sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Que fim levou o Time de Guerreiros?

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Onde estará o aquele Fluminense guerreiro, imbatível, que encantou a todos nos três últimos meses do ano passado? O time que hipnotizou até os cronistas esportivos, mesmo os avessos ao Tricolor, a ponto de esquecerem as mágoas, as mazelas impingidas no passado a seus clubes de coração e passaram a tecer loas àquele que jogava o futebol mais bonito, mais contundente, mais objetivo do segundo turno.
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Até o super-corinthiano Juca Kfuri declarou seu amor ao Tricolor das Laranjeiras e confessou que não perdeu nenhum jogo do Fluzão durante aquela arrancada sensacional.




Pois bem, o campeonato acabou, vieram as férias e o encanto acabou.

Será verdade? Posso provar que não.

O time de guerreiros, o time dos sonhos aparentemente acabou. Os pífios desempenhos nos clássicos da Taça Guanabara sinalizam nesse sentido, principalmente os quarenta e cinco minutos finais contra o Flamengo, quando foi batido facilmente por 4 x 0 numa demonstração total de falta de qualidade com falhas grosseiras, tanto dos próprios atletas como da comissão técnica. E o time do Flamengo não é tão difícil de ser derrotado, como mostrou Joel Santana, que eliminou a urubuzada com um grupo mais limitado.
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Alguns, inclusive o próprio Cuca, se agarram às cinco vitórias obtidas contra Americano, Bangu, Duque de Caxias, Volta Redonda e Boavista para classificar a campanha como boa. Mera cortina de fumaça por que, afinal de contas, qual o mérito em vencer essas equipes fraquíssimas? Nada mais que obrigação.

Quais seriam então as causas do desempenho desastroso nos dois clássicos durante a Taça Guanabara? Desfalques, jogadores voltando de contusão e ainda sem o condicionamento ideal podem até ser considerados.

Mas não foi só isso. Aquele time maravilhoso foi sendo desmontado aos poucos. Contratações errôneas como sempre, enfraqueceram a equipe e a conta para mais esse desacerto acabou chegando até cedo demais.


Os “reforços” contratados não são melhores dos que os jogadores que compunham aquela equipe maravilhosa. E essa opinião não é de agora, pois antes mesmo de suas contratações na postagem do dia 11 de janeiro de 2010, sob o título “Elenco Tricolor definido para 2010. Acertos e pecados do Cuca” já contestava a qualidade desses atletas. Poderiam servir para compor elenco, nunca para serem titulares absolutos.

A única contratação que pode ser desculpada é a do Julio Cesar, que enganou a todos com suas belas atuações pelo Goiás. Confesso que também fiquei esperançoso do time ter finalmente condições de acertar a lateral esquerda, carente depois da saída de Junior Cesar.

As atuações do Julio Cesar não convenceram. Pode ser que esteja fora de forma, pode ter sentido o peso da camisa tricolor, mas o fato preocupante é que mesmo com as fracas atuações ele tem sido mantido como titular absoluto. O mesmo se aplica a Everton, Willians, Leandro Euzébio e Thiaguinho, embora os três últimos passaram a amargar uma justa reserva.

Ao abandono do esquema que vinha funcionando às mil maravilhas também cabe uma parcela de culpa. É claro que as contusões de Digão e Dalton e as fracas atuações do Leandro Euzébio forçaram nosso treinador a optar pelo velho 4-4-2.

Agora, porém, os dois estão de volta, além do Cássio, que finalmente conseguiu se firmar com ótimas apresentações. Não existe, portanto, justificativa plausível para a manutenção da titularidade de jogadores que vem jogando mal.
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O Cuca peitudo, que teve a coragem de barrar e afastar os atletas que há muito vinham enganando com um futebol medíocre, parece que desapareceu da face da Terra. Voltou a ser aquele técnico subserviente, medroso, que prefere escalar “as novas estrelas” recém contratadas, independentemente de suas atuações. Por que não os deixa fora do time, treinando forte para talvez voltarem quando estiverem apresentando um futebol mais objetivo?

Enquanto isso, o Fluzão da raça, do jogo objetivo e vencedor que todos se acostumaram a ver continua lá mesmo nas Laranjeiras, encubado, preterido. Agora mesmo para a estréia na Copa do Brasil, Cuca está em dúvida se escala Willians ou Thiaguinho para substituir o suspenso Diguinho, quando o mais normal seria deixar suas funções a cargo do Everton e voltar com o trio Gum, Digão e Cássio.

Acorda Cuca! Volte a escalar os jogadores que deram ao time aquela qualidade que os torcedores tricolores se acostumaram a ver, o time que todos sabem de cor. Se puder melhorá-lo, ótimo para os tricolores, embora para isso a diretoria terá que aprender a vislumbrar os craques de verdade, como conseguiu uma única vez ao contratar o Fred.

Por ter a certeza de que mais cedo ou mais tarde o nosso treinador se dará conta de que os novos “reforços” enfraqueceram o time em vez de reforçá-lo e voltará a escalar os atletas da mágica arrancada, é que afirmo que o Time de Guerreiros ainda voltará a dar grandes alegrias à Torcida Tricolor. E veja bem Torcida Tricolor, à exceção do Tartá, todos eles ainda estão lá.

E DÁ-LHE FLUZÃO! VAMOS VIRAR ESSE JOGO!



