crédito: terra.com. br / Photocamera |
Não era o Maracanã, não eram os mais de sessenta mil torcedores, mas os poucos mais de treze mil que compareceram ao Engenhão tiveram seu momento de êxtase e uma ideia aproximada do Fluminense mágico da Libertadores de 2008.
Finalmente foram recompensados de tantas decepções após a fantástica conquista do tricampeonato.
A equipe tricolor com inigualável espírito de grupo mostrou que está cada vez mais unida e ciente das dificuldades que terá que superar, ao contrário do deixaram transparecer as várias notícias veiculadas na mídia após a intempestiva saída de Muricy.
Saída que acabou sendo benéfica para a equipe, porque sinceramente tenho dúvidas se o antigo treinador teria a coragem de substituir Mariano por Deco e principalmente um lateral (Júlio César) por um atacante (Araújo).
Provavelmente, como já fez em outras oportunidades, deixaria o time entrincheirado para “não tomar gols”, e a Torcida Tricolor poderia estar agora lamentando uma precoce desclassificação.
É incontestável a capacidade de Muricy Ramalho. O Fluminense deve a ela grande parcela pela conquista do título do ano passado, mas também é inconcebível a bajulação de quase toda a mídia desportiva, mesmo quando seus erros são claros e notórios.
O exemplo mais categórico, para citar apenas um, foi o jogo contra o Nacional em que uma vitória seria essencial para a definição da classificação sem atropelos.
Pois bem, numa ocasião em que tínhamos que vencer a todo custo o time, mesmo jogando em casa, foi escalado com três zagueiros, três volantes e apenas um atacante, o pobre do Rafael Moura, que meio contundido e sem a espada de Gray Skull pouco pode fazer. O resultado não poderia ser outro: 0 x 0.
Na postagem do dia 24/02, logo após o empate, já manifestava meu descontentamento com o desempenho tricolor e pior com o fato do Muricy ter-se mostrado satisfeito com a atuação do time.
Pois bem, chegou o Enderson e de cara desfez a estratégia de jogar com três volantes e ousou mais ainda nas substituições dos laterais, trocando-os por jogadores que com vocação para o ataque.
E o resultado foi um Fluminense ofensivo, ainda com muitos defeitos, mas jogando pra frente o tempo todo e se não fosse o natural nervosismo de alguns, a vitória poderia ter sido bem mais fácil.
A grande maioria dos cronistas não teve a coragem de mostrar a diferença entre os dois Fluminenses, o de ontem e o do jogo contra o Nacional. Um dos poucos que colocaram o dedo na ferida foi o José Ilan na postagem de hoje de seu blog, onde enaltece o ressurgimento do Fluminense ofensivo.
O Fluminense está classificado? Não. Vai se classificar? Não sabemos, mas temos a certeza de que irá partir pra cima dos adversários para tentar o único resultado que interessa, a vitória, que mesmo que não venha, deixará o torcedor satisfeito, confiante que com esse elenco e jogando pra frente, o Fluminense terá todas as condições de lutar pelo tetracampeonato.
crédito:globoesporte.com / Celso Pupo - Agência Estado |
O grande destaque da noite foi o retorno do Deco. Depois de uma eternidade fora da equipe, participou de várias jogadas, sendo fundamental no passe certeiro para o Araújo e na conclusão da jogada do terceiro gol, o seu primeiro em Libertadores.
Dos Emirados, Abel vibrou com a vitória tricolor.
É isso aí, tricolores. Jogando pra frente vai dar.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
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crédito: globoesporte.com / Thiago Fernandes |
Depois de levar vários dribles dos torcedores, finalmente o jovem soldado conseguiu surrupiar a faixa, não sem antes ser saudado com um corinho tradicional que deve ter deixado sua mamãezinha ruborizada.
Se esse soldado guardasse sua energia para usá-la contra os marginais que infestam a nossa cidade, certamente teríamos uma população mais segura e feliz.
2 comentários:
Rapaz, que estresse esse jogo. Memorável. Superação total.
O interino está de parabéns; não consigo imaginar o nosso ex-treinador com uma escalação tão ofensiva. Era absolutamente necessário, mas duvido que o mr o fizesse.
Com relação ao episódio da PM, trata-se de uma arbitrariedade injustificável.
Se identificados, os responsáveis devem ser punidos disciplinarmente.
E o comandante da PM deveria vir a público pedir desculpas.
Até onde sei, o regime militar acabou e o AI-5 não está mais em vigor.
Alo Hélio e Pedro,
assisti com muita ansiedade ao jogo mas aqueles últimos dez minutos foram de lavar a alma... realmente o time estava se esforçando o tempo todo e aqueles gols bizarros do América eram um castigo. Finalmente o Deco está começando a mostrar ao que veio: aquele passe da linha de fundo no segundo gol foi toque de craque e mostrou estrela e precisão no gol decisivo. Agora, pensa um jogo em que Fred, Conca e Deco joguem o seu melhor futebol... é isto que vamos precisar na próxima batalha da Libertadores!
Saudações tricolores,
Marcio
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