segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Fluminense 2 x 1 Atlético-PR. Libertadores, aí vamos nós!

Wagner, o dono da tarde! (foto: Rossana Fraga / LANCEPress)

Mais uma vitória emocionante com o Fluminense esbanjando aquela raça peculiar ao “Time de Guerreiros”.

Se tivesse mantido esse espírito de luta em todos os jogos certamente a Raposa não estaria tão folgada na ponta da tabela.

Mas, se é se e se não ganha jogo.

Ainda bem que nas rodadas finais parece que a vontade, antes adormecida em alguns, voltou e com ela chegar ao G-4 passou a tarefa factível.

Cristóvão acertou ao substituir Chiquinho por Carlinhos.

Chiquinho nunca foi lateral, é um meia com pouca habilidade, mas útil em algumas situações devido a sua velocidade.

Deveria ser guardado para substituir Wagner, Cícero ou até mesmo o Conca em suas ausências eventuais ou quando houver necessidade de descansá-los.

Escalá-lo como lateral compromete não só a sua reputação como jogador, como também do técnico que o escala.

Parece que o Cristóvão percebeu isso no decorrer da primeira etapa. Antes tarde do que nunca!

Carlinhos entrou mordido e jogou bem. Correu o tempo todo, fez ultrapassagens e um cruzamento milimétrico para o Wagner.

Saiu reclamando da reserva e do fato de não ter sido procurado para renovar o vínculo.

Tudo isso por causa da imbecilidade que é a Lei Pelé, instrumento idealizado por espertos e transformado em lei por políticos despreparados.

A abertura para que atletas com contratos em vigor assumam novos vínculos com outros clubes só serve mesmo para inflacionar o mercado com prejuízos flagrantes para todos à exceção, é claro, dos empresários inescrupulosos.

Não houvesse essa possibilidade muitos atletas deixariam de fazer corpo mole nos últimos meses de contrato.

Bruno também entrou melhor, mas ainda está abaixo do que tem apresentado o Jean. Torço para que seja mantido na lateral com Bruno ainda na reserva.

Valencia mais uma vez não conseguiu completar uma partida e torna-se cada vez mais um dos jogadores com piores custos-benefícios que o Fluminense já teve, talvez só perca para Felipe.

Se não puder jogar, que Cristóvão promova o retorno do Cícero e não reinvente o aproveitamento do Diguinho, outro frequentador assíduo do departamento médico.

E se o Marlon não se recuperar que seja procurada outra opção que não seja o Elivelton.

Quanto ao jogo em si, o que se viu mais uma vez foi um Fluminense raçudo, jogando com a faca nos dentes e não dando muitas chances aos paranaenses.

É claro que o bom time do Atlético-PR iria arranjar um meio de assustar com seus contra ataques quase mortais.

Ainda bem que nas vezes que conseguiu Cavalieri estava atento para os gols.

O predomínio das ações na primeira etapa não foi suficiente para tirar o zero do placar, logo conseguido no primeiro lance agudo da complementar.

Depois um recuo exagerado deu força ao adversário para atacar e durante cerca de vinte e cinco minutos parecia ver em campo o time do Abel, pois era sufoco só.

Mesmo assim aos trancos e barrancos o time conseguia manter o placar até que aquela tradicional falta desnecessária apareceu e na cobrança um erro de posicionamento permitiu o empate aos quarenta e cinco minutos de jogo.

Balde de água fria, torcida calada e atônita com a recorrência do erro.

Só que em campo estava aquele Fluzão tão conhecido pela sua força e tradição a nos proporcionar mais um final eletrizante, num contra ataque fulminante poucos segundos após o empate, onde brilharam Bruno, com o cruzamento certeiro e Fred com sua categoria inigualável.

O fim de semana estaria melhor não fosse a derrota do desejo de mudar e a ameaça de mais quatro anos convivendo com o fantasma da inflação e da corrupção desenfreada.

Mas pelo menos temos o Fluminense para nos alegrar.


E DÁ-LHE FLUZÃO!  

  
DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 31ª RODADA

Fluminense 2 x 1 Atlético Paranaense

Local: Estádio Mario Filho, Rio de Janeiro, RJ; Data: 25/10/2014
Árbitro: Marielson Alves da Silva (BA)
Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA)
Gols: Wagner, aos 2'; Cleberson, aos 45' e Fred, aos 47' do segundo tempo.
Cartão Amarelo: Wagner

Fluminense: Cavalieri; Jean, Marlon (Elivélton, 41'/1ºT), Guilherme Mattis e Chiquinho (Carlinhos, Intervalo); Valencia (Bruno, 20'/2ºT), Edson, Wagner e Conca; Walter e Fred. Técnico: Cristovão Borges.

Atlético-PR: Weverton; Sueliton (Mário Sérgio, 22'/2ºT), Cleberson, Willian Rocha e Natanel; Deivid, Paulo Dias, Bady (Nathan, 26'/2ºT) e Marcos Guilherme; Marcelo e Dellatorre (Douglas Coutinho, 22'/2ºT). Técnico: Claudinei Oliveira.

2 comentários:

ALEXANDRE MAGNO disse...

Terá sido esta a melhor partida de Wagner pelo FFC, Helio?

Helio R.L. disse...

Caro Alex,

Já vi algumas boas partidas do Wagner nesse ano, mas acho que essa pode sim ter sido a melhor.

Gostaria de ver esse time com o Cícero no lugar do Valencia.

Saudações Tricolores.