(foto: Nelson Perez / Fluminense F.C.) |
Com o retorno ao Maracanã a
Torcida Tricolor volta a sonhar com as jornadas épicas do time de guerreiros.
E o começo foi mágico. Jogando com
autoridade, o Fluminense não tomou conhecimento do adversário, que a rigor teve
apenas uma única oportunidade clara de gol naquele rebote infeliz do Cavalieri.
É verdade que Royón estava
impedido, mas como a arbitragem não marcou, se a bola entrasse o gol valeria.
Depois, foi só tranquilidade.
Orejuela, Wendel e Sornoza ditaram
o ritmo de jogo e com o auxílio de um Wellington endiabrado colocaram os
uruguaios “na roda”, que sem forças para reagir não tiveram alternativa a não
ser entrincheirarem-se para evitar a goleada.
Cavalieri passou a ser
praticamente um espectador privilegiado.
Embora a atuação do primeiro tempo
sinalizasse para a possibilidade de algo parecido com os seis a zero aplicados no
Arsenal-ARG, também numa estreia internacional, o placar não mais se alterou.
Talvez a precipitação dos jovens na
hora de decidir tenha sido o maior fator para tantos gols perdidos.
Pena, porque cabia mais, muito
mais.
Destaque maior para Wendel, que não
sentiu o peso de jogar pela primeira vez no Maracanã.
Considerado pela mídia como o
melhor em campo, mostrou o mesmo futebol vistoso que encantou a todos nos recentes
clássicos contra os rivais cariocas.
Se mantiver no futuro as mesmas atuações
seguras, poderemos ter o mais habilidoso dos volantes criados na base depois do
Deley.
Lá se vão trinta anos e muitos dos
torcedores atuais nunca tiveram a oportunidade de ver as equipes tricolores apenas
com virtuoses no meio de campo, sem nenhum volante brucutu, do tipo que não
conseguem acertar um passe a um metro do nariz.
Até as equipes vitoriosas, como as
recentes responsáveis pela conquista dos títulos de 2010 e 2012 careciam desse
jogador.
Que Abel trate de lapidar essa
promessa de diamante com muito esmero e não sucumba à tentação de retorná-lo ao
banco em razão de sua pouca idade.
Marquinhos Calazans foi outra boa
surpresa. Deveria ter mais oportunidades nos times alternativos, pois o que
mostrou em poucos minutos foi muito mais do que fazem Maranhão, Osvaldo e
Marcos JR quando atuam.
Mas, essa dor de cabeça é problema
do Abel.
E que doce dor de cabeça! Que os deuses do futebol o inspirem em suas
decisões.
E
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
COPA SUL AMERICANA – JOGO DE IDA.
Fluminense 2 x 0 Liverpool-URU
Local: Estádio Mario Filho, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ: Data: 05/04/2017
Árbitro: Eber Aquino (PAR)
Assistentes: Juan Zorrilla (PAR) e Dario Gaona (PAR)
Gols: Henrique Dourado, aos 23' e Richarlison, aos 38' do primeiro tempo
Cartão amarelo: Wellington, Richarlison e Henrique Dourado
Fluminense:
Cavalieri; Lucas, Renato Chaves, Henrique e Léo (Marquinhos Calazans, 37'/2ºT);
Wendel, Orejuela e Sornoza; Wellington (Lucas Fernandes, 26'/2ºT), Richarlison
e Henrique Dourado (Pedro, 26'/2ºT). Técnico: Abel Braga.
Liverpool: De Amores; Rodales, Platero, Martín Díaz e Almeida; Gonzalo Freitas, Latorre, Santiago Vieira e De La Cruz (Gustavo Viera, 45'/2ºT); Aprile (Federico Martinez, 36'/2T) e Royón. Técnico: Alejandro Bertoldi.
Liverpool: De Amores; Rodales, Platero, Martín Díaz e Almeida; Gonzalo Freitas, Latorre, Santiago Vieira e De La Cruz (Gustavo Viera, 45'/2ºT); Aprile (Federico Martinez, 36'/2T) e Royón. Técnico: Alejandro Bertoldi.
Tem retranca? Chama o Wellington! |
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