sexta-feira, 7 de abril de 2017

Fluminense 2 x 2 Liverpool. Doce dor de cabeça!



(foto: Nelson Perez / Fluminense F.C.)

Com o retorno ao Maracanã a Torcida Tricolor volta a sonhar com as jornadas épicas do time de guerreiros.

E o começo foi mágico. Jogando com autoridade, o Fluminense não tomou conhecimento do adversário, que a rigor teve apenas uma única oportunidade clara de gol naquele rebote infeliz do Cavalieri.

É verdade que Royón estava impedido, mas como a arbitragem não marcou, se a bola entrasse o gol valeria.

Depois, foi só tranquilidade.

Orejuela, Wendel e Sornoza ditaram o ritmo de jogo e com o auxílio de um Wellington endiabrado colocaram os uruguaios “na roda”, que sem forças para reagir não tiveram alternativa a não ser entrincheirarem-se para evitar a goleada.

Cavalieri passou a ser praticamente um espectador privilegiado.

Embora a atuação do primeiro tempo sinalizasse para a possibilidade de algo parecido com os seis a zero aplicados no Arsenal-ARG, também numa estreia internacional, o placar não mais se alterou.

Talvez a precipitação dos jovens na hora de decidir tenha sido o maior fator para tantos gols perdidos.

Pena, porque cabia mais, muito mais.

Destaque maior para Wendel, que não sentiu o peso de jogar pela primeira vez no Maracanã.

Considerado pela mídia como o melhor em campo, mostrou o mesmo futebol vistoso que encantou a todos nos recentes clássicos contra os rivais cariocas.

Se mantiver no futuro as mesmas atuações seguras, poderemos ter o mais habilidoso dos volantes criados na base depois do Deley.

Lá se vão trinta anos e muitos dos torcedores atuais nunca tiveram a oportunidade de ver as equipes tricolores apenas com virtuoses no meio de campo, sem nenhum volante brucutu, do tipo que não conseguem acertar um passe a um metro do nariz.      

Até as equipes vitoriosas, como as recentes responsáveis pela conquista dos títulos de 2010 e 2012 careciam desse jogador.

Que Abel trate de lapidar essa promessa de diamante com muito esmero e não sucumba à tentação de retorná-lo ao banco em razão de sua pouca idade.

Marquinhos Calazans foi outra boa surpresa. Deveria ter mais oportunidades nos times alternativos, pois o que mostrou em poucos minutos foi muito mais do que fazem Maranhão, Osvaldo e Marcos JR quando atuam.

Mas, essa dor de cabeça é problema do Abel.

E que doce dor de cabeça!  Que os deuses do futebol o inspirem em suas decisões.

E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

COPA SUL AMERICANA – JOGO DE IDA.

Fluminense 2 x 0 Liverpool-URU

Local: Estádio Mario Filho,
Maracanã, Rio de Janeiro, RJ: Data: 05/04/2017
Árbitro: Eber Aquino (PAR)
Assistentes: Juan Zorrilla (PAR) e Dario Gaona (PAR)
Gols: Henrique Dourado, aos 23' e Richarlison, aos 38' do primeiro tempo
Cartão amarelo: Wellington, Richarlison e Henrique Dourado

Fluminense: Cavalieri; Lucas, Renato Chaves, Henrique e Léo (Marquinhos Calazans, 37'/2ºT); Wendel, Orejuela e Sornoza; Wellington (Lucas Fernandes, 26'/2ºT), Richarlison e Henrique Dourado (Pedro, 26'/2ºT). Técnico: Abel Braga.

Liverpool: De Amores; Rodales, Platero, Martín Díaz e Almeida; Gonzalo Freitas, Latorre, Santiago Vieira e De La Cruz (Gustavo Viera, 45'/2ºT);  Aprile (Federico Martinez, 36'/2T) e Royón. Técnico: Alejandro Bertoldi.


Tem retranca? Chama o Wellington!


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