segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Fluminense 3 x 2 Figueirense. Será que ainda dá?


  
O jogo de ontem poderia ser intitulado como verdadeiro teste para cardíacos”, “equívocos transformam potencial goleada em vitória sofrida”, “Magno Alves salva”, ou ainda “quem é o maior culpado por tanta oscilação?”

O melhor e mais simpático é o que se refere à presença de espírito do Magnata, que mais uma vez fez o que Henrique Dourado não consegue.

Os demais, porém, não devem ser descartados; os dois primeiros por sua obviedade e o último por servir de reflexão sobre a administração do futebol tricolor, que carece de dirigentes capazes para lidar com o mercado futebolístico.

Peter, por diversas vezes, deu a entender que sua preocupação maior seria a dedicação quase que integral à administração geral do clube.

Nesse aspecto palmas para ele.

Hoje as finanças estão muito mais equilibradas e falta pouco para que o tão decantado Centro de Treinamento se transforme numa realidade.

Mas, e o futebol vencedor?

Peter delegou-o a vice-presidentes e gerentes de futebol com as mais variadas formações, infelizmente todos eles, sem exceção alguma, sem o mínimo preparo para administrar o que se propunham a fazer, principalmente no que se refere a montagem de elencos.
  
É verdade que no início o grande aporte financeiro por parte da Unimed garantia a presença de estrelas de primeira grandeza, o que acabava camuflando as inúmeras negociações equivocadas, das quais Martinuccio e Marcelinho das Arábias são exemplos incontestáveis.

O fim do patrocínio expos a fragilidade do departamento de futebol. Mario Bittencourt, Fernando Simone, Jorge Macedo e até mesmo Rodrigo Caetano, vencedor na época Unimed, contrataram uma série de jogadores sem a mínima condição de vestir a tradicional camisa tricolor.

O que passou, passou, então sem perder tempo remoendo as negociações pretéritas, destaque-se apenas as sandices cometidas na era Macedo.

Camilo, que acertou o meio de campo do Botafogo, já havia sido tentado por diversas vezes e acabou não vindo por resistência da Chapecoense.

Até aí tudo bem, o que não se justifica é ir a Chapecó e trazer o Maranhão e ainda de passagem por Curitiba trazer o Dudu, provavelmente dois pesos mortos até o fim de seus contratos.

O Fluminense foi o primeiro clube a se interessar por Ábila e como não conseguiu trazê-lo contratou Henrique Dourado.

Atualmente no Cruzeiro, Ábila fez nove gols em dez jogos e Dourado perdeu outros tantos em menos partidas.

Para o meio de campo os possantes Danilinho e Aquino. Contratações baseadas em que e para que se Marquinho já havia sido contratado?

E Alexis, contratado como promessa e que nunca chegou a ser relacionado.

É provável que com o dinheiro gasto nessas contratações, atletas mais habilidosos poderiam ser contratados, talvez os próprios Camilo e Ábila e até o Thiago Neves, que chegou a ficar sem vínculo com o Al-Jazira.

Mas não esquentem a cabeça, isso é só o desabafo de um tricolor que não aguenta mais assistir seguidamente a tantos desmandos.

O que interessa é que ganhamos do Figueirense.

Com sufoco, é verdade, mas os três pontos vieram e colocaram o Fluzão na cola do G-4.


Bela partida de Wellington, a quase perfeita a atuação de Scarpa e a melhora de Wellington Silva salvaram a tarde e, é claro, o "peixinho" do Magnata..

Será que vai dar mesmo para beliscar uma vaguinha na Libertadores?  

As próximas rodadas, todas no Rio de Janeiro, serão o termômetro: nove ou sete pontos aumentam a esperança, com menos será difícil.



E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 22ª RODADA

Fluminense 3 x 2 Figueirense

Local: Estádio Giulite Coutinho, Mesquita, RJ; Data: 03/09/2016
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Auxiliares: Daniel Henrique Andrade (DF) e José Reinaldo N. Junior (DF)
Gols: Scarpa, aos 13' e Renato Chaves, aos 19' do primeiro tempo; Carlos Alberto, aos 3', Nirley, aos 15' e Magno Alves, aos 33' do segundo
Cartões amarelos: Renato Chaves e Pierre

Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Renato Chaves e William Matheus; Pierre (Marquinho, intervalo), Douglas (Marcos Junior, 30'/2ºT), Cícero e Scarpa; Wellington e Henrique Dourado (Magno Alves; 16'/2ºT). Técnico: Levir Culpi.

Figueirense: Gatito Fernández, Ayrton, Nirley, Bruno Alves e Morassi; Renato (Jefferson, 28'/1ºT), Caucaia, Elvis (Rafael Silva, intervalo) e Carlos Alberto (Michael Ortega, 35'/2ºT); Lins e Rafael Moura. Técnico: Tuca Guimarães.


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