segunda-feira, 30 de março de 2015

Fluminense 4 x 2 Barra Mansa. Ataque nota dez, mas a defesa..

Esse trio ainda vai dar o que falar.

Muita chuva, gramado acanhado e pesado, iluminação precária e mais uma vez o Fluminense obrigado a jogar fora do Maracanã, mesmo com o mando de campo a seu favor.

Provavelmente mais uma artimanha da federação satânica que faz de tudo para que o Tricolor não participe das finais.

Incompreensível, porém, a aceitação passiva de Peter e Bittencourt contra essas arbitrariedades.

Mas, para desespero dos satânicos, o Flu venceu e agora só depende de si para estragar seus planos espúrios.

Garantia frágil porque nada impede que nas próximas duas rodadas outras artimanhas sejam planejadas.

O jogo em si foi tenso.

A estratégia de Drubscky funcionou muito bem do meio para frente, mas atrás muitos espaços foram deixados a mercê dos contra-ataques do Barra Mansa, que só não se transformaram em gols devido à pontaria pouco eficiente de seus atacantes e algumas defesas milagrosas de Cavalieri.

A tentativa de correção com a substituição do Gum, ainda visivelmente fora de suas melhores condições físicas, esbarrou na escolha do substituto.

Victor Oliveira já teve várias oportunidades e na maioria delas não foi bem.

Responsável direto pela derrota para o Vasco quando deu um agarrão desnecessário dentro da área__ lance que decretou a derrota__ ontem falhou bisonhamente, aos onze minutos da etapa final e o gol de empate aquela altura só não saiu porque Giovanni cortou o passe final desviando ligeiramente a bola com a mão.

A esperança é que nessa semana livre para treinamentos o treinador comece a conhecer melhor os defensores que tem à disposição e pare de repetir as opções do Cristóvão que se mostraram equivocadas.

Para que não soframos tanto contra o Flamengo seria aconselhável prender sempre um dos volantes à frente da defesa para evitar confrontos diretos entre nossa zaga e os atacantes rubro-negros.

Mas nem tudo foi decepção.

As jogadas de ataque foram o ponto alto da equipe.

O time que quase não conseguia chutar a gol teve fez menos que quinze arremates. 

O entrosamento entre Gerson, Kenedy e Fred tende a aumentar com a sequência de jogos, embora seja prudente ter em mente que os garotos poderão sofrer oscilações e necessitarão de apoio incondicional para que não se percam pela necessidade de resultados imediatos.

Wagner não foi mal, mas teve participação mais modesta e a entrada de Vinícius mostrou-se boa opção.

Talvez, no futuro, Robert possa ter oportunidade de atuar na posição.

Quem sabe se com Fred e três moleques infernizando as defesas adversárias, a fixação de um volante junto aos zagueiros possa ser implantada  mais facilmente, pelo menos até que o clube consiga contratar um zagueiro melhor?

Próximo domingo a batalha decisiva... E lugar de tricolor é no Maracanã. Vamos dividir o estádio com eles!

E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO CARIOCA – 13ª RODADA

Fluminense 4 x 2 Barra Mansa

Local: Estádio Claudio Moacyr, Macaé, RJ: Data: 29/03/2014
Árbitro: Luis Antônio Silva Santos (RJ)
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos (RJ) e Francisco Pereira de Sousa (RJ
Gols: Hudson, aos 13'/1ºT), Fred, aos 17' e /2ºT) Kenedy, aos 28' dp primeiro tempo; Fred, aos 33', Gerson, aos 34' e Jean, aos 44'do segundo.
Cartões amarelos: Wellington Silva e Kenedy

Fluminense: Cavalieri; Wellington Silva, Gum (Victor Oliveira, intervalo), Marlon e Giovanni; Edson, Jean, Gerson e Wagner (Vinícius, 31'/2ºT); Kenedy (Marlone,22'/2ºT) e Fred. Técnico: Ricardo Drubscky.

