segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Bahia 3 x 0 Fluminense. Uma tarde para esquecer!

Uma jornada desastrosa, mas previsível ainda no decorrer do jogo com o Corinthians.
A euforia que tomou conta dos tricolores após a vitória incontestável sobre o então líder do campeonato mascarou o perigo que seria o jogo em Salvador.
Com Diogo e Mariano suspensos, a zaga tricolor voltaria a jogar desprotegida e sem essa proteção a chance da defesa voltar a ser um convite à valsa passou a ser uma realidade bastante palpável.
Abel não tinha outras opções que não fossem as entradas de Wallace e Rodrigo.
Wallace até que não teve atuação tão desastrosa, embora tenha cometido o erro de posicionamento no primeiro gol dos baianos, quando deixou Souza livre de marcação para completar o rebote de Cavalieri. Falha desculpável se for levada em consideração a tenra idade do atleta.
Ainda que aturdido com o gol, o Fluminense aos trancos e barrancos conseguia equilibrar as ações sem muito sucesso nas oportunidades de gol.
Ciro, nitidamente extenuado, não conseguia repetir com êxito a marcação exibida contra o Corinthians.
Abel percebeu a deficiência e o substituiu por Martinuccio, que deu mais movimentação ofensiva, mas no afã de conseguir modificar logo o placar, voltou com Fernando Bob.
É certo que Rodrigo estava discreto demais, mas ao trocá-lo por Bob, Abel abriu a porteira para os contra ataques.
Como Fernando Bob não marca ninguém, Gum ficou exposto ao primeiro combate e quando isso acontece a derrota é certa. E o desastre foi total, um gol contra ridículo, um penalti bobo e a consequente expulsão, prejuízo impossível de ser reparado.
Em minha opinião, Abel errou também ao escalar o Fred sem estar na plenitude de suas condições físicas. A atuação apagada e o gol perdido na boa jogada de Martinuccio são provas incontestes. O jogo era para Rafael Moura, que está voando fisicamente, e estaria em melhores condições para aguentar as botinadas do Titi.
Ainda que não tivesse a coragem de não escalar o Fred, que o substituísse quando da entrada de Rafael Moura. Ao preterir o Lanzini, voltou a insistir no erro de armar o time com três atacantes e deixar a cargo do Marquinho a criação no meio de campo. As inúmeras derrotas do primeiro turno comprovam que essa tática jamais funcionou, afinal Marquinho não é o Conca.
Abel é um técnico inteligente e cedo ou tarde irá perceber de que nada adianta insistir em formações como essa. Espero que não muito tarde.
O prejuízo só não foi maior porque Internacional e Flamengo também não andam muito bem das pernas e empataram seus jogos. Assim o Fluzão continua dependendo apenas de suas forças para garantir a vaga na Libertadores, embora a distância para o líder tenha aumentado.
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A apatia da equipe foi preocupante, mas não creio que tenha sido devido à falta de raça e empenho, como concluiram alguns dos mais renomados comentaristas tricolores. A pasmaceira em campo resultou da falta de condições físicas dos atacantes Ciro e Fred.
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Era jogo para Martinuccio e Rafael Moura entrarem desde o início. Abel não percebeu e se percebeu não teve coragem para efetuar as alterações. Num campeonato longo como esse é imprenscindível que o treinador use as peças do elenco de acordo com suas condições momentaneas. Histórias de "onze imexíveis" costumam acabar mal, como ficou claro nas duas últimas Copas do Mundo.
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Mas vida que segue. Na quarta-feira, a vitória sobre o Avaí é imperiosa e para isso será preciso o apoio irrestrito da torcida.
Vamos encher o Engenhão e empurrar “Pra cima o Fluzão”! 

Um comentário:

Helio R.L. disse...

Carlos,

Li o seu artigo no blog do Benfica. Também achei muito estranha essa convocação, nem sabia da existência desse Kleber.

Se confirmada, pode ser mesmo que haja "pressão" de empresários inescrupulosos, uma praga cada vez mais crescente no Brasil.

Aliás, isso já aconteceu em diversas convocações anteriores, independentemente do treinador. Atletas desconhecidos convocados e vendidos a peso de ouro depois de uma simples apresentação da Seleção em amistoso sem o mínimo interesse e significado.

Quanto ao Elkeson, entendo seu desapontamento porque o mesmo ocorreu com o meu Fluminense, quando uma diretoria acéfala perdeu a oportunidade de contratá-lo para ficar com um monte de jogadores acabados que vivem no departamento médico.

Saudações Tricolores e sucesso para o blog, muito bom.