou a vez do Bruno.  (foto: Nelson Perez / Fluminense F. C.) 


E o tetra cada vez mais perto.

Embora possua o melhor aproveitamento do campeonato, o maior número de vitórias, o melhor saldo de gols, o ataque mais positivo, a defesa menos vazada, o maior artilheiro e de lambuja ter a vantagem de nove pontos sobre o segundo colocado, a mídia cretina e seus incautos seguidores teimam em desconsiderar a qualidade do Fluminense.

Nesses mais de cinquenta anos em que acompanho a saga tricolor jamais vi a negação do óbvio de forma tão arraigada. Parece um sentimento mesclado de bairrismo, recalque, sei lá. Talvez frustração por não terem o privilégio de ser tricolor.

Quase sempre empunham a bandeira de que o time não joga bem e vence a maioria das vezes por pura sorte. Fazem chacotas com as oito vitórias por 1 a 0 e deitam loas ao Atlético-MG, hoje por eles eleito como o “suprassumo”, esquecendo-se de que os mineiros obtiveram sete vitórias pelo mesmo placar.

Preferem negar a superioridade do elenco líder e enaltecer as qualidades de um time que só consegue jogar bem quando dispõe de seu onze titular e quase sempre no alçapão de BH, de dimensões reduzidas. Ignoram que em campos maiores, o seu “time mágico” não anda e já acumula cinco derrotas.

E o que falam sobre as arbitragens? Erros a favor do Fluminense são temas de debates infindáveis durante toda a semana. Impedimentos por um ou dois centímetros de diferença e impossíveis de serem detectados a olho nu são mostrados exaustivamente de todos os ângulos possíveis, enquanto que os erros contra são discretamente comentados e logo empurrados para debaixo do tapete.

Chegam ao cúmulo de questionar a importância de nossos craques maiores, muitas vezes ausentes pelas infindáveis contusões.

Deviam ficar satisfeitos porque se Fred e Deco estivessem em campo em todas as rodadas, a essa altura do campeonato o título certamente já estaria decidido.

E é assim que eles sofrem. Em vez de se preocuparem com os clubes de sua preferência, transferem sua admiração para outros menos emblemáticos como forma de denegrir a imagem dos virtuais vencedores.


E nesse momento mágico do Tricolor é que sinto uma satisfação imensa em deliciar-me com o desespero desse recalque disfarçado a ponto de reproduzir o “quadro dos malas” para regozijo de toda a Família Tricolor e para os quais apenas a única mensagem a ser endereçada é a do título da postagem: 

Rala moçada porque esse ano não tem pra ninguém!

O jogo em Salvador seguiu o script de sempre. Enaltecidos com os elogios pela ótima campanha no segundo turno, os jogadores do Bahia partiram para o ataque e impuseram aquela pressão que a defesa tricolor já está acostumada a sofrer.

Quando conseguiam desvincilhar-se da marcação paravam nas mãos de Cavalieri ou nas traves tricolores, uma tradição desde os tempos do inesquecível Carlos Castilho.

E como sempre, o Fluminense foi se recompondo aos poucos até dar os golpes mortais, que colocam os adversários fora de combate.

E nesta noite, com o esplendor de Deco e Fred um tanto ofuscados, surgiram novos protagonistas para estufar as redes adversárias.

Primeiro foi o Bruno, com um golaço digno de craques das melhores estirpes. O balão de cabeça em Jussandro, o drible seco em Titi e o arremate certeiro foram coisas de cinema.


Fred comemora junto a Sobis 
(foto: Netflu.com.br / Fluminense F. C. / BP)

Mais tarde, voltou a brilhar a estrela de Rafael Sobis com um petardo indefensável para Marcelo Lomba.


A partir daí o jogo estava ganho e a Torcida exultava aos gritos de “olé!” e “é campeão!”.
  
Com o chocolate que o Atlético-MG levou em Porto Alegre, ouso afirmar que agora ninguém mais poderá obter esse título, o Fluminense é que poderá jogá-lo fora.


Arrisco-me mesmo a dizer que não se trata mais de saber quem será o campeão, mas sim em que rodada o título será confirmado.

E, finalmente, vivas ao Abel por ter deixado de lado a idéia de retrancar o time sempre que abre a contagem.


E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!


DETALHES:

Bahia 0 x 2 Fluminense.

Local: Pituaçu, Salvador (BA);  Data: 10/10/2012

Árbitro: Raphael Claus (SP)

Auxiliares: Kleber Lucio Gil (SC) e Thiago Gomes Brígido (Fifa/CE)

Gols: Bruno, aos13' e Rafael Sobis, aos 29' do segundo tempo

Cartões Amarelos:  Edinho, Deco e Wellington Nem

Bahia: Marcelo Lomba; Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel, Diones, Hélder (Fabinho, 24'/2ºT) e Zé Roberto (Cláudio Pitbull, 18'/2ºT); Gabriel e Elias (Lulinha, no intervalo). Técnico: Jorginho

FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno, Digão, Gum, Carlinhos; Edinho, Jean, Deco (Wagner, 28'/2ºT); Rafael Sobis (Samuel, 35'/2ºT), Fred e Wellington Nem (Marcos Júnior, 27'/2ºT). Técnico: Abel Braga