Dessa vez, Fred perdeu os gols que não costuma perder.
Outra vez o Fluminense perde a chance de chegar a uma final de turno no estadual. Desde 2005, apesar de ter "o propalado melhor time", a sequência de derrotas tem sido uma constante, (que saudades do Abel!).
A Torcida Tricolor já está farta das mesmas desculpas: "Jogamos melhor", "Erramos o penalti", "Quem perdeu era muito jovem", "O astro da equipe vinha fora de ritmo", todas concluídas com a bizarrice de sempre: "Aprendemos mais uma lição", "Vamos estudar nossas falhas".
No caso específico do Cuca, de tanto estudar as lições relativas a perdas de títulos, em breve deverá estar no Guinness World Records como o técnico mais graduado, verdadeiro PHD em tentativas de aprendizado.
Embora o âmago das desculpas corresponda à realidade, alguns pontos ainda devem ser questionados, como por exemplo:
O fato de Fred não estar em seu ritmo ideal por ter vindo de contusão. Cuca tem que observar que o artilheiro vem sendo massacrado pelo excesso de pontapés, que acabam minando sua resistência. Deve, portanto, evitar colocá-lo em campo quando não reunir suas melhores condições físicas, como no jogo contra o Duque de Caxias, por exemplo, porque o efeito de decisões erradas como essa, chega mais cedo ou mais tarde.
O departamento médico também deve ficar mais atento às seguidas contusões de nossos principais atletas. Maicon, por exemplo, utilizando com exagero o dom inato da velocidade, tem sido vítima de lesões musculares graves e constantes. Orientações no sentido de aprender a dosar suas forças para usá-las com mais racionalidade, talvez possam evitar essas distensões, inadmissíveis em se tratando de uma atleta de 20 anos.
_ "O Alan é muito novo por isso perdeu o penalti". O que dizer então do Philippe Coutinho que ainda nem atingiu a maioridade? Se a assertiva fosse verdadeira, ele deveria ter perdido também.
Ainda sobre o Alan, Cuca disse que ele estava confiante. E daí? Confiança não converte penalidades, há que se treinar e ter habilidade. À propósito, será que o Alan já havia batido algum penalti em sua vida? O erro na escolha dos batedores é exclusivamente da comissão técnica.
O jogo em si foi o que todos esperavam. Marcação cerrada e botinadas em cima de Fred e Conca. Mancini sabia bem que só eles poderiam criar dificuldades para o Vasco, tanto que não se preocupou com os demais por achar claro que anulando as duas estrelas ninguém mais seria capaz de fazer a diferença.
Concordo com o Cuca quando disse que se o Fred estivesse na plenitude da forma não perderia aqueles gols quase certos. Provavelmente também não tentaria cavar aquele penalti de forma tão ridícula, após ter passado pelo goleiro.
No mais, o filme de sempre: Gum e Cássio firmes na zaga; Mariano mais ou menos; Julio Cesar continua devendo, não merecendo a condição de titular absoluto por apresentar pior desempenho do que o Marquinho, que nem lateral é; Diguinho, com a "virtude" de errar passes fáceis que acabaram propiciando contra-ataques perigosos; Diogo fazendo o que sabe, o que não é muito; Conca e Fred sobrecarregados como sempre.
Não consegui ver no Everton o futebol que alguns cronistas salientaram. Para mim, ainda não disse ao que veio. Jogar bem contra equipes medíocres, sem a mínima qualidade técnica não o credencia a ter desbancado o Tartá, degredado para outras plagas. Aguardo com ansiedade a recuperação do Equi, talvez a última esperança de ver alguém criativo ao lado do Conca.
Ao final, com tanta deficiência do meio pra a frente, o resultado só poderia ser mesmo o zero a zero, porque aquele ataque vascaíno ainda que jogasse cem anos que não iria conseguir furar nossa defesa de jeito algum.
Sobre a confiança do Cuca, garantindo a conquista do segundo turno e o consequente título na disputa final, torço para que aconteça. Mas para que a promessa se torne realidade, ele precisa parar de inventar, porque com suas invenções perdeu vários títulos no Botafogo.
