Só mesmo João de Deus para acabar com as lambanças da defesa tricolor. |
Uma vez mais o time joga bem e não vence. Até quando a Torcida Tricolor vai ter que conviver com essa sina?
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Dessa vez até o técnico Abel não aguentou e criticou os vacilos da defesa. É quando eu pergunto: criticar como, se e é ele quem escala?
Abel se enraizou na mesmice, aquela mesmo iniciada pelos técnicos anteriores.
Manter a titularidade de atletas que não possuem habilidade para jogar e só enganam tem sido o erro maior do treinador, que insiste em utilizá-los, talvez à espera de um milagre, que jamais acontecerá.
As derrotas para Coritiba, Atlético Mineiro, América Mineiro, Grêmio e Santos foram devidas exclusivamente a falhas gritantes de seus zagueiros. E inclua-se nessa relação a patética jogada que resultou no penalti a favor do Vasco.
Torna-se cada vez mais difícil comentar as jornadas tricolores. A torcida exulta quando os “de pouca habilidade” são expulsos ou recebem o terceiro amarelo. Alegria que dura apenas até a próxima partida, porque o substituto escolhido mantém a mesma regularidade nas lambanças.
Querer que o time embale com uma zaga formada por Gum, Marcio Rosário ou Digão é desejo impossível de ser conseguido, pois se fosse possível juntar os três num só ser humano, ainda assim não teríamos um zagueiro de categoria.
E Abel insiste com eles. E a nova diretoria, também acéfala como a anterior, declara que o elenco está bem servido com os zagueiros que tem.
E os torcedores continuam sendo obrigados a continuar vendo o time jogar bem e não vencer.
As falhas nos dois gols de Borges foram patéticas.
Urge a volta de Leandro Euzébio, ainda que recém operado, porque mesmo não sendo um zagueiro de ponta é bem superior ao trio que vem, ou melhor, não vem jogando.
E o meio de campo? Pobre Lanzini, jogado às feras como nos tempos do Império Romano, é o único ser pensante em meio a um emaranhado de pernas de pau.
Ontem cheguei a pensar que o Marquinho iria queimar a minha língua, após a cobrança de falta precisa para o gol de Rafael Moura.
Ledo engano, porque bastaram três minutos apenas para que ele tentasse parar o Arouca na jogada que originaria o segundo gol santista. Tentou combater o adversário ficando de lado para ele, sem a mínima noção de como marcá-lo. Nem uma falta foi capaz de fazer.
Abel precisa conscientizar-se de que o elenco não possui mais o Conca, o alicerce que permitiu que o clube fosse campeão, mesmo com todas essas deficiências.
Agora, ou ele tenta outras opções, ou amargaremos novos dissabores no decorrer do campeonato, além do risco do restante do elenco desmotivar-se ao ver que não adianta lutar, fazer gols e os defensores entregarem jogo após jogo.
Se conseguir bater o Botafogo, a conquista da vaga ainda será possível. A derrota aumentará a distância entre os dois clubes para nove pontos, difícil de recuperar com a constância das irregulares.
Em boa hora Marquinho está suspenso, o que forçará a sua substituição. Que Abel não tente novamente o Fernando Bob. A vez é do Souza, que mesmo não rendendo bem, é o único dos disponíveis com capacidade de aliviar o peso das costas do Lanzini. Deve ter em mente que o adversário conta com Renato, Maicosuel e Elkeson em seu meio de campo e que por isso o Flu não poderá no setor utilizar gente sem habilidade.
Que não insista com Marcio Rosário ou Digão e que dê um descanso ao Rafael Sobis, que quase nada faz e quando consegue alguma jogada esporádica põe tudo a perder com o excesso de individualismo, sempre tentando arrematar, incapaz de servir a um companheiro melhor colocado.
Do jeito que está só resta mesmo esperar um milagre.
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