Barra Mansa: Tiago Leal; Dudu (Jefferson, 24'/2ºT), Romulo, Thiagão e Nandinho; Sena, Rafael, Maicol (Rodriguinho, 23'/2ºT) e Vitinho; Hudson e Caique (Jean, 34'/2ºT). Técnico: Hilton de Oliveira.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Fluminense 3 x 0 Cabofriense. Boa estreia!

A mescla com a base sempre foi o segredo do sucesso tricolor. (foto: Nelson Perez / FFC)

É claro que é muito cedo para qualquer avaliação sobre o trabalho de Drubscky, que para provar competência vai ter que mostrar muito mais.

A primeira impressão, porém, foi positiva. A começar pela reintegração de Ronan e Martinuccio, afastados do convívio dos demais sem razão alguma.

A meu ver, casos de indisciplina constituem-se nas únicas justificativas plausíveis para que jogadores sejam colocados para treinar em separado.

Além do mais não deixa de ser um contrassenso pagar salário e não deixar o atleta trabalhar.

Essa característica não pertence apenas ao Cristóvão, é prática comum de vários “professores” e recente até no bicampeão brasileiro com o afastamento imbecil do Dagoberto.

Quanto ao jogo, Drubscky mostrou maturidade ao manter a formação que melhor cor respondeu no ano.

Mostrou também coerência ao manter o Gerson em campo o tempo todo, única maneira do garoto desenvolver todo o seu potencial.

Ao ver a substituição do Wagner pelo Vinícius imaginei o famigerado deslocamento do Gerson para os lados do campo, conceito errático que sempre o fizeram cair de produção.

Aí gostei mais uma vez do que vi: Gerson no meio na maioria das vezes com o deslocamento do Vinícius pela esquerda.

Também vi com bons olhos a oportunidade de participação dada ao Walter com a substituição do Fred realizada no tempo exato, para descansar depois de ter alcançado o seu gol.

O jogo foi tranquilo e a defesa não sofreu tanto como antes. Graças a Deus não vi a linha burra entrar em campo.

Ah, mas o adversário era fraco.

Claro que sim, mas não seriam igualmente fracos Tigres, Volta Redonda...?

Drubscky nunca foi o técnico de meus sonhos, mas como perdemos a chance de contratar outros mais experientes ao final do ano passado, só nos resta dar um voto de confiança e torcer para que tudo dê certo.

E para dar certo nesse campeonato carioca, Peter tem que parar com essa briguinha de notas oficiais que não trazem nenhum benefício ao clube e agir com a força que o Fluminense lhe outorga.

Processos, liminares e tudo o mais que for possível para que a parceria com o Maracanã seja respeitada pela dupla maléfica que define os destinos do futebol carioca a seu bel prazer.

O pleito por juízes de outras federações nos três jogos finais da Taça Guanabara também seria um alento para os combalidos corações tricolores, principalmente agora com quatro titulares pendurados.

E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO CARIOCA – 12ª RODADA

Fluminense 3 x 0 Cabofriense

Local: Estádio Mario Filho, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ: Data: 26/03/2015
Juiz: Lenilton Gomes Junior (RJ) 
Assistentes: Lilian da Silva Bruno (RJ) e Andréa Marcelino de Sá (RJ) 
Gols: Gerson (22'/1ºT), Edson (12/2ºT) e Fred (33'/2ºT)
Cartão amarelo:  Kenedy

Fluminense: Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Marlon e Giovanni; Edson, Jean, Gerson e Wagner (Vinícius, 20'/2ºT); Kenedy (Lucas Gomes, 39'/2ºT) e Fred (Walter, 35'/2ºT). Técnico: Ricardo Drubscky.

Cabofriense: Rafael; Lenon, Leandro Souza, Vladimir e Leandro; Hiroshi, Everton (Chiquinho,18'/2ºT), Gerson e Marcinho (Marco Aurélio, 30'/2ºT); Gilcimar (Fabrício Carvalho, 30'/2ºT) e Arthur. Técnico: Edson Souza.

terça-feira, 24 de março de 2015

Fluminense 1 x 1 Tigres. A demissão tardia!


