quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Figueirense 1 x 0 Fluminense. Presságio ruim para 2016.


Toda vez que a "dupla dinâmica" se reúne, o Fluminense perde!

Por mais otimista que se possa ser é difícil prever uma temporada vitoriosa quando se observa a incompetência grassando em todos os elos que compõem o futebol tricolor.

A começar pela declaração inusitada de nosso treinador ao se dizer satisfeito com a atuação tricolor em Santa Catarina.

“Jogar para vencer” na ótica de Eduardo Baptista já deve ser o suficiente para contentá-lo, afinal para um treinador acostumado a treinar clubes de menores expressão as vitórias devem ser meros detalhes sem importância.

Pois é, o time jogou para vencer e perdeu como sempre, aliás dezenove vezes no campeonato, número maior do que o de todos os clubes classificados abaixo do Fluminense, incluindo aí os quatro rebaixados.

E Eduardo comandou a equipe em sete dessas infelizes jornadas.

Os discursos dos responsáveis pelo futebol tricolor são desencontrados, pois enquanto o presidente afirma que irá reforçar todos os setores, a dupla dinâmica Bittencourt/Simone acena com contratações pontuais de peso.

E pelo que circula na mídia as tentativas até agora engendradas são de peso leve, muito leve.

Já se falou no volante Rodrigo, do Goiás; Amorim, um meia reserva do América Mineiro, tão desconhecido que até já esqueci de seu primeiro nome; Osmar, o cérebro pensante da Luverdense, Rithely, do Sport e o ”crème de la crème” que foi a idiotice de se pensar em trocar Jean por Alecsandro.

Será que tanto Bittencourt como Simone esqueceram-se tão cedo das bobagens que fizeram ao contratar um monte de barangas para “reforçar” o elenco?

Renato, Arthur, Henrique, Fabrício, Geovanni, Guilherme Santos, Pierre, Lucas Gomes, Breno Lopes, Vitor Oliveira, Marlone, Vinícius, Wellington Paulista, deram algum retorno?

Desse grupo, talvez o único aproveitável pudesse ser o Vinicius, mas suas atitudes fora de campo não se enquadram no espírito tricolor e o melhor mesmo é que vá pintar em outras plagas.

O que se depreende do quadro vigente é que a dupla não entende do que faz. O tal mapeamento de mercado, plataforma para a nomeação de Simone, inexiste e o que de fato rege as contratações são os oferecimentos de espertos empresários, que têm no Fluminense um porto seguro para ancorar suas dragas.

E a situação torna-se mais crítica ainda quando essas tentativas são realizadas à revelia do treinador, pelo menos é o que fica claro quando ele afirma, por exemplo, que não solicitou a contratação de Rithely, tentativa insana e cara da vez.

E enquanto os rivais continuam cada vez mais fortes, incluindo nesse rol o Flamengo, que com a chegada de Muricy provavelmente tornar-se-á um dos reais concorrentes ao título, nossa administração brinca de formar um elenco com a mesma receita fracassada, cujo resultado de maior monta foi garantir a permanência na elite apenas na antepenúltima rodada do campeonato, além de fazer o clube despencar para o décimo lugar no ranking da CBF.

E o que mais causa espécie é que realmente não precisamos de tantas peças: um bom zagueiro, um meia experiente, como Diego Souza, por exemplo e um atacante que saiba chutar, tipo Thiago Neves, seriam suficientes para elevar o atual elenco a um patamar capaz de se ombrear com os demais clubes da série A.

Até o Vasco pode servir de exemplo, porque bastou a chegada de um jogador diferenciado como o Nenê para que seu desempenho no segundo turno fosse melhor que o nosso.

Mas, esperar que os doutos tenham um átimo de criatividade pode não passar de um sonho numa noite de verão.

Enfim, nada custa torcer.  

Quem sabe João de Deus não dê uma forcinha e clarifique as mentes da dupla dinâmica?  


DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 38ª RODADA

Figueirense 1 x 0 Fluminense

Local: Estádio Orlando Scarpelli, Santa Catarina, SC; Data: 06/12/2015
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcelo Van Gasse (SP)
Gol: Marcão, aos 4' da etapa final
Cartões amarelos: Marcos Júnior, Edson, Robert e Lucas Gomes  

Figueirense: Alex Muralha, Leandro Silva, Bruno Alves, Thiago Heleno e Marquinhos Pedroso; Fabinho, João Vitor (Marcão, intervalo), Yago (Paulo Roberto, 28’/2ºT) e Carlos Alberto (Dener, 35’/2ºT); Dudu e Clayton
Técnico: Hudson Coutinho

Fluminense: Júlio César, Wellington Silva, Nogueira, Artur e Léo (Jonathan, 45'/1ºT); Pierre (Robert, 7'/2ºT), Edson, Gustavo Scarpa, Cícero e Marcos Júnior (Lucas Gomes, 17'/2ºT); Magno Alves. Técnico: Eduardo Baptista


Um comentário:

Tricolor! disse...

"Por mais otimista que se possa ser é difícil prever uma temporada vitoriosa quando se observa a incompetência grassando em todos os elos que compõem o futebol tricolor."

Melhor síntese, impossível.

Abraços e ST