Por trás dos grandes títulos sempre há um craque de Xerém |
É isso mesmo, caros tricolores. A partir da década de 90, o Vale das Laranjeiras, em Xerém, vem colocando em vários clubes, não só do Brasil, como também do exterior suas revelações mais habilidosas, algumas inclusive sem disputar uma partida sequer pelo Fluminense.
O caso mais conhecido é o dos gêmeos Rafael e Fabio, laterais campeões da Premier League pelo Manchester United, enquanto o Fluminense continua com seu problema crônico da lateral esquerda.
Outro caso sui generis é o do Thiago Silva, que muitos torcedores e até mesmo cronistas esportivos ignoravam sua origem tricolor. Pelo menos foi repatriado e deu bastantes alegrias a nossa galera.
A desculpa para a dilapidação do patrimônio tricolor sempre foi a Lei Pelé e o maior poder aquisitivo dos clubes europeus contra os quais os brasileiros não conseguiam se impor.
Certo em parte, porque realmente a Lei Pelé é uma excrescência engendrada por espertos inescrupulosos e aprovada por políticos despreparados, que nada entendiam e ainda não entendem dos meandros das negociações regulamentadas pela FIFA.
As justificativas esfarrapadas caíram por terra quando as “pratas da casa” tricolores começaram a pipocar na maioria dos times de ponta do país.
Só para exemplificar, hoje temos revelações atuando como titulares no Vasco da Gama, Flamengo, Botafogo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Atlético Mineiro, além de várias promessas aguardando oportunidade no Internacional.
E assim vai se solidificando a rotina: a partir de 2009, a maioria dos títulos nacionais conquistados __Campeonato Brasileiro de 2009 e Copas do Brasil de 2010 e 2011__ contou com a participação efetiva de revelações do nosso Vale das Laranjeiras.
Que bom seria se o Fluminense não tivesse sofrido décadas de desmando em suas administrações.
A esperança reside na intenção do atual Presidente Peter Siemsen em colocar as novas revelações a serviço do Fluminense.
Para conseguir esse objetivo, entretanto, terá que enxotar os inúmeros empresários gananciosos que infestam Xerém.
E lógico, abrir cada vez mais os olhos para os espertos da Traffic, mantendo-os de preferência o mais distante possível.
Tomara que consiga.
Um comentário:
ST***
O Rafael também jogou os 90 minutos da final da Liga dos Campeões contra o Chelsea. Até hoje quando vejo esses meninos tenho um aperto no coração pela possibilidade de futuro que nos foi roubada e pelas miseráveis peças de substituição.
Mauro Balbino
Postar um comentário