terça-feira, 15 de março de 2016

Fluminense 1 x 1 Botafogo... com sorte!

Quando a salvação está em Gum, temos que botar as
 barbas de molho. (foto: Cléber Mendes / LANCE!Press)

Fazendo jus ao título de seu livro Levir trouxe a sorte há muito distante das Laranjeiras.

O time continua um bando, consequência lógica da insistência descabida na contratação de técnicos inexperientes e ainda sem brilho no cenário nacional.
Levir terá trabalho, muito mais do que imaginava, para conseguir montar uma equipe minimamente competitiva.

Competência para isso ele tem, mas será imprescindível paciência suficiente por parte dos torcedores e principalmente da diretoria para que as coisas aconteçam.

A mesma paciência que teve a direção com relação a Cristóvão, por exemplo, que mesmo com um elenco de craques colecionou seguidos insucessos e alguns vexames históricos.

Levir não terá Conca, Jean, Sobis, Wagner dentre outros, somente um elenco mediano com apenas quatro jogadores fora de série Fred, Cavalieri, Diego Souza e Cícero, o primeiro quase sempre impedido de jogar por contusões ou expulsões e os demais necessitando recuperação física e técnica, além de algumas promessas de Xerém, que ainda não conseguiram demonstrar a regularidade esperada.

Existe ainda a esperança em Richarlison, credenciado pelo elevado custo investido em sua contratação.

Os demais são jogadores comuns, elevados ao status de craques muito mais pelos desproporcionais salários que recebem, mercê da falta de conhecimentos dos antigos gestores do futebol, defenestrados tardiamente pelo presidente, do que por suas qualidades técnicas.

A sorte, entretanto, parece ter voltado com o novo técnico.

A decisão do Criciúma de colocar um time formado primordialmente por juniores facilitou a classificação para a semifinal da Primeira Liga e o empate com o Botafogo no último lance do jogo são exemplos clássicos.

Não tenho dúvidas que Levir aos poucos conseguirá dar uma cara de time ao Fluminense, embora esteja cético quanto aos resultados imediatos.

Seu currículo dá uma certeza cristalina: não há titularidade cativa, joga quem estiver melhor. Já provou isso no Atlético Mineiro, Ronaldinho Gaúcho que o diga.

Declarou que irá acompanhar os juniores mais de perto para talvez pinçar alguém.

Torço para que faça, porque se fizer irá encontrar alguns jovens mais habilidosos e decisivos que muitos dos que desfrutam de uma titularidade quase inquestionável sem produzir praticamente nada de útil.

O tempo dirá.

E é disso que Levir precisa: tempo para trabalhar, para avaliar o que tem nas mãos e aparelhar o elenco para fazer o Fluminense novamente vencedor o mais breve possível.


DETALHES:

Fluminense 1 x 1 Botafogo

Local: Estádio Raulino de Oliveira, Volta Redonda, RJ; Data: 13/03/2016
Árbitro: Péricles Bassols (RJ)
Auxiliares: Eduardo Couto (RJ) e Carlos Henrique Filho (RJ)
Gols: Ribamar, aos 3' e Gum aos 47' da etapa final
Cartões amarelos: Renato Chaves, Giovanni e Marlon

Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Renato Chaves (Gum, 9'/2ºT), Marlon e Giovanni; Edson (Felipe Amorim, 27'/2ºT), Cícero, Gustavo Scarpa, Diego Souza (Gerson, 9'/2ºT); Marcos Júnior e Osvaldo. Técnico: Levir Culpi.


Botafogo: Jefferson, Luis Ricardo, Carli, Emerson e Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva (Fernandes, 44'/2ºT) e Rodrigo Lindoso; Salgueiro (Neilton, 17'/1ºT) e Gegê; Ribamar. Técnico: Ricardo Gomes.

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