A escalação prematura do Bruno Veiga num clássico decisivo foi uma temeridade. Periga até de queimar uma promessa por jogá-lo ao fogo sem mais nem menos. "Ah, ele treinou bem", dirão alguns, fazendo coro com o treinador. Para eles volto a citar a máxima do Didi: "treino é treino, jogo é jogo".
Além do desastre esperado, a escalação do Bruno serviu também para tirar a tranquilidade do Alan, que entrou mais nervoso do que o normal, achando que teria que mostrar muito serviço para ser considerado em outras oportunidades. Deu no que deu.
Cuca exultou a excelente campanha da primeira fase. Que excelência, cara pálida? Cinco vitórias contra times fraquíssimos, bem inferiores ao que apresentaram nos campeonatos passados. Acho que esteja rolando um pouco de soberba, afinal não conseguimos vencer nenhum clássico e o modo como perdemos para o urubu foi de dar raiva até em criancinha recém-nascida. Verdadeiro festival de asneiras.
Temo pela Copa do Brasil, porque jogando desse jeito vai ser muito difícil ganhar do Grêmio, do Santos ou até mesmo do Vasco, que mais uma vez foi o nosso carrasco. Gostaria mesmo que o Cuca voltasse com o "Time de Guerreiros".
Prefiro ver aquela mesma escalação que ficou invicta jogando um futebol viscoso e envolvente, o melhor da fase final do Brasileirão de 2009 e contra equipes bem mais qualificadas, como Atlético Mineiro, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético Paranaense, Vitória, Sport e que acabaram sendo massacrados pelo Fluzão.
Já que o técnico declarou que "vai ter tempo para refletir e que o Fluminense tem se preparar melhor em todos os sentidos para fazer uma boa Copa do Brasil e um bom segundo turno", por que não aproveitar esses joguinhos "mamão com açúcar" contra os pequenos do Rio e os iniciais da Copa do Brasil para condicionar o Digão e deixar Julio Cesar, Everton, Willians e Thiaguinho, os reforços que até agora jogaram menos dos que já estavam na equipe, amargando um banquinho, como fez com o Leandro Euzébio?
Deve refletir muito sobre o fato de ter considerado a eliminação como um acidente de percurso, do mesmo modo que havia considerado o segundo tempo do jogo contra o Flamengo. Pelo fato de estar dirigindo o Fluminense, a obrigação do Cuca é o de descobrir as causas desses acidentes e corrigi-las o quanto antes, pois de acidente em acidente os títulos vão sendo perdidos e a paciência da torcida se esgotando.
Agora resta esperar que o Vasco vença o Flamengo na final para diminuir a chance de novo campeonato rubro-negro, a menos que o Joel Santana consiga tirar algum coelho da cartola e eliminar a urubuzada.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
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Não sei se dá raiva ou frustração. Enquanto, ao longo dos últimos anos, temos sido obrigados a conviver com Fabinho, Jailton, Wellington Monteiro, Leandro Domingues, Leandro Bonfim e mais recentemente com Diogo, Diguinho e Willians, nossas revelações de Xerém viram craques e passam a defender os adversários.
Ontem foi o Carlos Alberto, mola propulsora do time do Vasco; antes tinham sido Toró e Fernando, que mesmo sem ser brilhantes, deram conta do recado. Na Copa do Brasil, teremos que aturar Diego Souza e Arouca e no Brasileirão, Roger, Júnior César e outros.
Antes, a desculpa era de que não podíamos competir com os clubes europeus, mas perder uma miríade de craques para os clubes brasileiros já é burrice demais.
(crédito da foto: Agência Lance)
Outra vez o Fluminense perde a chance de chegar a uma final de turno no estadual. Desde 2005, apesar de ter "o propalado melhor time", a sequência de derrotas tem sido uma constante, (que saudades do Abel!).
