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Amigos tricolores,
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Cheguei do Maracanã um tanto aparvalhado. Como podemos não ganhar do Náutico? Time feio, ruim demais, que certamente não conseguiria se dar bem nem nos campeonatos do Aterro.
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Mesmo assim, o Fluminense não venceu. E foi lógica e triste a constatação. O Fluminense, essa equipe que jogou ontem, é igual ao Náutico e provavelmente também não se daria bem no Aterro. É um time sem brilho, com gente que não sabe jogar, com pouquíssimas e honrosas exceções, uma ou duas, três com muito boa vontade.
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Passei a noite pensando em escolher o personagem desse novo desastre em pleno Maracanã.
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Poderia ser o Conca, autor do gol num chute preciso, a andorinha que sozinha não consegue fazer o verão tricolor aparecer . Poderia ser o Paulo César, que foi colocado numa fria, escalado às pressas sem reunir condições ideais e numa posição que não joga pelo menos há dez anos. Poderia ser o Mariano que, como sempre, na hora H, falha na marcação. Poderia ser o juiz paspalhão, protagonista de uma cena inusitada com o bandeirinha, afinal muitos candidatos.
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Estava ainda propenso a escrever sobre o meio de campo dantesco, que apavora as mentes daqueles amantes do futebol bem jogado, independentemente do clube de sua predileção.
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Quando então se fez a luz e a ideia clareou. Cuca, era ele, só poderia ser ele. Cuca teria que ser o personagem do jogo, não pela sua visão estratégica, não pelas alterações oportunas que trouxeram à equipe um pouco da objetividade perdida após o jogo com a LDU. E sim pela mesmice, pela apatia demonstrada durante toda a partida, enfim por ter sido o papel carbono do Renato.
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Confesso que, após a irritação inicial ao saber que ele havia sido escolhido para técnico, tive um sopro de esperança ao vê-lo chegar esbanjando otimismo, sem aquela pose marcante do chororô, de tão triste memória. Começou a semana bem, declarando que não escalaria três volantes. Iria colocar um meia para auxiliar o Conca na armação das jogadas e admitiu alterar o ataque com a provável entrada do Alan no lugar do Roni.
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Era tudo que a torcida queria e precisava ouvir. A maior causa dos insucessos de Parreira e Renato residiram exatamente na covardia e na teimosia. Com três volantes e acrescente-se volantes inócuos, o que conseguiram foi afundar o Fluminense cada vez mais.
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Pois bem, voltando ao Cuca, depois de vários treinos elogiando o futebol de Fábio Neves, em cima da hora resolve optar pelo Marquinho, segundo ele “para dar mais consistência à equipe”. Consistência essa que nos custou caro, porque Marquinho não marca, não passa e não chuta com precisão. Em suma, não é meia, no máximo e com muito boa vontade é mais um volante ineficiente, melhor que o Fabinho, é verdade, mas qual a vantagem disso? Graças a Deus levou o terceiro amarelo.
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E na hora da decisão mesmo, entrou com Roni e Kiesa, o ataque mais ineficiente dentre todas as equipes do campeonato. E pior de tudo, igualmente ao antecessor, colocou os garotos no fogo, dando a eles a responsabilidade de ganhar um jogo que os veteranos novamente tinham posto a perder de modo bisonho.
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Roni já havia feito um péssimo primeiro tempo. Por que mantê-lo, esperar mais duas lambanças abissais para então substituí-lo aos oito minutos da segunda etapa? Aos dezesseis, tirou o inútil Marquinho, deslocando o Paulo César para o meio. Por que não promoveu a estreia do Fábio Neves? Por que não se lembrou do Tartá, que nem no banco estava?
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O fim do filme já é sobejamente conhecido, sendo desnecessário ser relembrado.
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As declarações após o jogo dão algum alento. O fato de diminuir a quantidade de jogadores para a semana de treinos em Marangatiba é o passo inicial. Será que aprendeu a lição?
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A preocupação em dar especial atenção ao ataque é outro ponto positivo, embora a declaração de que “não adianta colocar o Alan como referência se a referencia é o Fred” não leve a nada, porque certamente o Fred ainda não estará em condições de enfrentar o Botafogo, adversário que agora mais do que nunca precisamos vencer.
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Deveria se preocupar em saber como está o Adeilson, provavelmente melhor fisicamente que o Fred nesse momento. Sua entrada no lugar do Roni já seria um aumento de qualidade considerável. Em último caso, o Alan ou até mesmo o Maicon, mas o Roni precisa esquentar um pouco o banco de reservas.
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Quanto aos novos contratados, dificilmente estarão em condições de jogo contra o Botafogo, por isso seria muito mais importante o Cuca procurar saber como se encontra o Fábio Santos, esse sim que poderá dar em curto prazo mais qualidade ao nosso meio de campo.
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Finalizando a análise de suas declarações, preocupa-me aquela que diz respeito à certeza da recuperação do Diguinho. Pode até ser, não duvido nada que ele consiga, mas não de imediato. Diguinho convalesce de uma doença grave, que ainda não está totalmente curada. É uma temeridade forçá-lo a uma condição que ele ainda não tem. Um bom período de recuperação se faz necessário para que possa voltar a render o que já rendeu no passado. Gostaria que o Cuca parasse com essa idéia de “homem de confiança”. Homem de confiança quem tem são as prostitutas e os travestis. Os técnicos que embarcaram nessa canoa furada quebraram a cara, sem exceção.
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Bem, a guerra continua e domingo teremos mais uma batalha, essa decisiva. A ausência da vitória praticamente nos condenará à segunda divisão. Não podemos jogar com Mariano, Fabinho, Diguinho, João Paulo e Roni. Que os céus abram a mente do Cuca e o façam lembrar-se de que no elenco tricolor também existe o Tartá.
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Agora sim é vencer ou vencer, ou melhor, é vencer ou morrer!
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REAGE FLUZÃO!
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4 comentários:
Muito injusto o empate, mas o Fluminense não pode se abater e mesmo que nem sua torcida acredite mais, os jogadores tem que honrar a camisa e buscar força para permanecer na Série A. Não é impossível vencer fora.
Abraço
Alô Hélio e Pedro,
o empate foi mal resultado mas o negócio é o seguinte: se ganhar 2 dos próximos 3 jogos volta para a briga. A tabela até que ajudou pq é contra Botafogo e Avaí em casa, talvez os 2 jogos mais fáceis que temos pela frente e tudo bem que a partida contra o Grêmio é uma parada. O problema de lutar contra a degola é que a ordem dos jogos e resultaos influencia muito o desempenho do time e estado psicológico, mas ainda há esperança.
Quando é que o Fred volta para a equipe?
Prezado Jeferson,
O Fluminense jogou mais, o Náutico fez cera desde os primeiros minutos com a conivência do homem de preto. Mas o fato é que com Roni e Kiesa fica difícil fazer gol. Se Fabio Santos, Urrutia, Fred e Adeilson voltarem a tempo pode ser que dê, mas sem eles não há jeito.
Saudações Tricolores e obrigado pela força.
Alô Marcio,
O negócio está complicado. O Fred está para voltar, mas certeza mesmo ninguém tem. Faço mais fé nas voltas do Adeilson, Fábio Santos e Urrutia e as estréias de Gonzalez e Fabio Neves, porque com a turma que está aí é dureza.
Continuemos na torcida.
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