A demora na substituição de Cristóvão poderá causar danos irreversíveis no decorrer das competições nacionais.

Todo tricolor com um mínimo de bom senso sabia de antemão que o momento certo para a demissão seria no final do campeonato brasileiro quando Cristóvão mostrou-se incapaz de dar consistência ao time de modo a que fosse incluído no rol dos postulantes ao título.

Muitos cronistas e ex-craques, hoje comentaristas, teimam em eximir Cristóvão de culpa do baixo rendimento da equipe no presente estadual imputando-o às perdas de jogadores de peso como Conca, Sobis, Bruno, Carlinhos e outros menos votados.

Para surpresa minha até o “canhota de ouro” Gerson embarcou nessa furada.

Comportam-se como os idiotas da objetividade de Nelson Rodrigues e esquecem que com toda essa turma à disposição Cristóvão conseguiu perder vinte e cinco pontos para os piores colocados do último campeonato brasileiro, incluindo aí os quatro rebaixados.

Minimizam a goleada sofrida para o Chapecoense e o vexame inadmissível contra o América-RN, time rebaixado para a série C, ambos em pleno Maracanã.

Cristóvão mostrou nesses onze meses e meio que esteve à testa do Fluminense total incapacidade de dar um padrão tático à equipe e nenhuma noção na leitura de jogo.

Utilizou-se da linha burra, errou na maioria das substituições, além de esquemas em que os jogadores de velocidade eram forçados a se dedicar mais à marcação do que atacar os adversários, fato determinante para a queda drástica de produção do Sobis, por exemplo, que hoje volta a brilhar na Libertadores, enfim um desastre total.

Pena que Mario Bittencourt custou a perceber o equívoco de mantê-lo e perdeu a oportunidade de contar com técnicos mais experientes que estavam sem contrato ao final da temporada passada.

Menos mal, antes tarde do que nunca.

O substituto escolhido é também uma incógnita. Ricardo Drubscky dirigiu vários clubes de expressão menor e a menos de uma passagem sem muito brilho pelo Atlético-MG jamais alcançou destaque que o credenciasse a comandar o Tricolor.

Mas a coisa está feita e só nos resta apoiar.

A esperança existe, porque a realidade é uma só: do jeito que estava vai ser muito difícil o desempenho piorar!

Sobre o jogo com o Tigres, apesar das falhas grotescas da arbitragem tendenciosa, não fossem tantas as lambanças do treineiro certamente a vitória viria.

Agora, mesmo com as improváveis quatro vitórias, dependeremos de outros resultados para a classificação para as finais, condição difícil de ser alcançada enquanto o campeonato continuar sendo manipulado por uma federação sem escrúpulos.


DETALHES:

CAMPEONATO CARIOCA – 11ª RODADA

Fluminense 1 x 1 Tigres

Local: Estádio Mario Flilho, Maracanã, Rio de janeiro, RJ; Data: 21/03/2015Árbitro: Mauricio Machado Coelho Junior
Gols: Jean Carioca, aos 30' e Wagner, aos 47' da etapa inicial
Cartões amarelos: Fred e Guilherme Santos

Fluminense:  Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Marlon e Guilherme Santos; Edson, Jean, Gerson (Lucas Gomes, 30'/2ºT) e Wagner; Marlone (Walter, 15'/2ºT) e Fred. Treineiro: Cristovão Borges.

Tigres: Santiago, Tiago Bastos, Zé Carlos, Matheus e Edson; Renan Silva, Leão, Alex Sassá (Júnior, 40'/2ºT) e Jean Carioca; Paulinho Guará (Jhonatan, 24/2ºT) e Fabiano Oliveira ( Marlon, 42'/2ºT). Técnico: Rubens Filho.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


quinta-feira, 19 de março de 2015

A eterna gangorra de Cristóvão!