A Torcida Tricolor já está farta das mesmas desculpas: "Jogamos melhor", "Erramos o penalti", "Quem perdeu era muito jovem", "O astro da equipe vinha fora de ritmo", todas concluídas com a bizarrice de sempre: "Aprendemos mais uma lição", "Vamos estudar nossas falhas".
No caso específico do Cuca, de tanto estudar as lições relativas a perdas de títulos, em breve deverá estar no Guinness World Records como o técnico mais graduado, verdadeiro PHD em tentativas de aprendizado.
Embora o âmago das desculpas corresponda à realidade, alguns pontos ainda devem ser questionados, como por exemplo:
O fato de Fred não estar em seu ritmo ideal por ter vindo de contusão. Cuca tem que observar que o artilheiro vem sendo massacrado pelo excesso de pontapés, que acabam minando sua resistência. Deve, portanto, evitar colocá-lo em campo quando não reunir suas melhores condições físicas, como no jogo contra o Duque de Caxias, por exemplo, porque o efeito de decisões erradas como essa, chega mais cedo ou mais tarde.
O departamento médico também deve ficar mais atento às seguidas contusões de nossos principais atletas. Maicon, por exemplo, utilizando com exagero o dom inato da velocidade, tem sido vítima de lesões musculares graves e constantes. Orientações no sentido de aprender a dosar suas forças para usá-las com mais racionalidade, talvez possam evitar essas distensões, inadmissíveis em se tratando de uma atleta de 20 anos.
_ "O Alan é muito novo por isso perdeu o penalti". O que dizer então do Philippe Coutinho que ainda nem atingiu a maioridade? Se a assertiva fosse verdadeira, ele deveria ter perdido também.
Ainda sobre o Alan, Cuca disse que ele estava confiante. E daí? Confiança não converte penalidades, há que se treinar e ter habilidade. À propósito, será que o Alan já havia batido algum penalti em sua vida? O erro na escolha dos batedores é exclusivamente da comissão técnica.
O jogo em si foi o que todos esperavam. Marcação cerrada e botinadas em cima de Fred e Conca. Mancini sabia bem que só eles poderiam criar dificuldades para o Vasco, tanto que não se preocupou com os demais por achar claro que anulando as duas estrelas ninguém mais seria capaz de fazer a diferença.
Concordo com o Cuca quando disse que se o Fred estivesse na plenitude da forma não perderia aqueles gols quase certos. Provavelmente também não tentaria cavar aquele penalti de forma tão ridícula, após ter passado pelo goleiro.
No mais, o filme de sempre: Gum e Cássio firmes na zaga; Mariano mais ou menos; Julio Cesar continua devendo, não merecendo a condição de titular absoluto por apresentar pior desempenho do que o Marquinho, que nem lateral é; Diguinho, com a "virtude" de errar passes fáceis que acabaram propiciando contra-ataques perigosos; Diogo fazendo o que sabe, o que não é muito; Conca e Fred sobrecarregados como sempre.
Não consegui ver no Everton o futebol que alguns cronistas salientaram. Para mim, ainda não disse ao que veio. Jogar bem contra equipes medíocres, sem a mínima qualidade técnica não o credencia a ter desbancado o Tartá, degredado para outras plagas. Aguardo com ansiedade a recuperação do Equi, talvez a última esperança de ver alguém criativo ao lado do Conca.
Ao final, com tanta deficiência do meio pra a frente, o resultado só poderia ser mesmo o zero a zero, porque aquele ataque vascaíno ainda que jogasse cem anos que não iria conseguir furar nossa defesa de jeito algum.
Sobre a confiança do Cuca, garantindo a conquista do segundo turno e o consequente título na disputa final, torço para que aconteça. Mas para que a promessa se torne realidade, ele precisa parar de inventar, porque com suas invenções perdeu vários títulos no Botafogo.
A escalação prematura do Bruno Veiga num clássico decisivo foi uma temeridade. Periga até de queimar uma promessa por jogá-lo ao fogo sem mais nem menos. "Ah, ele treinou bem", dirão alguns, fazendo coro com o treinador. Para eles volto a citar a máxima do Didi: "treino é treino, jogo é jogo".
