sábado, 25 de março de 2017

Botafogo 2 x 3 Fluminense. Nova safra de guerreiros a caminho dos títulos!



 
(foto: André Durão / globoesporte.com)
O desempenho do Fluminense no segundo tempo lembrou-me as jornadas memoráveis não muito distantes.

Depois de um início apático com muitas falhas e alguns perdidos em campo uma apresentação digna de time de raça.

E o melhor é que não foi só atitude, a molecada mostrou personalidade e acima de tudo técnica apurada.

A tendência é que em pouco tempo formarão um plantel capaz de se ombrear com os melhores times do Brasil.

Mas para que isso se concretize e títulos importantes voltem às Laranjeiras será essencial que Abel os mantenha em atividade sem deixar de usar da criatividade para dosar suas participações nos inúmeros jogos programados por uma Confederação alienada e preocupada apenas em auferir lucros às custas dos clubes.

Apesar do nosso treinador ter enfatizado na entrevista pós jogo que o time “acordou” depois da bronca e dos palavrões proferidos no intervalo, no fundo ele sabe que não foi só essa a razão da mudança da água para o vinho.

As alterações na equipe foram também fator determinante para a transformação da equipe.

Luiz Fernando estava mal, perdido no meio de campo, mas parecia uma barata tonta do que jogador de futebol.

A justificativa de que havia treinado bem durante a semana é questionável pelo pouco tempo de treinamento que existe entre as rodadas e, além disso, como dizia o mestre Didi: “jogo é jogo, treino é treino”.    

Luiz Fernando é um típico volante marcador. Observo-o desde sua estreia no time principal, naquele malfadado ”Florida Cup”.

É forte, desarma bem, mas não tem cacoete para sair jogando; na hora do passe é um “Deus nos acuda”. Lembra-me o Fabinho.

Não sei se seria o caso de testá-lo como zagueiro, já que está difícil arranjar alguém que colabore com o Henrique.

Vai aí a sugestão para o Abel.

Já Wendel mostrou ser a melhor opção para substituir o Orejuela. Mais leve e com boa qualidade no passe melhorou a saída de bola do time. Jogou solto e não sentiu o peso do clássico.

Pedro também foi mais eficiente que Henrique Dourado. Veloz e com mais mobilidade prendeu a bola no ataque e fez com que o time conseguisse adiantar a marcação para que a defesa pudesse respirar, além de iniciar a jogada em que Wellington sofreu o pênalti.

É jovem? Irá oscilar? Claro que sim, mas merece mais oportunidades e não apenas um tempo ou alguns minutos.  

Mas o melhor mesmo ficou a cargo da dupla Richarlison e Wellington.

Richarlison fez dois jogos e a jogada do terceiro, depois de um drible desconcertante no xerife alvinegro e Wellington sofreu o pênalti e deu o passe açucarado para o segundo gol.

Será preciso dizer mais?
 
Será um pecado se Abel desfizer a dupla
A verdade é que a contusão do Scarpa fez com que Abel mudasse o estilo de jogo e voltasse ao bom e velho 4-3-3, sistema ideal para quem tem jogadores hábeis e rápidos.

Diferente dos modorrentos sistemas defensivos identificados por séries de números inexpressivos, o Fluminense atual voa em campo e brinda a torcida com exibições de gala.

Existe, porém, uma preocupação para a qual Abel deve ficar atento e refletir bastante.

A volta do Scarpa forçará a saída de alguém. Só espero que Abel não desperdice a chance de ter na equipe dois atacantes como Richarlison e Wellington.

Afinal, basta refletir um pouco para perceber que existem outros candidatos mais adequados para o banco.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO CARIOCA – TAÇA RIO – 3ª RODADA

Botafogo 2 x 3 Fluminense

Local: Estádio Newton Santos, Rio de Janeiro, RJ; Data: 23/03/2017
Árbitro: Maurício Machado Coelho Jr.
Assistentes: Gabriel Conti Viana e João Luiz Coelho de Albuquerque
Gols: Roger, aos 16' e 25' do primeiro tempo; Richarlison, aos 10' e 16' e Renato Chaves, aos 23' do segundo
Cartões Amarelos: Wendel, Henrique e Renato
Botafogo: Saulo; Marcinho, Joel Carly (Renan Fonseca, intervalo),Emerson Siva e Victor Luis; Airton, Bruno Silva, Camilo e Montillo (Guilherme, 30'/2ºT; Rodrigo Pimpão e Roger (Sassá, 20'/2ºT). Técnico: Jair Ventura
Fluminense: Cavalieri, Renato, Renato Chaves, Henrique e Leo; Luiz Fernando (Wendel, intervalo), Douglas e Sornoza; Wellington, Henrique Dourado (Pedro, intervalo) e Richarlison (Marquinho, 37'/2ºT). Técnico: Abel Braga

2 comentários:

Tricolor! disse...

"A tendência é que em pouco tempo formarão um plantel capaz de se ombrear com os melhores times do Brasil."
Quem dera.

Infelizmente, parece que a tendência é que o time sofra (e muito) com a janela do meio do ano.
Se os dados que li estão corretos, independentemente de dívidas passadas, ATUALMENTE o clube está gastando quase o dobro do que arrecada. A conta não fecha. Por isso o discurso repetido de feirante do Abad: vender, vender...

Muito triste ter que desfazer esse grupo. Vários jogadores jovens e talentosos que se ficassem aqui por umas 3 ou 4 temporadas seguramente nos trariam uma forte possibilidade de contar com uma taça da Libertadores na nossa sala de troféus. E talvez um ou dois títulos nacionais a mais.

Para mim está mais do que claro que Orejuela, Douglas, Sornoza, Scarpa, Richarlison e Wellington têm uma carreira longa e promissora à sua frente.

É muita sorte ter um sexteto tão jovem e talentoso, com tanta carreira pela frente, em nosso plantel.
E é extremamente triste ter que ver esse grupo se desmanchar porque as finanças do clube estão um caos.

Contratos longos e caros para Wellingtons Paulistas, Marquinhos e Dourados da vida... Difícil crer que não tenha um "por fora" para dirigentes nessas contratações.

Mas sigamos, na esperança de que consigamos pelo menos um título expressivo desses jovens.

Helio R.L. disse...

É Tricolor,

Verdade pura, mas prefiro confiar que os vendilhões vendam apenas um ou dois. Em minha opinião, se a diretoria tiver criatividade _ algo difícil de acontecer__ venderão apenas os que tem substitutos à altura. E nesse quesito o Douglas seria a melhor opção, pois creio que o Wendel ainda é melhor que ele.
E por incrível que pareça, a ausência do Scarpa fez com que o Abel arrumasse o time num 4-3-3 clássico, com dois atacantes abertos pelas pontas.
Não que o Scarpa seja descartável, longe disso. Mas, quando ele voltar se fosse eu o técnico, sacaria o Douglas.
Veja que timaço: Cava, Lucas, Qualquer um, Henrique e Leo; Orejuela, Sornoza e Scarpa, Wellington, Pedro e Richarlison. Tá parecendo até o timaço de 1980, com nove crias da casa.
O problema é o restante do elenco.
A última pergunta: por que ninguém oferece propostas para o Luiz Fernando e Marcos JR?
Saudações Tricolores.