O futebol atual apresentado pelo Fluminense me transporta invariavelmente aos tempos de infância quando brincava nos balanços, escorregas e gangorras da pracinha perto de casa.

E gangorra é exatamente em que foi transformado o outrora time de guerreiros, face às inúmeras oscilações da equipe.

Desculpas mil são arroladas pelo treineiro quase todas desembocando no lugar comum do time em formação.

Time em formação? Como assim, se as mesmas deficiências de agora já aconteciam no ano passado quando o clube dispunha de um dos melhores elencos do Brasil.

A situação no Brasileiro passado com seguidas derrotas para os últimos colocados: Vitória, duas vezes, Criciúma, Botafogo, Coritiba e Chapecoense, também duas vezes, inclusive com goleada em pleno Maracanã, os diversos empates desastrosos, além do vexame histórico na desclassificação da Copa do Brasil têm a mesma causa: a falta de um treinador minimamente capacitado.

Dirigentes amadores e incapazes de enxergar o óbvio não conseguem perceber a causa principal do fracasso tricolor e passivamente aceitam as desculpas desconexas passando inclusive a advogar em favor do responsável pela péssima fase, chegando ao cúmulo de considerar satisfatória a sexta posição obtida no campeonato nacional e a consequente perda da vaga na Libertadores.

Perdeu-se assim a oportunidade de livrar o Fluminense desse estado de incompetência que o assola e que completará um ano no próximo mês.

Na equipe de hoje não existe coerência nas escalações e principalmente nas substituições.

Tática, leitura de jogo? Impossível e sem perspectivas de melhoras enquanto a grande maioria dos treinamentos for calcada em rachões.

Os poucos sucessos obtidos devem-se exclusivamente às habilidades individuais de alguns de seus atletas e apenas nas ocasiões em que estão inspirados.

Muito pouco para um elenco de custo tão elevado e provavelmente o mais caro em comparação com os dos demais concorrentes cariocas.

A verdade nua e crua é que aos poucos a vontade de assistir ao clube de coração vai perdendo a força, como também a vontade de escrever sobre os sucessivos fracassos tricolores tende a desaparecer.

Não é mais possível ouvir-se tantas desculpas esfarrapadas repetidas à exaustão.

É preciso um basta nas declarações esdrúxulas de sempre:
 _ “Garanto que o time se classificará no G-4”; “Tivemos dificuldades porque o adversário nos esperou no campo deles”; “Nós perdemos profundidade, criatividade”... “Estávamos fazendo muitas faltas e trazendo o time deles nas bolas paradas”; “Nossa equipe foi abaixo do que joga normalmente”; “Fomos menos criativos”; “Tivemos dificuldades de movimentação”; “Tecnicamente, com os erros de passe, isso fica muito difícil”; “O time está em formação e por isso vai oscilar”...
Atualmente ao ouvi-las o sangue ferve nas veias de muitos tricolores.

E o pior é que se depender da dupla de advogados que comanda o futebol a tendência é que a coisa continue sem alteração até o fim do ano.

Mario Bittencourt declarou-se satisfeito com o treineiro na semana passada.

Ontem, Peter Siemsen ressaltou que o objetivo é ter um trabalho longo com uma comissão técnica permanente e a manutenção do treinador pelo máximo de tempo possível.

Destaca que Cristóvão apresenta um custo-benefício interessante e quando se trabalha com técnico novo, olhando o futuro, podem acontecer situações adversas.

Não consegue ver, porém, que a comissão técnica do Fluminense é virtual. Ao contrário dos demais treinadores, sejam brasileiros ou estrangeiros, vistos nos jogos sempre trocando ideias com seus auxiliares, Cristóvão é único.

Só ele decide, não precisa se aconselhar com ninguém. Afinal não é burro, como afirma a quase totalidade dos torcedores tricolores.