Além do desastre esperado, a escalação do Bruno serviu também para tirar a tranquilidade do Alan, que entrou mais nervoso do que o normal, achando que teria que mostrar muito serviço para ser considerado em outras oportunidades. Deu no que deu.
Cuca exultou a excelente campanha da primeira fase. Que excelência, cara pálida? Cinco vitórias contra times fraquíssimos, bem inferiores ao que apresentaram nos campeonatos passados. Acho que esteja rolando um pouco de soberba, afinal não conseguimos vencer nenhum clássico e o modo como perdemos para o urubu foi de dar raiva até em criancinha recém-nascida. Verdadeiro festival de asneiras.
Temo pela Copa do Brasil, porque jogando desse jeito vai ser muito difícil ganhar do Grêmio, do Santos ou até mesmo do Vasco, que mais uma vez foi o nosso carrasco. Gostaria mesmo que o Cuca voltasse com o "Time de Guerreiros".
Prefiro ver aquela mesma escalação que ficou invicta jogando um futebol viscoso e envolvente, o melhor da fase final do Brasileirão de 2009 e contra equipes bem mais qualificadas, como Atlético Mineiro, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético Paranaense, Vitória, Sport e que acabaram sendo massacrados pelo Fluzão.
Já que o técnico declarou que "vai ter tempo para refletir e que o Fluminense tem se preparar melhor em todos os sentidos para fazer uma boa Copa do Brasil e um bom segundo turno", por que não aproveitar esses joguinhos "mamão com açúcar" contra os pequenos do Rio e os iniciais da Copa do Brasil para condicionar o Digão e deixar Julio Cesar, Everton, Willians e Thiaguinho, os reforços que até agora jogaram menos dos que já estavam na equipe, amargando um banquinho, como fez com o Leandro Euzébio?
Deve refletir muito sobre o fato de ter considerado a eliminação como um acidente de percurso, do mesmo modo que havia considerado o segundo tempo do jogo contra o Flamengo. Pelo fato de estar dirigindo o Fluminense, a obrigação do Cuca é o de descobrir as causas desses acidentes e corrigi-las o quanto antes, pois de acidente em acidente os títulos vão sendo perdidos e a paciência da torcida se esgotando.
Agora resta esperar que o Vasco vença o Flamengo na final para diminuir a chance de novo campeonato rubro-negro, a menos que o Joel Santana consiga tirar algum coelho da cartola e eliminar a urubuzada.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
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Não sei se dá raiva ou frustração. Enquanto, ao longo dos últimos anos, temos sido obrigados a conviver com Fabinho, Jailton, Wellington Monteiro, Leandro Domingues, Leandro Bonfim e mais recentemente com Diogo, Diguinho e Willians, nossas revelações de Xerém viram craques e passam a defender os adversários.
Ontem foi o Carlos Alberto, mola propulsora do time do Vasco; antes tinham sido Toró e Fernando, que mesmo sem ser brilhantes, deram conta do recado. Na Copa do Brasil, teremos que aturar Diego Souza e Arouca e no Brasileirão, Roger, Júnior César e outros.
Antes, a desculpa era de que não podíamos competir com os clubes europeus, mas perder uma miríade de craques para os clubes brasileiros já é burrice demais.
(crédito da foto: Agência Lance)
2 comentários:
Caro amigo tricolor, não vou aqui fazer nenhum comentário, peço que você leia a última matéria la no Blog do Vascão, que você verá meu ponto de vista.
Abraço
Jeferson
Obs: Acabei de postala.
Caro Jeferson,
Já coloquei minha opinião lá. O Vasco mereceu a classificação porque levou mais a sério o treinamento para a decisão por penaltis o que não fez o Cuca, que não satisfeito ainda fez algumas invenções imbecis bem a sua feição.
Parabéns. Agora, cuidem para não perder da mulambada.
Saudações Tricolores
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