terça-feira, 4 de junho de 2013

Fluminense 3 x 0 Criciúma. Dentro do script.

(foto: LancePress / Paulo Sergio)

Dessa vez os gols saíram com facilidade.
Digão fez a festa ante a fraca zaga catarinense. Valeu a dedicação e o oportunismo.
Elogiado pela crônica e pelo próprio treinador, declarou estar recuperado da falha que custou a eliminação na Libertadores.
Ótimo que esteja, porque eu não estou e penso que a maior parte da torcida também não.
Digão é um desses zagueiros folclóricos: fora da área até que se sai bem. O problema é quando está dentro dela. Bom seria se fosse adaptado para outra posição: primeiro volante, quem sabe?
O Fluminense foi melhor praticamente durante todo o tempo. Três gols, uma bola no travessão em complemento a uma jogada perfeita, além de algumas boas defesas do goleiro adversário.
Gostei das barrações de Bruno, Leandro Euzébio e Wellington Nem, que desde há muito vinham apresentando futebol fraco e se comportavam como se fossem os donos absolutos das posições.
Teria sido melhor se Nem tivesse permanecido no banco até o fim.
Entrou a quinze minutos do fim, sofreu o pênalti e como “rei da cocada” arvorou-se em dono da bola e decidiu que iria cobrar.
Bateu bem, mas deixou a impressão que dentro do campo o treinador não apita muito, pelo menos sob o meu ponto de vista.
Ao sair de campo deu uma declaração inusitada, afirmando que a sua barracão teria outras causas que o mau futebol apresentado e que depois todos saberiam.
Mais tarde veio a notícia de que estaria sendo cobiçado pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, que já teria oferecido € 8.000 (R$ 22,4 milhões) pelo seu passe.
Inteligente como é, resiste à insistência da diretoria em vendê-lo para um mercado pouco atrativo.
Custo a crer que tenha sido esse o motivo de ele ter sido barrado porque a causa real já era por demais conhecida: o futebol ruim apresentado durante todos os cinco meses do ano.
Cabe acrescentar em defesa de Nem que para que seu futebol apareça há necessidade de alguém com capacidade de fazer lançamentos precisos, de modo que possa utilizar sua velocidade e suplantar os adversários na corrida.
Desde a perda do Deco, esses lançamentos desapareceram e sem eles também o brilho de Nem.
Ontem, bastaram três minutos para que Felipe o colocasse na posição ideal e o resultado foi o sucesso na jogada.
Enquanto Abel insistir com atacantes nas funções de armadores, dificilmente o Fluminense conseguirá vencer as equipes mais fortes ou melhores armadas na defesa.
Pouca coisa mais a ser registrada face à fragilidade do adversário, a não ser o fato do ótimo início com seis pontos em dois jogos, o que é um indício consistente de que o Fluzão entra firme na campanha do penta.
Rumores também sobre uma proposta do Galatasaray, da Turquia, pelo Carlinhos por € 5,5 mi (R$ 15,2 mi).
Ávida por dinheiro como está é bem provável que a diretoria se desfaça não só do lateral, como também do Wellington Nem, cuja venda renderia aos cofres do clube R$ 15,6 milhões, já que o Flu detém apenas 70% dos direitos econômicos.
Só espero que, se concretizadas as negociações, o total de R$ 30,8 milhões não fujam pelos dedos.
Vai aí uma sugestão para Siemsen e Barros: usar boa parte desse dinheiro para reforçar ainda mais o elenco, mediante duas trocas: a primeira Wellington Nem por Maicon Bolt, já que o Lokomotiv, clube de Maicon, também demonstrou interesse por Nem e a outra rescisão do contrato de Deco e recontratação do Conca.
O que vocês acham da ideia?

E DÁ-LHE FLUZÃO, RUMO AO PENTA!

DETALHES:

Fluminense 3 x 0 Criciúma

Local:  Macaé (RJ); Data: 2/6/2013
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima (SP)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP)
Gols: Digão, aos 24' e  33' do primeiro tempo e Wellington Nem, aos 35' do segundo.

Fluminense: Ricardo Berna; Wellington Silva, Digão, Gum, Carlinhos; Edinho, Diguinho e Wagner (Felipe, 32'/2ºT); Rhayner (Thiago Neves, 24'/2ºT), Rafael Sobis e Samuel (Wellington Nem, 30'/2ºT) - Técnico:  Abel Braga.


Criciúma: Bruno, Pacheco, Matheus Ferraz, Eweton Páscoa e Marlon (Gilson, 29'/2ºT); Tiago Dutra (Tartá, 31'/1ºT), Elton, Serginho, João Vitor (Daniel Carvalho, 17'/2ºT); Lins e Marcel  -Técnico: Vadão.

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