E assim iremos sofrer durante todo o campeonato brasileiro na esperança de não termos que depender de uma falha do Flamengo ou de uma Portuguesa qualquer para nos mantermos na elite.

Independente de tudo o amor pelo Fluminense nos forçará sempre a torcer pelas vitórias, mesmo tendo plena consciência de que as poucas que vierem representarão a quase certeza de fracasso na temporada.

Em se íntimo cada tricolor tem plena consciência que uma improvável derrota para o Botafogo poderia ter significado as mudanças que tanto almeja.

Será um ano duro, podem crer!

João de Deus terá que trabalhar como nunca imaginou.


DETALHES:

CAMPEONATO CARIOCA

10ª Rodada:  Macaé 1 x 0 Fluminense.

Local: Moacyrzão, Macaé, RJ; Data: 15/03/2015
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
Auxiliares: Wendel Paiva Gouvêa (RJ) e Gabriel Conti Viana (RJ)
Gol: Juninho, aos 31' da etapa final.
Cartões amarelos: Edson, Marlon e Vinícius

Macaé: Ricardo Berna, Max, Brinner, Filipe Machado e Diego; Alisson, Dos Santos, Éberson (Juninho, intervalo) e Fernando Santos (Tiago Pedra, 35'/2°T); Pipico (Marquinho, 27'/2°T) e Giancarlo. Técnico: Josué Teixeira

Fluminense:  Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Marlon e Fernando; Edson, Jean, Gerson (Vinícius, 17'/2°T) e Wagner (Michael, 33'/2°T); Marcos Júnior (Lucas Gomes, intervalo) e Walter. TREINEIRO: Cristóvão Borges

***

9ª rodada: Fluminense 3 x 0 Bonsucesso

Local: Estádio Mario Flho (Maracanã), Rio de Janeiro, RJ; Data: 12/03/2015
Árbitro: Alexandre Tavares de Jesus (RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Flávio Manoel da Silva (RJ)
Gols: Gerson, aos 4', Kenedy, aos 9' e Edson, aos 15' da etapa inicial.
Cartões amarelos: Jean, Gerson, Edson, Fred, Gum

Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Marlon, Victor Oliveira (Vinícius, 22'/2°T) e Giovanni (Gum, 3'/2°T); Edson, Jean, Gerson e Wagner; Kenedy (Walter, 15'/2°T) e Fred. TREINEIRO: Cristóvão Borges.


Bonsucesso: Preto, Ivan, Jadson, Elton e Christiano; Marquinhos, Julio Cesar (Clodoaldo, intervalo), Fernando e Geovani (Robertinho, 23'/2°T); Denilson e Matheus (Miguel, intervalo). Técnico: Marcelo Salles.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Fluminense 3 x 1 Botafogo. A solução está na base!

(foto: Wagner Meier / LANCE!Press)

Finalmente Cristóvão rendeu-se às promessas da base.

Sua cabeça dura custou a perceber o que já era de conhecimento da grande maioria dos tricolores.

Pena que precisou ficar com o cargo ameaçado para tomar a decisão de colocá-los em campo.

Falta de experiência é claro que existe, mas se não forem testados para valer provavelmente acabarão se perdendo como várias das revelações sistematicamente preteridas por favoritos menos habilidosos.

Ao corpo diretivo também cabe grande parcela de culpa quando demonstra não saber avaliar o potencial desses atletas, o que acarreta como consequência a aceitação de miríade de ofertas de empresários gananciosos que se aproveitam dessa “inocência” inata.

Se fossem um pouco mais espertos não teriam investido em tantos atletas jovens formados em clubes de menor expressão e que certamente sentirão o peso da camisa tricolor, além do tempo maior para adaptação.

Afirmo sem a mínima possibilidade de errar que pelo menos metade desses últimos contratados não possuem a habilidade dos revelados na nossa base.

Enfim, antes tarde do que nunca.

