Malas prontas... E pasmem... para a Áustria, país frio, de idioma complicado, costumes diferentes e futebol sem tradição.
Mais uma promessa que será perdida, vítima de uma lei espúria, idealizada por espertos e aproveitadores e aprovada por políticos acéfalos em termos de futebol.
Alguns apostam que a maioria deles não consegue distinguir uma bola de vôlei de uma de futebol, quanto mais entender dos meandros inerentes à preparação de atletas de alto nível.
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Certamente desconhecem os procedimentos adotados desde as famosas "peneiras" até a formação de um craque completo. As despesas com infra-estrutura, alimentação, assistência médica sequer foram levadas em consideração quando ou doutos deputados e senadores criaram a esdrúxula "Lei Pelé", que terminou com o vínculo dos jogadores com os clubes, mas permitiu sua escravização a empresas ou grupos de empresários, cujo único objetivo é o aumento de suas contas bancárias em detrimento dos clubes, que afinal de contas são o s únicos responsáveis pelos investimentos na formação desses atletas.
Vários deles nem chegam a se firmar na equipe principal. Alguns saem tão rapidamente que a maioria dos torcedores nem sabe que passaram pelas divisões de base do clube. É o caso de Thiago Silva, que só virou ídolo após o seu retorno ao clube. Até hoje, muita gente pensa que ele foi revelado pelo Juventude.
Tal lei é tão mal intencionada que achincalha até o contrato jurídico ao estabelecer multas rescisórias em função dos salários recebidos pelos atletas da base, o que acaba sempre resultando em valores ridículos, devido à impossibilidade de se contemplar com altos salários as centenas de jovens candidatos a estrelas, dos quais apenas alguns poucos confirmam sua habilidade nas categorias profissionais.
O Fluminense, por exemplo, já perdeu inúmeros craques sem a justa compensação financeira para os investimentos despendidos em sua formação. Aí estão Carlos Alberto, Rodolfo, Júnior César, Marcelo, Diego Souza, Arouca, os gêmeos Rafael e Fábio, Wellington Silva.
Mas nem tudo é culpa exclusiva da legislação, os clubes têm pecado muitas vezes por incompetência ou até omissão, atrasando salários, depósitos de FGTS, o que acaba por facilitar a desvinculação dos atletas.
No Fluminense, aconteceram os casos do Arouca, que não teve seu contrato renovado em tempo hábil de evitar a assinatura de um pré-contrato com outra agremiação, antiética é claro, mas isso não vem ao caso e Dalton, que acabou se desligando pelo atraso em alguns meses do depósito do FGTS. Marinho também foi perdido para o Internacional depois de imbróglio mau explicado.
Algumas vezes a situação se complica ainda mais para o lado dos clubes, que no afã de melhorar o desempenho de suas equipes acabam firmando contratos de parcerias com empresas ou grupo de empresários gananciosos, alguns até sem nenhuma ética.
Nesse quesito, o nosso querido Fluminense está sendo vítima de mais uma negociação desastrada: a parceria com a Traffic.
Esse esperto "parceiro", que visa apenas o seu lucro sem dar a mínima bola se leva ou não a sua contraparte à banca rota, desde que chegou, em troca de muito pouco, se assenhoreou da maior parte dos direitos federativos de vários atletas. Os alvos principais foram os que já tinham galgado a equipe principal: Alan, Dalton Digão e Maicon e Tartá.
O resultado é sobejamente conhecido. Maicon foi negociado por uma quantia equivalente à metade do que estabelecia sua multa rescisória, Dalton saiu de graça, talvez por falha do próprio clube.
Digão, aparentemente foi salvo das especulações pelas constantes contusões e Tartá, por ter recusado que seus direitos federativos fossem vinculados a empresários. Tal atitude, porém, culminou com um boicote absurdo a ponto de ser emprestado ao Atlético Paranaense. A Torcida Tricolor espera que Muricy, com sua independência, olhe com carinho para esse atleta, que sob sua orientação terá tudo para voltar a se destacar no elenco tricolor.
