Euzébio, Neves e Fred, os construtores da vitória. (foto: Terra.com.br / AFP) |
Impedido de ir ao estádio, a alternativa foi assistir ao jogo pela
TV.
A vantagem do conforto da poltrona de casa sobre as acanhadas acomodações
do Engenhão, a possibilidade de ver por diversas vezes a repetição dos lances perdem
em muito para a satisfação de estar junto à massa tricolor, gritando e vibrando
com o Fluzão.
Confesso que fiquei preocupado em enfrentar um clube brasileiro logo nas
oitavas e pior, um dos mais cascudos.
A confiança na classificação nunca deixou de existir, mas um calafrio sempre
era sentido quando lembrava a pixotada do Edinho no jogo do Beira Rio que
originou um dos pênaltis mais bisonhos da história.
Cheguei a pensar se não teria sido melhor empatar com o Arsenal.
Estaríamos no lugar do Corinthians e pegaríamos uma baba de quiabo.
Como a sorte madrasta resolveu premiar o primeiro colocado com os embates
mais difíceis, o jeito era se preparar da melhor maneira possível para encarar
as dificuldades.
E a primeira seria o Inter, com Oscar e com a vantagem de jogar pelo
empate. As pitonisas de plantão tentaram minar a confiança dos tricolores, arguindo
inclusive as duas eliminações no Brasileiro de 1975 e na Copa do Brasil de
1992, essa com a ajuda absurda de um árbitro descaradamente mal intencionado.
O jogo começou com o time meio que preso. Notava-se claramente o
nervosismo estampado nos rostos dos atletas.
Os gaúchos devem ter sentido essa instabilidade e começaram forçando o
jogo.
Leandro Damião perdeu a primeira chance chutando para fora, mas logo
depois aos 14 minutos marcou após receber passe de Oscar.
Esse momento foi desesperador porque Edinho, designado para dar o
primeiro combate a Oscar, perdia todas e nesse lance do gol, apesar da falha
maior ter sido do Leandro Euzébio, pela TV pode-se ver claramente o volante do Abel “correndo bem devagar”, tentando
alcançar o meia colorado.
O Fluminense, no entanto, é um clube predestinado, fadado a vencer as
dificuldades e logo na saída, Leandro Euzébio corrige o seu erro e empata de
cabeça ao receber um centro magistral de Thiago Neves.
O empate aliviou a tensão, mas o resultado ainda eliminava o Tricolor,
que não tinha outra opção a não ser partir em busca do desempate.
E então o Internacional teve algumas chances claras, a melhor propiciada
por um erro grosseiro de Gum ao rebater a bola nos pés de Datollo que parou nas
mãos de Cavalieri, outra vez com boa atuação.
No finalzinho do primeiro tempo, outra cobrança perfeita de Thiago Neves
e gol de Fred, resultado que classificava o Flu.
Como não podia deixar de ser, na etapa final o Inter voltou-se todo para
o ataque.
Foi um sufoco constante, facilitado pela apagada atuação de Deco que em
vez de lançamentos tentava sair jogando sem muita objetividade.
Dorival encheu a sua equipe de atacantes e a bola rondou a área de
Cavalieri quase o tempo todo.
Das poucas estocadas tricolores, uma cobrança de falta de Thiago Neves na
trave de Muriel foi a mais perigosa.
Abel substitui Deco por Valencia tentando dar mais consistência à defesa,
mas a pressão continuou, embora seja verdade que poucas oportunidades reais
surgiram.
Ao final, prevaleceu a garra tricolor, o Fluminense sustentou a vitória e
eliminou os gaúchos.
Aliás, o Internacional não foi desclassificado em razão do jogo de hoje e
sim pelas pífias apresentações na fase de grupo, quando conseguiu a proeza de
ser o último dos classificados.
