quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fluminense 3 x 0 Figueirense. Melhor escalação, melhor apresentação, simples assim!


Lanzini, o toque de classe que faltava e Rafael Moura, que provou ser mais útil que Sobis.

Após duas jornadas desastrosas, o Fluminense voltou a jogar bem e venceu com sobras. E a vitória categórica não foi sobre nenhum “bambala”, como dizia o Felipão e sim sobre a boa equipe do Figueirense, comandada pelo competente Jorginho.

A maioria dos tricolores anda a se perguntar o porquê do time oscilar tanto. O amigo Paulo Cezar, no blog Jornalheiros, faz alusão a existência de dois Fluminenses: “aquele que luta com garra e ímpeto máximos, aquele que vence” e outro, “o coitadinho”, "que não oferece resistência nem nas amadoras peladas do Aterro”.

O ilustre João Garcez, no Blog do Torcedor Tricolor, também disserta sobre a alternância de partidas boas e ruins e enumera uma série de possíveis causas, como "mando, escalação, suspensão e mudança de treinador".

Acrescento ainda outros fatores, como contratações de jogadores sem nenhuma condição física para aguentar o tranco do campeonato brasileiro, enfraquecimento do plantel com a saída de craques fundamentais, crises extra-campo, etc.

O fato é que o problema não é de hoje. A oscilação, que vem atormentando as mentes tricolores, ocorre desde o início do ano, ainda sob o comando do Muricy, tanto nos jogos do campeonato estadual, como nos da Libertadores e aumentada pela desastrosa passagem do Enderson Moreira.

E continua com o Abel, agora se manifestando de um modo mais gritante.

Embora não se possa negar que cada uma das causas citadas contribua de certo modo para a desestabilização da equipe, a meu ver o maior pecado reside nos erros de escalação.

A prova cabal foi a exibição contra o Figueirense, porque bastou uma escalação mais equilibrada para o time deslanchar.

Na noite de ontem, talvez por desespero total, Abel finalmente lançou mão do Lanzini. E que surpresa agradável, pois o argentino deu o toque de qualidade que faltava na criação das jogadas.

Por se tratar de uma estreia, sua atuação pode ser considerada das mais alviçareiras. Dos 44 passes que deu, errou apenas quatro vezes, ou seja, aproveitamento de mais que 90%, marca jamais atingida por qualquer dos atletas de todo o elenco.

 Abel não tem nenhuma razão para sacá-lo do jogo contra o Vasco.

Rafael Moura foi outro destaque. Autor de dois gols e do passe para o do Edinho, uma bola na trave e outras chances desperdiçadas. Foi vibrante durante os noventa minutos e será inconcebível que saia do time para a manutenção do inócuo Sobis, já que Fred deverá voltar.

A desenvoltura de Lanzini contagiou os demais e Carlinhos, Mariano, Edinho e Valencia se empenharam muito e também se sobressaíram.

O jogo, porém, não foi essa moleza que o placar pode fazer parecer. Em alguns momentos, o Fluzão foi acuado em seu campo e só não sofreu gol graças ao excelente desempenho de Diego Cavalieri, que aos poucos vai voltando a sua forma dos tempos de Palmeiras. 

Para que exibições parecidas sejam reeditadas, torna-se imperioso que Abel abandone de vez o protecionismo nas escalações.

Rafael Sobis, por exemplo, desde que chegou tem feito apresentações patéticas e mesmo assim é mantido como titular absoluto.

Não sei se por amizade acerbada ou teimosia mesmo, mas a insistência com Sobis, além das constantes declarações sobre sua qualidade, ainda que o atacante não ostente boa forma há quase dois anos é inaceitável, visto que os demais jogadores são sacados imediatamente do time quando têm uma jornada infeliz. Souza e Ciro que o digam.

Fernando Bob e Marcio Rosário são outros favoritos do treinador. Sua reclamação sobre as vaias dirigidas a Fernando Bob é sintomática, porque somente ele Abel não aceita as falhas do jovem volante jogo após jogo.

 Aliás, já houve tempo suficiente para perceber que Bob não é e nunca será um armador, organizador de jogadas. A insistência em dar a ele essas funções é que poderá queimá-lo no clube. Com um período de descanso e mais treinamento, ele ainda poderá vir a ser útil no futuro, não agora.

Fernando Bob levou o terceiro cartão e graças a isso estaremos livres de suas faltas nas imediações da grande área.

Martinuccio é mais um que deveria ter uma chance de mostrar sua qualidade desde o início, porque as de Marquinho são sobejamente conhecidas e acrescentam muito pouco.

Acorda Abel e DÁ-LHE FLUZÃO!

(foto: lancenet.com.br / Cléber Mendes)

3 comentários:

Anônimo disse...

FRED E DECO PRA QUE ?
O FLU MOSTROU QUE JOGA MELHOR SEM ELES. ECONOMIZEM UMA GRANA E TRAGAM REFORCOS PRA ZAGA E O ATAQUE. ALEM DE UM GOLEIRO DECENTE. SE TIVESSEMOS O FELIPE DO FLAMENGO JA ESTARIAMOS NO G4.
AS LIMITACOES DO ELENCO FAZEM COM QUE O TIME ATUE MELHOR COM O MEIO DE CAMPO ENCORPADO, GARANTINDO A POSSE DE BOLA E A ASSISTENCIA AO ATAQUE. DESISTAM DO ESQUEMA COM 2 ATACANTES ISOLADOS, ESTATICOS E QUE NAO DAO COMBATE AO INIMIGO. SE LIGA ABEL!

Tricolor! disse...

Tirando a parte do goleiro, concordo com o anônimo!

Helio R.L. disse...

Amigos,

Que tal o time assim?

Cavalieri; Mariano, Gum, Euzébio e Carlinhos; Edinho, Valencia, Lanzini e Matinuccio; Fred (ou Ciro) e Rafael Moura.

Chega de Sobis, Marquinho,Araújo, Diguinho, Marcio Rosário e Souza.

O Deco até que tem futebol, mas está bichado.

Saudações Tricolores.