A mescla de juventude e experiência sempre foi a chave para o sucesso, não só no Fluminense como nos demais clubes brasileiros.

O jogo de ontem, a melhor apresentação do time no ano, serviu para comprovar a tese.

Os jovens irão oscilar até adquirirem a maturidade necessária. Terão jornadas ruins, mas certamente com o passar do tempo darão grandes alegrias à família tricolor. 

Isso se os dirigentes não repetirem a asneira recorrente de negociá-los prematuramente, geralmente por valores não condizentes com suas qualidades.

Exemplos bem sucedidos, como as negociações de Oscar pelo Internacional e Lucas pelo São Paulo estão aí e deveriam servir de modelo para Peter, Mario e demais dirigentes.

Mas quando a imprensa divulga que Gerson já está fatiado e que uma das detentoras de parte de seus direitos é a Trafic, empresa de espertos implantada por Horcades ao final de seu mandato, temo que as coisas não sejam tão fáceis assim.

A propósito não consigo entender como Siemsen e Bittencourt, dois dos advogados mais brilhantes não conseguiram até hoje extirpar esse câncer de nossas entranhas.

O segredo de grandes lucros sempre foi esperar o melhor momento para as negociações, fato até hoje jamais assimilado pelas administrações tricolores ao longo dos anos.

Quem sabe aprendam algum dia?

Feito o desabafo vamos ao jogo.

Foi uma vitória incontestável, comandada pela experiência de Fred e brilho de Gerson e Kenedy, cujas atuações bateram completamente o até então líder invicto do campeonato.

A tranquilidade foi total e mesmo com o gol do Jobson, uma vez mais fruto da desorganização defensiva independente da zaga escolhida, o time não se abateu e continuou com mais posse de bola e sempre à procura do ataque.

Fred cada vez mais se aperfeiçoa em jogar sem a bola. Ontem dois dribles de corpo enganaram a defesa alvinegra e ocasionaram os gols de Kenedy e Gerson.

E para completar um gol de alta categoria complementado com “matada” difícil de ver nos tempos atuais.

Gerson, amparado pelos cascudos e dessa vez atuando em sua real posição, jogou como veterano não sentindo em momento algum o peso da responsabilidade.

Como teria sido útil para ele e para o clube se tivesse jogado algumas partidas ao lado do Conca.

A arrancada para o gol sem se preocupar com o puxão na camisa, quando a maioria cairia para pedir a penalidade máxima, escancara o seu potencial em meio à mediocridade reinante no futebol brasileiro atual.

Kenedy desimpedido de marcar laterais também esteve bem e a continuar assim tenderá a melhorar cada vez mais.  

Já Marlon, visivelmente fora de ritmo, cometeu algumas falhas inacreditáveis para um jogador de seu calibre, mas nada que comprometa o lastro que tem com os torcedores.

A supremacia foi de tal monta que qualquer comentário adicional passa a ser supérfluo depois do que disse René Simões, técnico do Botafogo, na coletiva após o jogo.
_ “O Fluminense foi bem melhor, mereceu a vitória, jogou melhor. Tivemos momentos de lucidez quando Jobson encobriu o goleiro, depois fizemos o gol e a chance com a bola parada. Fora isso em todo o momento o Fluminense foi melhor, melhor time, melhor organização, muito mais qualidade técnica no jogo de hoje. Nada a reclamar”. (sic)
                                        
Agora é rezar para a diretoria não estragar a festa, desfazendo-se das promessas prematuramente e a preço de bananas.

E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO CARIOCA – 8ª RODADA

Fluminense 3 x 1 Botafogo

Local: Estádio Mario Filho (Maracanã), Rio de Janeiro, RJ; Data: 08/02/2015
Gols: Jobson, aos 29' e Kenedy, aos 36' do primeiro tempo; Gerson,aos 24' e Fred, aos 38' do segundo
Cartões Amarelos: Henrique, Giovanni e Wagner

Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Marlon e Giovanni; Edson, Jean, Gerson (Vinicius, 29'/2ºT) e Wagner (Rafinha, 44'/2ºT); Kenedy (Marcos Júnior, 19'/2ºT) e Fred. Treineiro: Cristóvão Borges. 

