segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fluminense 0 x 1 Flamengo. O tetra cada vez mais distante!


Sem ajuda qualificada no meio de campo, não bastou a boa atuação de Souza.

De nada adianta jogar melhor quando falta o principal, os craques fora de série.
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De nada adianta o treinador declarar que o resultado foi injusto, o que realmente é a pura verdade, se o time do Fluminense de hoje é apenas um arremedo daquele que foi campeão com toda a justiça.
O Flamengo jogou mal, aliás, como vem fazendo durante toda a temporada, mas na hora H um toque de classe diferenciado sempre propicia os gols necessários. E mais uma vez foi assim, bastou um lampejo do Thiago Neves, aquele toque de primeira sobejamente conhecido da Torcida Tricolor para colocar o Willians na cara do gol. E lembrar que o Fluminense esnobou a sua volta em favor do eterno lesionado luso-brasileiro.
E o pior é que recentemente repetiu a dose, ignorando também a liberação do Cícero, um dos artífices da grande campanha na Libertadores de 2008, deixando que ele fosse contratado pelo São Paulo, sem nenhum ônus.
Até parece que é aí que reside o problema, porque nossas doutas diretorias só se interessam por contratações difíceis e dispendiosas, mesmo em se tratando de craques claramente lesionados e praticamente sem recuperação.
Assim, somos obrigados a ver desfilar com a camisa tricolor “Diguinhos”, “Marquinhos”, “Carlinhos”, “Rodriguinhos” e outros, que embora se esforcem jamais chegarão à condição de craque, enquanto nossas revelações brilham em outros campos para satisfação dos abutres que rondam as Laranjeiras com o objetivo precípuo de explorar as fraquezas de seus dirigentes.
Essa Torcida Mágica, que não merecia ter sido submetida há mais de vinte e cinco anos de desvarios e prevaricação por parte de diretorias ineptas e despreparadas, sonhava com uma nova era no clube, época de grandes conquistas e retorno do Fluminense aos píncaros da glória.
A eleição de Peter Siemsen parecia ser a redenção definitiva. Enfim estávamos livres de Horcades e sua corriola, elementos que não só elevaram a dívida do clube a índices estratosféricos, como também dilapidaram o seu patrimônio, desfazendo-se das revelações de Xerém em negociações que beneficiaram pessoas e empresas em detrimento do próprio Fluminense.
Siemsen chegou e fez exultar a grande maioria dos tricolores, dentre os quais me incluo, tanto que na postagem de 8/12/2010, sob o título: Fluminense 1 x 0 Guarani. Levanta a taça Galera!”, destacava que “Pela primeira vez em muitos anos, chego ao fim do ano despreocupado com os rumos do meu Tricolor”.
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Peter começou bem ao questionar o contrato com a Traffic com dez anos de duração, celebrado pelo seu antecessor mesmo depois de derrotado nas eleições presidenciais, mas não resistiu ao canto da sereia de J. Hawilla e em pouco tempo já aderia à parceria com a gananciosa empresa.  E o pior, começava a se indispor com o parceiro principal, responsável maior pelo título de 2010.
Siemsen demonstra claramente ser um cidadão bem intencionado, mas com o seu caráter forte e certa dose de prepotência, aliados a seus parcos conhecimentos sobre a atividade futebolística poderá atrapalhar a retomada do clube ao lugar de destaque de outrora. Que algum de seus parceiros atuais consiga clarear suas ideias.  
Quanto ao jogo em si, como salientou o Abel, o Fluminense jogou melhor, mas se ressentiu claramente de um meio campo mais qualificado, atacantes mais decisivos e laterais com um mínimo de habilidade.
Souza até que se salvou na função de construir as jogadas de ataque, mas esperar o mesmo de Diguinho e Marquinhos é o mesmo que acreditar em Papai Noel. Sozinho na função, Souza acabou sucumbindo e no final já se arrastava em campo.
Ciro e Rafael Moura chegaram a executar algumas boas jogadas, mas se perderam na afobação na hora de concluí-las.   
Rodriguinho e Matheus Carvalho estariam melhor se continuassem no banco, definitivamente não dá para contar com eles. Rodriguinho é aquilo de sempre e Matheus ainda está muito verde para vestir a camisa de titular. Aliás, é melhor mesmo que custe um pouco a deslanchar, porque quando isso ocorrer provavelmente será vendido para engordar os cofres da Traffic.
Apesar de tudo, o resultado poderia ser melhor se o árbitro expulsasse o Airton quando da agressão ao Souza e assinalasse o penalti cometido sobre o Rafael Moura.
As câmeras da TV mostraram claramente que em ambos os lances, o juiz estava de frente e a menos de dois metros de distância. Não fosse o Sr. Rodrigo Nunes de Sá um verdadeiro poltrão, covarde a ponto de ignorar as duas nítidas infrações, o Fluminense não teria sido derrotado.
Torçamos para a chegada de um meia habilidoso, um atacante eficaz e um lateral esquerdo que não dê tanto mole para chegarmos pelo menos à vaga na Libertadores.
E DÁ-LHE FLUZÃO!

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