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De dar água na boca o artigo do Globoesporte.com sobre a atuação do Tartá.
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Tartá marca duas vezes e Atlético-PR vence o Engenheiro Beltrão.
Furacão ganha por 3 a 0 e diminui vantagem do Coritiba na ponta.

GLOBOESPORTE.COM Curitiba

O novo ataque do Atlético-PR funcionou bem. Com dois gols de Tartá – e um de Alan Bahia – o Furacão passou fácil pelo lanterna Engenheiro Beltrão na noite desta quinta-feira na Arena da Baixada. Com o resultado, o time rubro-negro, segundo colocado do Campeonato Paranaense com 17 pontos, diminui para cinco pontos a vantagem do líder Coritiba.

O Atlético dominou o jogo e partiu para cima desde o início, mas o goleiro Herbert conseguiu levar a melhor no primeiro tempo. Na segunda etapa, no entanto, o novo ataque rubro-negro conseguiu se entender melhor.
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Logo aos cinco minutos, Wallyson cruzou, Serna ajeitou no peito e Tartá chutou para abrir o placar. Aos 12, o Furacão chegou ao segundo, em uma cabeçada de Alan Bahia após cobrança de escanteio de Netinho. O time da casa estava decidido a matar o jogo e, aos 17, Tartá recebeu na área, fintou o marcador e chutou para fazer 3 a 0.
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O segundo gol foi uma pintura, Tartá com dois dribles secos humilhou o zagueiro adversário. Enquanto isso temos que conviver com Everton, Willians e Fábio Santos. Parece até brincadeira!

4 comentários:

Blog do Vascão disse...

Cara o time de guerreiros do Fluminense esta ai, perdeu nos penaltis como poderia ter ganhado.

Abraço
Jeferson

Pedro disse...

O time q joga hoje está bem mudado em relação ao ano passado. O time hoje joga no 4-4-2, o que na minha opinião explica boa parte da queda do rendimento da equipe.

As contusões do Digão e Dalton obrigaram o Cuca a mudar duas peças na defesa.
Na minha opinião, o Cassio até está rendendo bem, mas ainda está abaixo do nivel dos antigos titulares.

A defesa do ano passado com Gum, Digão e Dalton era muito segura, dando total liberdade para os alas atacarem, (principalemente com o Mariano pela direita).

Concordo que o Julio Cesar nao está rendendo o esperado. Mas ainda prefiro insistir um pouco mais nele do que apostar no Dieguinho ou Marquinho.

Outra coisa q está pegando é o meio de campo. O Everton é um bom jogador. Não é craque, mas é um atleta que será útil ao Flu. O probelma é que ele também é canhoto, como o Conca. Desta forma, o argentino tem atuado pelo lado direito do campo. Desta forma, jogando torto, o rendimento do Conca caiu este ano.

O Fred ainda não voltou aquela forma do final do ano passado. Ele me parece estar ainda naquela forma de inicio de temporada, de volta de férias.

Para piorar ainda mais, o Maicon se machucou tb.

Na minha opinião, o Cuca tem q voltar urgentemente para o 3-5-2. Estou vendo pela mídia que o Dalton e o Digão estão liberados pelo depto. medico. Ai nao vai ter mais desculpas.

Ah! E o Conca tem q voltar a atuar na canhota do campo.

Vamos ver se O Cuca cai em si na Taça Rio e volte ao time do ano passado.

Saudações Tricolores,

Marcio Cardoso disse...

Hélio,

excelent artigo e realmente tá faltando alguma coisa para o time voltar a grandes atuações. O seu comentário dos 4 gols sofridos no Fla-Flu mostra tudo. Mas a beleza do futebol e que não se ganha na véspera e um grupo limitado e arranhado por maus resultados pode dar a volta por cima, como o Botafogo demonstrou nas finais da Taça GB. Estamos aí contando com uma grande final Flu (vencedor da Taça Rio) vs. Fogo, o que pelos meus cálculos não ocorre desde 1971. Confere aí mas eu tenho quase certeza que são quase 40 anos sem o clássico vovô como decisão.

Valeu por nos informar sobre o promissor Tartá. Espero que volte para o Brasileirão!

Abc,

Marcio

Helio R.L. disse...

Caro Marcio,

Espero que mais cedo ou mais tarde o Cuca volte a escalar o trio Gum, Digão e Dalton, de modo a dar mais consistência à defesa. E que pare também de inventar e proteger alguns amiguinhos intocáveis, que não vem jogando bem.

Quanto ao Tartá, para o Brasileirão não vai dar. Seu empréstimo foi até o fim do ano. E é melhor que só volte mesmo em janeiro, pois do jeito que está se voltar agora periga de ser dispensado, já que ele se nega a ter parte de seus direitos cedidos à Traffic. Tenho a impressão de que é justamente aí que reside o problema, pois a "parceira" esperta já é dona de grande parte dos direitos de Alan, Maicon, Dalton e Digão, de modo que o ciclo sempre se repete: O Fluminense revela, os adversários utilizam os jogadores e os espertos levam a maior fatia do bolo. Veja só a situação atual: Carlos Alberto (Vasco); Toró e Fernando (Flamengo); Antônio Carlos e Jancarlos (Botafogo);Roger (Cruzeiro);Junior Cesar (São Paulo);Arouca (Santos);Diego Souza e Leny (Palmeiras); Tartá (Atlético Paranaense).


Saudações Tricolores.