Agora é esperar o Boca Juniors novamente, pra mim uma disputa antecipada
do título.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Fluminense 2 X 1 Internacional
Local: Engenhão (RJ); Data: 10/5/2012
Árbitro: Wilson Luiz
Seneme (Fifa-SP)
Auxiliares:Carlos Berkenbork (Fifa-SP) e Marcelo Van Gasse (Fifa-SP)
Gols: Leandro Damião, aos 13'); Leandro Euzébio, aos 15' e Fred, aos 45' do primeiro tempo.
Gols: Leandro Damião, aos 13'); Leandro Euzébio, aos 15' e Fred, aos 45' do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Bruno, Carlinhos e Jean (Fluminense); Índio e Rodrigo Moledo (Inter)
Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco (Valencia, 29'/2ºT) e Thiago Neves; Rafael Sobis (Marcos Júnior, 38'/2ºT) e Fred (Rafael Moura, 25'/2ºT). Técnico: Abel Braga.
Internacional: Muriel, Nei, Rodrigo Moledo, Índio e
Fabrício; Guiñazu (Dagoberto,27'/2ºT), Sandro Silva, Tinga (Jô,35'/2ºT), Dátolo
(Jajá,15'/2ºT) e Oscar; Leandro Damião - Técnico: Dorival Júnior.
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Herói nas vitórias sobre Vasco e Palmeiras no título de 2010 e preterido inexplicavelmente pelas administrações e comissões técnicas tricolores, Tartá ressurgiu das cinzas e ajudou a eliminar o Botafogo da Copa do Brasil em pleno Engenhão. Torço por sua reintegração após o empréstimo, porque ele ainda poderá ser mais útil que muitos atletas caros que nada produzem.
Tem gente que é cega!
6 comentários:
Olá,
Mais 2 jogos assim e eu infarto!
Futebol por Futebol, o Fluminense tem muito mais que o Inter, mas Libertadores tem alguns ingredientes extras, o fator psicológico é um deles, que as veses nivelam confrontos desiguais, e alguns times sabem lidar melhor com isso, são os chamados "Copeiros".
Internacional é um bom exemplo, onde justifica o sufoco de ontem.
O Flu tem time pra partir pra cima e fazer 2 ou 3 gols no Inter, mas e se toma 1 ( que na verdade vale 2 ), um dilema....
Contra o Boca, o jogo chave é em La Bombonera, empate com gol's ou até derrotas de 2x1 3x2, passamos com certeza, pois na minha opinião, o Flu é time de partir pra cima e buscar resultado, faz isso com bem mais eficiência do que segurar placar.
Rodrigo Stopa - Uberlândia-MG
Pra mim essa classificação tem um nome.
E é o nome de meu xará: Diego Cavalieri.
Pênalti defendido, atuação segura, saídas precisas, nenhuma responsabilidade no gol sofrido.
E encaixou bolas difíceis de segurar nesse segundo jogo, bolas que muitos mão de borboleta que tivemos (de triste lembrança) rebateriam ou jogariam pra cima.
Saudações Tricolores e que venha o Boca!
Valência já!!
É Rodrigo,
O Fluminense está aprendendo a ser copeiro. Pena que nas últimas participações em Libertadores os treinadores têm pisado na bola.
Em 2008, Renato Gaúcho tinha interesses em manter o Ygor e chegou ao cúmulo de barrar o Dodô.
Ano passado, o técnico amarelão fez aquele papelão.
E agora Abel protege descaradamente o Edinho, que está nitidamente fora de forma.
Como já escrevi em outra postagem, o Edinho é o Ygor de 2012.
Saudações Tricolores.
Tricolor,
Seu xará está muito bem mesmo. Não fosse ele e aquela rebatida infame do Gum seria mais um gol do Inter.
Conseguir defender tantas bolas tendo pela frente a defesa que tem é realmente uma proeza.
Saudações Tricolores.
Olá,
Vejam o que é o fator psicológico no futebol :
Ontem o Santos ia jogar o básico e ganhar de uns 3x0....4x1 sei lá.
Foi o Técnico boliviano falar asneira e mexer com os brios dos caras...tomou 8.
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