Agora a bola da vez é o Alan, que poderá trocar o Fluminense pelo poderoso Red Bull Salzburg. A matéria de Rodrigo Viga, abaixo transcrita do site Terra, dá uma noção exata dos meandros sombrios dessa negociação.
Aos tricolores, só resta esperar que alguém com mais escrúpulos oriente melhor o jovem atleta para que ele não acabe entrando numa fria.
O blog do Tricolor Verdadeiro conclama os sócios tricolores de coração para que façam uma reflexão sobre o assunto e prefiram os candidatos que tenham em sua plataforma o encerramento da parceria nefasta com a Traffic, essa erva daninha que assola as Laranjeiras, antes que novas revelações, como o jovem Fernando Bob, deixem o clube prematuramente.Terra.com.brDirigente do Fluminense acha difícil a permanência de Alan04 de agosto de 2010 • 18h02 • atualizado às 19h04
Rodrigo Viga
Direto do Rio de Janeiro
O atacante Alan está com os dias contados no Fluminense, segundo o vice-presidente de futebol do clube, Alcides Antunes..O jogador deve ser negociado com exterior, de acordo com o dirigente: "está difícil de segurar e o jogador quer ir embora", afirmou.,O jovem atleta tem direitos retalhados entre a Traffic e um grupo de empresários, entre eles o apresentador Ratinho. Segundo Alcides Antunes, isso dificulta a sua permanência. "O Fluminense não tem direito nenhum", declarou..
O Red Bull, da Áustria, pode ser o destino do atacante. O clube tricolor já procura opções no mercado para substituí-lo.
FORA TRAFFIC! FORA TRAFFIC! FORA TRAFFIC! FORA TRAFFIC!
3 comentários:
Pois é, o nome Traffic já diz tudo... o negócio para eles é negociar, o clube que se dane.
Ridículo vender o Alan para um time de segunda de uma nação futebolística de terceira categoria. O pior é que, mesmo se a coisa não der certo por lá (o que é possível devido às diferenças climáticas e culturais), se ele voltar vai ser por empréstimo de 6 meses a peso de ouro... é brincadeira.
Eu tô meio por fora mas qual é a relação entre Traffic e Unimed? A segunda precisa da primeira? Sem o dinheiro da Unimed fica difícil, ou não?
Abraços,
Marcio
Caro Marcio,
Como vão as coisas aí em Dallas? Já descobriu algum novo poço de petróleo?
Quanto à sua pergunta, não há nenhuma ligação entre Unimed e Traffic.
A Unimed tem um contrato de patrocínio e participa da contratação de jogadores para o Flu. Fred, Conca, Emerson, Washington, Deco e por aí vai.
Os jogadores contratados por ela recebem melhores salários e quase sempre sem atrazos, por isso muita gente acha sua presença deletéria, entendendo como intromissão na administração do clube a participação efetiva de Celso Barros, presidente da patrocinadora. Imbecilidade pura porque sem a presença da Unimed jamais o clube teria uma equipe e principalmente um treinador de ponta como o Muricy. Sorte nossa que Celso Barros é um tricolor doente, senão já teria pedido o boné.
A Traffic, ao contrário, tem um contrato de parceria na base do venha a nós, ou seja aplica o mínimo e leva a maior fatia do bolo. Desde que chegou a única boa coisa que fez ajudar na compra dos direitos federativos do Conca, dos quas já detém 20%. Em contrapartida ficou com a maior parte dos direitos de Maicon, Alan, Dalton e Digão. Os três primeiros já foram embora sem completar um ano no elenco principal. O caso do Maicon foi o mais escabroso, pois sua transferência custou 50% do estabelecido em contrato pela multa rescisória. Ou a diretoria tricolor é muito burra ou alguém levou algum.
A Traffic, às vezes, anuncia um presente para o clube. No caso do Flu foi um verdadeiro presente de grego, o jogador Willians, que já havia fracassado no Palmeiras. Jogador sem recursos técnicos que não tem sido relacionado nem para o banco, mas o salário quem paga é o Flu.
Mas basicamente a Traffic é formada por investidores gananciosos que visam apenas o seu lucro imediato, não se importando que os clubes se explodam. É isso aí.
Abraços e saudações tricolores.
necessario verificar:)
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