A Torcida compareceu, apoiou e mais uma vez saiu frustrada. (foto: Lancenet / Bruno de Lima) |
O
Flu jogou melhor. No primeiro tempo, então, o Boca não viu a cor da bola.
Na
etapa final, os argentinos equilibraram um pouco, mas ainda fomos superiores,
tanto que Cavalieri não fez uma defesa sequer.
E
então por que o Fluminense não saiu vitorioso?
Não
é preciso apelar para desculpas de falta de sorte ou reclamar da arbitragem
calamitosa do jogo de ida e nem ao destempero do Carlinhos, que acabou sendo
justamente expulso, porque hoje o Fluminense poderia e deveria ter vencido e
até com certa facilidade.
Após
a partida, Abel declarou que não encontrava razões para a derrota.
E
esse é o fato mais preocupante, porque denota total falta de consciência sobre
as causas que culminaram com a queda diante de uma equipe mais fraca.
Lembra-me
aquele zagueiro que levanta o braço e olha para os árbitros clamando por
impedimentos dos atacantes adversários, quando é justamente ele que dá a condição
de jogo.
Abel
nessa noite trágica encarnou esse zagueiro de forma patética.
E
por quê? Simplesmente porque voltou ao erro recorrente de substituições equivocadas.
Primeiro,
demorou demais para colocar Wellington Nem em campo. Deveria tê-lo colocado no
intervalo ou no máximo aos quinze minutos da etapa final.
Depois
errou redondamente ao sacar o Wagner e desmantelar o meio de campo, voltando a
insistir no esquema de três atacantes sem municiamento por não perceber que
Thiago Neves já estava exaurido.
Além
disso, esqueceu-se de que esse esquema já se mostrara ineficiente nas derrotas
contra os times fraquíssimos do campeonato estadual.
Abel
até agora não percebeu que para vencer a pesada defesa do Boca, o ataque teria
que ter bastante movimentação, o que é impossível de ser obtido com Rafael
Moura “paradão” no meio da área.
Deveria
ter sido ele a sair para dar lugar ao Nem, ainda mais nesse jogo em que estava
muito mal, errando praticamente tudo. Em último caso sacrificaria o Sobis,
nunca o meio de campo.
Enfraquecendo
o setor mais importante da equipe, aumentou as possibilidades para Riquelme
criar a jogada mortal que tanto queria e como o craque argentino falou, bastou uma
única oportunidade para o Boca marcar.
Pouco
antes do empate, Abel tinha feito outra bobagem: substituído Sobis por Marcos
Junior, ou seja, retirava um batedor de pênalti “cascudo” e lançava um garoto inexperiente
em seu lugar.
O
Boca agradece.
A
eliminação, entretanto, começou a se desenhar muito antes, lá na decisão do
estadual: nos 4 a 1, quando Fred sentiu a contusão, o que pode ser imputado ao
acaso e no jogo seguinte, quando Deco em vez de ser poupado por suas precárias
condições físicas, foi escalado para uma partida em que o campeonato já estava
decidido, prova inconteste de falha de planejamento.
Ai
que saudades do Conca, o craque que nunca se eximiu das grandes decisões.
Mas
apesar de tudo,
DÁ-LHE
FLUZÃO, RUMO AO TETRA DO BRASILEIRÃO!
DETALHES:
Fluminense
1 x 1 Boca Juniors
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ); Data: 23/05/2012
Árbitro: Enrique Osses (Fifa-CHI)
Auxiliares: Francisco Mondría (Fifa-CHI) e Carlos Astroza
(Fifa-CHI)
Público: 36.276
presentes
Gols: Carleto, aos 17'do primeiro tempo e Santiago Silva, aos 45' do segundo
Cartões amarelos: Jean (Fluminense); Orión e, Mouche (Boca)
Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e
Carleto; Edinho, Jean e Wagner (Wellington Nem, 29'/2ºT); Thiago Neves, Rafael
Sobis (Marcos Júnior 44'/2ºT) e Rafael Moura - Técnico: Abel Braga.
BOCA JUNIORS: Orión; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e
Clemente Rodríguez; Rivero, Erbes (Sánchez Miño, 34'/2ºT), Erviti e Riquelme;
Santiago Silva e Cvitanich (Mouche, 21'/2ºT) - Técnico: Julio Cesar Falcioni.
4 comentários:
O Fluminense precisa de um técnico de primeira linha. O retardamento da entrada do Nem (não era para tirar o Wágner, mas o Sóbis) e a entrada do Marcos Jr. apenas no último minuto denotam a limitação de Abel.
Já passou da hora de parar de teimar com este senhor. Fica evidente, desde o ano passado, que o fraco Peter teme sua "cara feia". Isto salta aos olhos quando Abel tenta impor seu filho no clube. Isso é constrangedor para os padrões de qualquer clube grande. Só no Fluminense do pequeno Peter isso acontece. FALTA PROFISSIONALISMO.
PS: Cada dia mais, as palavras de Muricy Ramalho são CONFIRMADAS (é muita incompetência)!
VAMOS POR ORDEM NA CASA: "DUNGA" NO FLUMINENSE!
É muito triste ver uma atuação como a de ontem não ser brindada com a classificação!
Numa noite em que até o Edinho foi perfeito, merecia ganhar !
E quando, enfim, o Wagner resolve jogar bola, o Abel não deixa!
O Abel tem de parar com essa de ver nome de jogador, tem de jogar quem está bem, O T. Neves desde o início do jogo mostrou não estar no dia dele, tirasse ele, não o Wagner!
Foi frustrante, injusto!
Rodrigo Stopa - Uberlândia/MG
A dor é grande, mas ACABOU! A vida continua e domingo já temos compromisso pelo Brasileirão. Contra o Figuerence só a vitória interessa e de preferencia de goleada para voltar a confiança. VAMO LÁ TIME DE GUERREIROS.
De pleno acordo com vcs.
Eu que fui um defensor ferrenho da espera pelo Abel hoje me arrependo, porque aquele Abel de 2005 não existe mais.
A repetição dos mesmos erros durante os jogos chega a ser irritante.
O problema é que os técnicos brasileiros comungam de falhas idênticas ou defeitos piores ou ainda se consideram estrelas de primeira grandeza.
Até o Muricy cometeu equívocos primários na Libertadores do ano passado e quando foi cobrado pelo Peter pediu pra sair e chutou o balde.
A meu ver o único ainda confiável está bem no Botafogo.
Mas não devemos esquecer que existem outros pontos que precisam ser avaliados.
O planejamento para a escolha do elenco tem sido feito sem muito critério, pois toma por base a contratação de craques com condições físicas prejudicadas, que quase sempre estão fora das partidas cruciais, casos de Fred, Deco e outros que já deixaram o clube.
Além disso, as seguidas administrações caóticas praticamente doaram as revelações de Xerém em troca de alguns trocados, cuja maior parte não ficou no clube.
E ainda temos a incompetência crônica do Departamento Médico, a presença da Traffic, presente de grego de um presente mal intencionado, etc. etc.
O melhor mesmo é deixar pra lá e, como disse o Beto, partir para o Tetra brasileiro.
Saudações Tricolores
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