Os protagonistas: Sobis, dois gols e uma na trave e Moura, um penalti nas nuvens e o gol da vitória. |
Foi no sufoco. A vitória, que lembra o início da reação de 2009, dessa vez foi obtida mais por sorte do que por mérito.
O time jogou mal, ou melhor, a defesa jogou mal, atabalhoada nos noventa minutos, mas o que interessa é o que Fluzão ganhou.
Se em várias rodadas anteriores jogou melhor que os adversários e perdeu, finalmente chegou a hora de saborear a vitória num jogo em que o Atlético-GO foi nitidamente superior. Melhor assim, pode ser a sinalização de que a má fase, falta de sorte ou sei lá o que esteja deixando de vez as Laranjeiras.
Ressalte-se que do meio campo pra frente até que a equipe funcionou e conseguiu boas oportunidades para marcar, só não o conseguindo por pequenos detalhes.
Já a defesa foi de arrepiar. Com zagueiros e volantes sem o mínimo cacoete para sair jogando, limitava-se a despachar a bola por meio de chutões que invariavelmente ficava sob o domínio dos goianos.
E quando arriscavam meio que timidamente partir com a bola dominava erravam os passes e propiciavam contra ataques perigosos.
Essa foi a tônica do jogo e o placar do primeiro tempo não foi maior porque a bomba do Vitor Júnior explodiu no travessão.
A situação não se modificou na etapa complementar, embora o time tenha melhorado com as entradas de Martinuccio e Rafael Sobis.
Até mesmo um penalti fortuito conseguido aos 12 minutos, foi desperdiçado por Rafael Moura de forma bisonha. Chance que o goleiro Marcio não perdeu três minutos após, convertendo o penalti bobo de Diogo em Vítor Júnior.
A Torcida desesperada xingava o time, o técnico . Faltavam oito minutos para o término e nem o mais otimista dos tricolores acreditava ser possível fugir da derrota, quando surgiu o gol espetacular de Rafael Sobis, depois de uma tabela perfeita com He-Man.
Nesse momento, torcida e atletas se emanaram num só sentimento e o resultado foi a volta da magia que contagia até que não é torcedor do Fluminense.
Foram oito minutos mágicos. O Fluminense partiu para cima e imprensou o Atlético em seu campo.
O chute por cima de Lanzini, aos 41 minutos, após a volta da bola de Sobis na trave direita de Marcio, agitou ainda mais a massa tricolor, que não parou de incentivar.
Um minuto depois, jogada de He-Man, rebote de Marcio e gol de Sobis. Alegria total.
Qualquer outro clube tenderia a se dar por satisfeito com o empate conseguido a poucos minutos do fim, mas não o Fluminense quando a sinergia entre torcida e jogadores se faz presente.
E a mágica voltou aos 45 minutos. Falta na intermediária, Marquinho levanta sobre a área e Rafael Moura cabeceia para as redes.
A mídia cretina preferiu realçar os poucos centímetros que ele estava à frente da zaga, distância impossível de ser observada a olho nu. Esqueceu-se de tantos lances em que o Fluminense foi prejudicado, como no Fla-Flu, por exemplo.
O que interessa aos tricolores, no entanto, foi a raça demonstrada durante um jogo em que o adversário foi superior a maior parte do tempo, raça que lembrou o time de guerreiros, ainda que sem os principais deles.
A Libertadores cada vez mais se torna possível e se o Abel conseguir ajeitar a defesa de modo a não bater tanto a cabeça, o objetivo ficará mais fácil ainda de ser alcançado.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
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