sexta-feira, 11 de abril de 2014

Fluminense 5 x 0 Horizonte. “Escalações cautelosas”, nunca mais!

(foto: Cleber Mendes / LANCE!Press)

O jogo de ontem serviu para comprovar que muitas derrotas são consequência da febre defensiva que atualmente assola as mentes da maioria dos treinadores brasileiros.

A mania quase geral de armar as equipes com três e algumas vezes até com quatro volantes botinudos transformou o futebol brasileiro num arremedo do outrora famoso “jogo bonito”.

E o Fluminense tem sido um dos clubes que mais tem sofrido com a adoção desses esquemas escabrosos.

Saudades do tempo em que nossas divisões de base revelavam volantes que sabiam dar seguimento às jogadas sem os execráveis chutões, verdadeiros craques como Carlos Alberto Pintinho, Cléber, Denilson e Deley.

Arouca e Diego Souza foram os últimos revelados e passados quase dez anos os poucos que despontaram acabaram sendo relegados ao ostracismo pela insistência imbecil da maioria dos técnicos que passaram pelas Laranjeiras.

Até mesmo o Renato que, como jogador, reverenciou sempre as jogadas de ataque sucumbiu à mesmice de achar que congestionando o meio de campo com defensores inexpressivos poderia alcançar o sucesso e nem mesmo a desastrada insistência com a manutenção de três volantes na Libertadores em 2008 serviu para convencê-lo.

Sobrou o ídolo como jogador, principalmente pelas inúmeras destroçadas no urubu quando defendia as cores tricolores.

O amigo tricolor deve estar pensando o porquê dessa introdução logo agora que o time se mostrou mais equilibrado.

E foi justamente a expressiva goleada que motivou mais um libelo contra retrancas dantescas, assunto sempre enfocado desde os primórdios desse espaço nos idos de 2008.

Pois bem, bastou uma mentalidade mais arejada no comando da equipe para que a transformação acontecesse.

Não que os 5 a 0 contra o Horizonte signifique que as coisas agora estão às mil maravilhas.

Indicam apenas que com o time mais solto goleadas contra equipes de menos potenciais devem ser a regra e não a exceção.

A presença de mais um meia aliviou o Conca, que dessa vez não chegou a ser cassado em campo.

Wagner jogou bem, mas ainda continuo cético quanto a ser ele o companheiro ideal do argentino. Precisa mostrar eficiência contra equipes mais fortes.

Talvez com o tempo o Cristóvão perceba que existem outras opções no elenco que poderiam ser testadas na função. E não deixar de acompanhar o desempenho de Lucas Patinho, mais uma vez emprestado por ser presença indesejável para os treinadores que apreciam os medíocres “cabeças de área”.

Espero que Cristóvão consiga dar jeito na equipe e conscientizar diretoria e patrocinador de que alguns jogadores não tem habilidade suficiente para continuar a vestir a camisa tricolor não só no banco de reservas, mas também como titulares, apesar dos absurdos salários recebidos.

Em suma, torço para que Cristóvão se transforme no “cara” do Fluminense em 2014.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES: 

COPA DO BRASIL  –  1ª FASE – JOGO DE VOLTA: 10/04/2014

Fluminense 5 x 0 Horizonte-CE:

Local: Maracanã, Rio de Janeiro
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
Gols: Conca, aos 12’; Gum, aos 45' e Sobis, aos 47' do primeiro tempo; Wagner, aos 14' e Fred, aos 44' do segundo.
Cartões Amarelos: Gum e Elivélton
Cartão Vermelho:  Elivélton

Fluminense: Cavalieri, Bruno (Wellington Silva, 39'/2ºT), Gum, Elivélton e Carlinhos (Chiquinho, 23'/2ºT); Diguinho, Jean, Wagner e Conca;  Sobis (Walter, 15'/2ºT) e Fred. Técnico: Cristovão Borges.

Horizonte: Jefferson, Diego Maradona, Douglas (Waldson, 15'/2ºT), Ramon e Rick; Albano, Rafael Tchuca, Fernando Sobral e Diego Palhinha (Erivelton, Intervalo); Dico e Marciel (Siloé, Intervalo). Técnico: Roberto Carlos.

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Reforços

Finalmente Peter Siemsen reconheceu que falta velocidade à equipe. Deveria ter pensado nisso no momento em que forçou a saída de Wellington Nem sem dispor de alguém para substituí-lo.

Mas, como falou que está procurando atleta com essas características para a próxima janela de transferências, aqui vai uma dica: Sherman Cárdenas, o número 7 do Atlético Nacional da Colômbia, que deitou e rolou contra o Newell’s ontem à noite.

Foi uma partida só, é verdade, mas não custa observá-lo nos dois jogos das oitavas da Libertadores contra o Galo.


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