quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A administração Siemsen e os novos rumos para o Vale das Laranjeiras.

Tricolores de todos os cantos esperam que a afirmação volte a se tornar realidade.

A entrevista de Marcelo Teixeira, gerente do futebol tricolor, publicada no site oficial do clube e repercutida pela mídia esportiva, sinaliza a intenção da atual administração em transformar radicalmente o Vale das Laranjeiras, fazendo com que os frutos gerados sejam canalizados exclusivamente para benefício do Fluminense.
Conhecido como “fábrica de craques”, o Centro de Treinamento de Xerém tem sido utilizado, desde a década de 90, como cortina de fumaça para encobrir os desmandos das administrações caóticas que tivemos que aturar.
Fundamental na montagem das equipes campeãs do passado, o Centro de Excelência há muito perdeu essa característica, passando a ser apenas um supridor de atletas para benefício de empresários espertos e especuladores gananciosos, sob o beneplácito de dirigentes, no mínimo, inocentes ou despreparados.
A consequência lógica foi o achincalhamento da mística tricolor e a queda vertiginosa na obtenção de vitórias e em todos os rankings desportivos.
Os dois últimos títulos de expressão conseguidos foram devidos muito mais à participação da Unimed do que a qualquer mérito da administração do clube, que tem ainda contra si a perda infindável de revelações da base, praticamente sem retorno algum para os cofres do clube.
Até hoje nenhum tricolor de sã consciência engoliu as inexplicáveis saídas de Arouca, Maicon, Alan e Dalton. As desastradas justificativas propaladas não têm o mínimo de credibilidade e a certeza de que o Fluminense foi prejudicado em todas elas será sempre inquestionável.
Marcelo, em sua entrevista, enaltece o trabalho de Abel ao trazer os jovens para treinar junto com os profissionais e explica a criação de duas frentes de atuação: contratação de grandes jogadores, em parceria com os patrocinadores e formação de atletas de ponta em Xerém, cujo destino será o grupo do futebol profissional. Acrescenta que aqueles que não forem aproveitados poderão ser colocados no mercado internacional, gerando valorização e recursos para o clube.
O dirigente enfatiza que já existem no elenco principal, cinco crias da base: Matheus Carvalho, Elivelton, Fernando Bob, Digão e Kléver. Pena que desses, Matheus, Bob e Digão já tenham seus direitos federativos abocanhados pela Traffic, de modo que se no futuro eles realmente estourarem, a tendência é que deixem as Laranjeiras nas mesmas condições de Maicon e Alan, ou seja, a parte do leão para os “investidores” e as migalhas, quando existirem, para o Fluminense.
Sinceramente, não consigo enxergar como qualquer projeto por mais elaborado que seja possa ser vitorioso quando se tem por perto uma “parceira” tão madrasta como esta.
Para que tudo dê certo será imprescindível livrar-se dessa erva daninha que se encontra enraizada no clube, um verdadeiro presente de grego de Horcades, dias antes de passar o bastão para a administração atual.
Que Teixeira e principalmente o nosso Presidente estejam atentos às manobras dessa turma, em especial com relação às novas promessas Lucas Patinho e Samuel.
Continuo a crer que Peter Siemsen possa fazer com que o Fluminense volte a ser o gigante de outrora, apesar dessa credibilidade ter sido abalada com a decisão errônea e irracional de "vender" o Conca.
A diferença entre o salário recebido pelo atleta símbolo da equipe e a irrecusável proposta chinesa poderia ser facilmente reduzida com os recursos provenientes das rescisões com Emerson, Belletti, Julio Cesar e até Araújo, que ainda não disse ao que veio e se saísse não faria falta alguma.
Lanzini é uma promessa que, se tiver sua contratação concretizada, será muito mais dispendiosa que a manutenção do Conca. Que tenha sido esse o último erro de avaliação de Siemsen.
O fato é que a torcida para que o plano de Teixeira dê certo é grande e que ele consiga realmente fazer com que os craques de Xerém revertam-se em lucro para o Fluminense, seja pelo aproveitamento nas equipes principais ou por negociações vantajosas para o clube.
Não tenho a menor dúvida que essa seja a intenção de Peter Siemsen, talvez a última esperança dos tricolores em ver o clube na posição invejável de outrora.
Que João de Deus o ilumine nessa difícil empreitada!
Até lá, a verdadeira Torcida Tricolor, única razão de ser do Fluminense, só conseguirá vislumbrar o brilho das revelações do Vale das Laranjeiras através das camisas de clubes rivais, como ilustra o painel a seguir.
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Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Maicon (Lokomotiv), Marcelo (Real Madrid), Diego Souza (Vasco), Thiago Silva (Milan), Rafael e Fábio (Manchester United), Dalton (Internacional), Arouca (Santos), Wellington Nem e Julio Cesar (Figueirense), Rodolfo (Grêmio), Wellington Silva (Arsenal), Roger (Cruzeiro), Alan (Red Bull Salzburg), Junior Cesar (Flamengo), Antônio Carlos (Botafogo), Tartá (Kashima Antlers), Rafael Pezão (em vias de se transferir para o Internacional) e Carlos Alberto (Bahia).


E APESAR DE TUDO, DÁ-LHE FLUZÃO!

2 comentários:

Fabio Baptista disse...

Fiz uma crônica sobre a vitória de hoje, se interessar, segue o link:

http://reflexoesdo719r.blogspot.com/2011/10/o-fluminense-e-o-impossivel.html


Abraço.

Anônimo disse...

Gostei muitoo Dessa matéria só faltaram 2 jogadores q pra mim são bons o lateral Dieguinho e o Meia Marinho .
Abraços