Botafogo: Jefferson, Gilberto, Diego Giaretta, Renan Fonseca e Thiago Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão, Tomas (Sassá 22'/2ºT) e Gegê (Diego Jardel, 33'/2ºT); Bill e Jobson (Tassio, 30'/2ºT). Técnico: Renê Simões.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Resende 0 x 1 Fluminense. Vitória que poderá custar caro!

(foto: Paulo Sergio / LANCE!Press)

Tricolores como eu acostumados a façanhas extraordinárias devem estar sofrendo ao processo dicotômico que se apresenta no momento atual.

Se a paixão pelo Fluminense nos faz torcer para que a equipe se saia bem nesse falido campeonato carioca, a razão nos sinaliza para a realidade cruel que a eventualidade desse título poderá representar uma forte ameaça para mais uma participação na série B nacional.

Notem que não me refiro à possibilidade de ser campeão do campeonato brasileiro que se aproxima, ou mesmo a disputa por uma vaga na Libertadores e sim ao horror de uma vez mais ter que lutar contra times fraquíssimos com o objetivo único de permanecer na elite.

A situação se torna mais angustiante quando renomados tricolores, como o amigo João Garcez, pautam seus comentários com ênfase na sobrevida que os três pontos obidos a duras penas garantiram para o nosso treineiro.

A vitória foi conseguida, é verdade, mas de modo tosco, sem o mínimo de criatividade e muito mais pela pressão da torcida do que pelas virtudes de Cristóvão.

A desorganização defensiva parece ser um problema insolúvel. Ontem, Henrique foi o protagonista da primeira pixotada ao errar a saída de bola que resultou em gol do Resende, anulado pela afobação de Jhulliam que se adiantou poucos centímetros antes de receber o passe final.

Henrique ainda foi o autor de uma cabeçada contra a meta tricolor que só não foi convertida graças à defesa de Cavalieri com as pontas dos dedos.

O zagueiro, porém, não pode ser o responsável único pelo descompasso da defesa. Victor Oliveira, que já havia feito o pênalti desnecessário contra o Vasco, perdeu infantilmente para Gabriel, que desperdiçou a chance chutando na trave esquerda de Cavalieri.

A vulnerabilidade nas laterais, principalmente na esquerda, é outro ponto fraco da equipe.

O ataque com Fred isolado é outra opção difícil de engolir.

Em suma, o futebol apresentado foi ruim demais e não anima nem o mais otimista dos torcedores a achar que jogando desse modo algum sucesso será alcançado no decorrer do ano.

A única esperança agradável foi a participação do Gerson, que mesmo escalado fora de sua posição de origem, mostrou desenvoltura. Não errou passe algum e ainda avançou sempre que teve chance. Sem dúvida alguma o mais lúcido do meio de campo.

Com a volta do Edson é torcer para Cristóvão não inventar e deixá-lo no lugar do inoperante Vinicius.

A destacar também a pressão da torcida exigindo a presença de Walter, que mesmo com aparência de baiana de escola de samba é mais objetivo que Kenedy, como mostrou no lance que deu origem ao gol de Wellington Silva.

Ao final, a catilinária de sempre nas avaliações de Cristóvão:
 – “O nosso time vinha de duas derrotas e precisávamos vencer. O objetivo foi alcançando e ainda voltamos para zona de classificação. Não foi das melhores partidas, mas já jogamos bem piores do que isso. Tivemos derrotas seguidas e oscilamos, mas agora vencemos, que era mais importante que jogarmos bem”.

