Não demorou para que o virus do "professor pardal" contaminasse o novo treinador. (foto:Miguel Schincariol / LANCE!Press) |
O Fluminense perdeu como seria lícito
esperar.
Com o time em frangalhos perder para o
embalado Santos eram favas contadas.
As invenções de Eduardo Baptista é que
não estavam no roteiro dos torcedores tricolores.
Se entrar em campo sem nenhum armador
já era prognóstico de fracasso, as improvisações nas laterais foram um convite
à valsa para que os rápidos atacantes santistas deitassem e rolassem durante
praticamente todo o jogo.
A partida, aliás, já estava definida
aos cinco minutos com um dos gols mais esdrúxulos que vi na vida.
A culpa foi do Cavalieri? Pode ser, foi
devagar para a bola, resolveu tentar o drible em vez de dar um chutão para a
lateral.
Mas a mania recorrente de atrasar bola
para o goleiro, institucionalizada no Fluminense, provavelmente pela
falta de recursos técnicos de seus defensores, deve ser observada e corrigida
pelo treinador.
E essa "tática macabra" não é de agora, vem de longo
tempo e acaba sempre com um chutão do Cavalieri para fora do campo, ou pior
ainda para os pés dos adversários armarem novos contra-ataques.
Baptista, embora inexperiente, é um
técnico promissor e poderá acertar o time, desde que se liberte das premissas
utilizadas por seu antecessor que acabaram eliminando qualquer possibilidade de
sucesso no atual campeonato.
Precisa rever alguns conceitos, como
por exemplo o de escalar um zagueiro pesadão e lento como o Victor Oliveira na
lateral.
Deu certo contra o Paysandu, mas
certamente não funcionará contra a maioria dos times da Série A.
E por que voltar com Jean para o meio
de campo depois de uma boa apresentação contra o Grêmio? Será que alguém já
disse a ele que o Higor brilhou nas divisões de base como segundo volante?
E por que a insistência com Gerson que, após a negociação com a Roma, caminha em campo os noventa minutos?
Contra o Santos, uma vez mais não fez
nada de útil a não ser faltas bobas e reclamações.
Precisa ser alertado que o melhor
jogador do time quando o Flu estava no G-4 era o Vinicius, inexplicavelmente
fora dos planos e até do banco de reservas.
Invenções inerentes aos técnicos de
futebol, que quase sempre decidem contrariar as opções lógicas por suas utopias
desconexas.
Eduardo ainda tem crédito, mas tem que
parar de fazer tantas asneiras se quiser vencer a Copa do Brasil.
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO – 29ª RODADA
Santos 3 x 1 Fluminense
Local: Vila Belmiro, Santos, SP; Data: 04/10/2015
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC) Assistentes: Helton Nunes (SC) e Thiago Americano (SC)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC) Assistentes: Helton Nunes (SC) e Thiago Americano (SC)
Gols: Lucas Lima,
aos 5' e Marquinhos Gabriel, aos 10' do primeiro tempo; Neto Berola, aos 38' e
Robert, aos 46' do segundo
Cartões amarelos: Pierre e
Marlon
Santos: Vanderlei; Daniel Guedes, David Braz, Gustavo Henrique (Werley,
22'/2ºT) e Chiquinho; Thiago Maia, Renato, Marquinhos Gabriel (Neto Berola,
4'/2ºT) e Lucas Lima; Gabriel (Leandro, 38'/2ºT) e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.
Fluminense: Cavalieri; Higor, Gum, Marlon e Victor Oliveira (Robert, 28'/1ºT);
Pierre, Jean e Gerson; Marcos Junior (Lucas Gomes, 26'/2ºT), Osvaldo (Magno
Alves, Intervalo) e Wellington Paulista. Técnico: Eduardo
Baptista.
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