_ “Temos consciência do que está acontecendo. O que estamos sofrendo é um processo natural por tudo que mudou. E isso requer tempo. Só que no futebol, o tempo é para ontem. É preciso ter resultados. A equipe tem condições, mas é preciso ter paciência”.
Difícil crer como pessoas inteligentes fazem coro com declarações desse tipo e passam a concordar que a falta de organização tática é devida pura e simplesmente ao fato do elenco ter sido remodelado depois da saída da Unimed.

Se verdade fosse seria impossível ao Botafogo apresentar ótimo desempenho no cenário atual visto que apenas dois jogadores titulares de 2014 __Jefferson e Marcelo Mattos __ permaneceram na equipe.

Se os dirigentes tricolores também consideram que as oscilações da equipe acontecem apenas em virtude da contratação de sete novos jogadores, gostaria de questioná-los sobre a razão das oscilações ocorridas no ano passado quando dispúnhamos da base campeã de 2012.

 E o que dizer então do Palmeiras que contratou dezenove e conseguiu armar uma equipe aguerrida e arrumada?

O Santos também perdeu vários atletas de peso e está aí com o melhor desempenho no campeonato paulista até agora.

O problema é que para montar uma equipe e conseguir fazê-la andar é preciso tarimba e criatividade, aptidões que infelizmente nosso treineiro ainda não possui.

Deveria pensar em começar com equipes mais modestas para aí, quem sabe, tornar-se um treinador de ponta.

Usar a nossa paixão como laboratório é o que jamais poderemos aceitar.

Nada pessoal, mas depois de onze meses à frente da equipe, Cristóvão não conseguiu achar o padrão tático ideal e muito menos promover mudanças que alterem o ritmo dos jogos, mesmo quando tinha em mãos um elenco dos mais qualificados.

È uma pena, perdemos a chance de contratar Oswaldo, Enderson... 
Agora vai ser dureza.


DETALHES:

CAMPEONATO CARIOCA – 7ª RODADA

Resende 0 x 1 Fluminense

Local: Estádio Raulino de Oliveira, Volta Redonda, RJ; Data: 01/03/2015
Árbitro: Pathrice Maia (RJ)
Assistentes: Michael Correia e João Luiz de Albuquerque
Gol: Wellington Silva, aos 42 da etapa final.
Cartões Amarelos: Wagner, Giovanni e Luiz Fernando
Resende: Arthur; Cássio, Rogério, Admilton e Uallace; Leo Silva, Iuri Pimentel, Reinaldo (Gabriel, 19’/2ºT e Marcel; Jhulliam e Geovani Maranhão (Capone, 37’/2ºT). Técnico: Edson Souza.
Fluminense: Cavalieri; Wellington Silva, Henrique, Victor Oliveira e Giovanni; Jean, Gérson, Vinícius (Luiz Fernando, 45’/2ºT) e Wagner (Marlone, 21’/2ºT); Kenedy (Walter, 32’/2ºT) e Fred. Treineiro: Cristovão Borges.

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Biro Biro arrebenta na Ponte! 

(foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)
Segundo reportagem de Heitor Esmeriz, publicada no site globoesporte.com, o início da trajetória de Biro Biro na Ponte Preta impressiona.

Em alta na Macaca, o atacante precisou de apenas seis jogos para praticamente igualar a marca de gols em dois anos e meio pelo Tricolor carioca. Até aqui, já marcou três vezes com a camisa alvinegra, contra quatro em 47 partidas pelo ex-clube.

Conquistou espaço com Guto Ferreira e caiu nas graças da torcida com a mesma velocidade que deixa os marcadores para trás. É o pequeno notável do Majestoso: 1,68m de muita estrela. 

Sintomática a declaração do atacante após o sucesso alcançado em tão pouco tempo.
_ “No Fluminense, me obrigavam mais a marcar e eu ficava distante do gol. Aqui, o Guto não deixa voltar tanto, ele fala para eu entregar a marcação para o lateral quando passar do meio de campo. Então, fico ali esperando o contra-ataque e guardando um fôlego para a arrancada final”. (sic)